A Zeno.FM Station
RÁDIO NOSSA JOVEM GUARDA: 2014

dezembro 27, 2014

10 minutos dos anos 60


Para quem é de São Paulo, estes 10 minutos de imagens dos anos 60 mostrando o cotidiano da cidade são preciosos. Para quem não é daqui, também.

Fonte:flaviogomes.grandepremio.uol.com.br

novembro 18, 2014

Rei Roberto em fotografias

O mergulho no baú fotográfico de Roberto Carlos foi profundo. A jornada – que durou quatro anos – contou com muita pesquisa para compreender melhor passagens da história do cantor mais conhecido do Brasil. Roberto acompanhou cada movimento dos profissionais envolvidos em seu primeiro livro oficial. O resultado já pode ser encontrado nas prateleiras.

Apesar de Roberto Carlos (Toriba Editora, 384 páginas, R$ 249 em média) promover passeio pela vida do artista, alguns detalhes foram vetados e legendas cortadas pelo próprio. Com produção de Carlos Ribeiro, a obra, na verdade, acabou sendo coletânea de fotografias, sendo que algumas acompanham versos de canções do Rei.

As páginas mostram Roberto ainda criança e possuem imagens do cantor em sua fase de Jovem Guarda, ao lado de Wanderléa e Erasmo Carlos. Shows recentes e momentos de Roberto ao lado da mãe e da ex-mulher Maria Rita não ficaram de fora. Uma cena que chama a atenção é a do registro da multidão que aguardava o Rei no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Ele vinha da Itália após vencer o festival de música de San Remo, em 1968, com a faixa Canzone Per Te.

O editor Carlos Ribeiro conta que a maior parte das imagens sequer estava digitalizada. “É um material muito antigo. Estava armazenado de forma precária, organizado em pastas comuns e impresso em papel”, diz.Carlos explica que a pesquisa foi feita nos principais bancos de imagem do País e com vários fotógrafos independentes. “Selecionamos grande quantidade de fotos, em torno de 10.000 e, com o passar do tempo, reduzimos o volume para algo em torno de 4.000 imagens”.

Entre as raridades que o livro traz está a letra de Namoradinha de Um Amigo Meu, escrita em uma agenda com data de 4 de fevereiro de 1966. Carlos destaca outro achado: uma foto do primeiro programa de auditório que Roberto participou: o Hoje é Dia de Rock, do Jair de Taumaturgo. “Não sabíamos quão importante era a imagem, que estava muito deteriorada, perdida dentro de uma pasta com centenas de outras fotos, que deve estar no mesmo lugar até hoje. O Roberto foi quem se lembrou daquele dia e nos avisou de sua importância histórica”, conclui.






Fonte:www.dgabc.com.br

outubro 06, 2014

Roberto Carlos não fará mais a campanha da Friboi


Com mais um ano de contrato pela frente, Roberto Carlos e Friboi ainda não rescindiram o acordo que torna o cantor garoto-propaganda da marca.

 No entanto, Roberto não fará novas campanhas nem emprestará mais suas músicas para trilhas de comerciais da Friboi. A empresa também desistiu de criar uma promoção envolvendo ingressos para um show do cantor.

Sobre uma possível rescisão contratual com Roberto, a Friboi informa que não comenta.




Fonte:outrocanal.blogfolha.uol

setembro 16, 2014

Jovem Guarda será homenageada em cruzeiro Sênior


 O primeiro cruzeiro Sênior da Costa Cruzeiros, que será realizado em 1º de março de 2015, terá como destaque a Jovem Guarda. O movimento musical que causou uma revolução na MPB

durante a década de 1960 completa 50 anos e será homenageado a bordo do Costa Favolosa no roteiro temático que sai de Santos com escalas em Ilhabela, Búzios e Salvador. Além de muita música, o cruzeiro terá a presença da Garota de Ipanema, Helô Pinheiro, escolhida como madrinha da viagem.

Entre os convidados ainda estará Antonio Aguillar, considerado o pai da Jovem Guarda, que fará palestra e vai comandar uma exposição fotográfica que retrata os momentos marcantes do período. Pocket shows para relembrar a época também estão agendados, com bandas como The Clevers, com grandes sucessos dos anos 1960, e apresentações especiais de Lilian Knapp, da antiga dupla Leno e Lilian e uma das divas da Jovem Guarda. Os hóspedes poderão relembrar músicas como Sou Rebelde e Pobre Menina.

Helô Pinheiro será madrinha do cruzeiro Sênior, que homenageará a Jovem Guarda
Foto: Costa Cruzeiros/Divulgação

Helô Pinheiro, a eterna Garota de Ipanema, irá interagir com os hóspedes em atividades como concursos de dança de salão e oficinas de canto. Também dentro da programação está o Divas Dance, que mistura exercícios físicos com passos de dança e ritmos variados, voltado para mulheres entre 50 e 85 anos, sessões de ginástica e aulas de danças de salão com a professora Raquel Mesquita e o dançarino Marcelo Grangeiro. O artista Dick Danello fará um show de música romântica italiana. Na programação ainda oficinas de contação de histórias e bate-papo com a astróloga Maggy Harisson.

Para reservas até o dia 5 de outubro, o 1º Cruzeiro Sênior tem descontos de até R$ 500 nas cabines externas com varanda. Além disso, os hóspedes com 60 anos ou mais garantem mais um desconto de 15%. Esse último benefício é válido para todos os roteiros da Costa Cruzeiros na América do Sul programados para os meses de fevereiro e março de 2015. Os preços do cruzeiro Sênior partem de R$ 1.249 por pessoa, mais taxas, em cabine interna dupla.





Fonte: Terra

setembro 15, 2014

Geração anos 60 é tema de romance lançado pela Secult

Espaço Cici Pinheiro sediará noite de autógrafos com escritor Erly do Prado. Evento ocorrerá nesta quinta-feira, dia 18, a partir das 19 horas

O isolamento social vivenciado pela juventude dos anos de 1960 pelo interior do Brasil é contado pela perspectiva do escritor Erly do Prado em romance que será lançado nesta quinta-feira, dia 18, às 19 horas, na sede da Secretaria Municipal de Cultura (Secult). A Tenda Cici Pinheiro receberá os convidados para a noite de autógrafos, cuja programação inclui ainda a apresentação do músico goiano Amauri Garcia, que também é o orador convidado.

À Procura de Identidade é a obra de Erly do Prado, que é escritor goiano nascido no município de Ipameri, sudoeste de Goiás. E foi pelo convite da Prefeitura de Goiânia que ele, radicado na cidade mineira de Lagoa Santa (a 35 quilômetros de Belo Horizonte), lança o segundo romance de sua carreira. “Sinto-me honrado por receber este apoio da Secretaria de Cultura de Goiânia, ato que reflete a valorização da arte regional pelo poder público. A abertura deste espaço mostra que os incentivos na difusão de ações culturais não precisam, necessariamente, vir da iniciativa privada ou de organizações estrangeiras”, cita o escritor, destacando o interesse da Chiado Editora, que é uma empresa de Portugal, na publicação do seu atual livro.

E o romance que chamou a atenção do mercado literário europeu narra a tentativa de um pai em resgatar o amor dos quatro filhos. No enredo há uma profunda análise da trajetória vivida por Delano, o personagem principal, situado no contexto histórico das mudanças desenfreadas ocorridas durante a industrialização do Brasil. No livro, são abordadas as duras penas pelas quais a juventude dos anos 60 e 70 passou, seja na luta contra a Ditadura, ou na exclusão social, política, econômica, cultural e geográfica, mostrando os múltiplos graus de relação dos jovens com as lutas contestatórias. A ficção se passa na cidade onde o escritor reside atualmente, Lagoa Santa - MG, mas pode muito bem retratar a realidade de qualquer região interiorana brasileira. Impressões, conceitos e posturas descritas pelo autor acerca do personagem são resultado da sua própria experiência de vida, refletindo as dúvidas existenciais, a busca incessante pelo autoconhecimento e a análise da sociedade na qual está inserido.

Para Erly do Prado, a experiência de produção da sua obra foi maravilhosa, ”posto que tratei de um assunto no qual me encontrava completamente envolvido. Foi emocionante revisitar cada época, cada detalhe, cada significado da vida dos que fizeram a história da geração anos 60”. E a figura de Delano constitui, segundo o escritor, toda a motivação para a produção do livro, pois ele representa o lado esquecido, o segmento marginalizado, a grande maioria social, política, cultural e economicamente excluída. “Quando os grandes feitos da geração anos 60 são decantados em muitas formas de arte, quando sua história é exaltada ou mesmo censurada, o contingente representado por Delano não é considerado. Esquece-se de que as características e o resultado daqueles movimentos sociais no Brasil devem muito ao modelo excludente de sociedade em que vivíamos, e no qual o personagem foi inserido. Foi principalmente essa contradição que tentei explorar. E com Delano eu não tive o propósito de retratar apenas a minha própria vivência, mas a de milhões de brasileiros que foram jovens naquela época, e que viveram os grandes momentos na periferia ou do lado de fora”, cita Erly.

Escritor
Erly do Prado nasceu no distrito de Ipameri, no ano de 1951. Formado em Medicina Veterinária na Escola de Veterinária da Universidade Federal de Goiás (UFG), de Goiânia, o escritor tem especialização em Administração Rural pela Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq), em Piracicaba, São Paulo; mestrado em Medicina Veterinária Preventiva e Epidemiologia e doutorado em Ciência Animal, ambos na Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte. Além dessas formações, Erly possui ainda bacharelado em Ciências Sociais pela Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich) também da UFMG.

Na área profissional, Erly do Prado atuou no cargo de extensionista como técnico do serviço de Extensão Rural na Acar/Emater do Estado de Goiás, trabalhando em em Porangatu, São Miguel do Araguaia, Bela Vista de Goiás, Goiânia, Morrinhos e Anápolis. Foi também professor na Escola de Veterinária da UFMG, ministrando as disciplinas de Sociologia, Antropologia e Extensão Rural.

A vida e as atividades do escritor sempre estiveram ligadas ao meio rural, tanto morando como trabalhando nestes meios, principalmente nos mais pobres. Foram nesses espaços que adquiriu experiência, que pôde sentir o peso e o drama das várias formas e exclusão. São estes lugares e estas situações as fontes primárias para seu aprendizado e sua inspiração.

Outras obras
À Procura de Identidade é a última obra publicada de Erly do Prado. Em sua trajetória pela produção literária, o escritor possui mais três livros. O primeiro livro escrito (1ª Edição - Ano 2006) foi 'O Fim da Picada', obra que conta a saga da ocupação da fronteira noroeste do estado de Goiás, em uma tentativa de resgatar alguns fragmentos da história de São Miguel do Araguaia. Escrito em formato de romance, livro é ambientado no contexto das políticas oficias destinadas a promover a interiorização da população brasileira, sob o signo da “Marcha para o Oeste”, ressaltando o drama do movimento migratório, da ocupação da terra e da constituição de uma sociedade local.

Os dois outros livros, “A poética do romantismo caipira e o latifúndio no Brasil” e “Agricultura Familiar e extensão rural no Brasil” foram publicados, respectivamente, em 2009 e 2011. No primeiro, Erly do Prado faz análises das mensagens difundidas pela música sertaneja, a qual sustenta a ideia de concentração fundiária no país e, no segundo, o escritor trata sobre tema ministrado enquanto professor de Veterinária na UFMG – a Extensão Rural.

Serviço
Assunto: Lançamento do livro 'À Procura de Identidade'
Data: 18 de setembro de 2014, quinta-feira
Horário: 19 horas
Local: Sede da Secult (Rua 84, nº 535, Setor Sul)
Contato: 8228-3031

Por Denise Ribeiro, da Diretoria de Jornalismo - Secretaria Municipal de Comunicação (Secom)

setembro 12, 2014

Web Rádio Épocas: O que as outras não tocam mais...você ouve aqui !


Web Rádio Épocas - Flashbacks românticos internacionais e nacionais dos anos 60/70/80, em uma

rádio 100% romântica, 100% suave. A era de Ouro do Rádio, a rebeldia e o romantismo do rock dos anos 60/70/80, a Jovem Guarda e as canções que embalaram a geração que ouvia o rádio no início dos anos 70.
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agosto 28, 2014

Banda ‘The Carlos’ faz tributo a Roberto e Erasmo Carlos

Show gratuito será nesta quinta-feira (28), às 19h, na Área de Convivência do Sesc Thermas (Foto: Divulgação)

Show gratuito será nesta quinta-feira (28), às 19h, no Sesc Thermas, em Presidente Prudente. No repertório estão releituras da época da Jovem Guarda em novas versões

Nesta quinta-feira (28), às 19h, o Sesc Thermas de Presidente Prudente traz para a cidade show de uma banda que faz um especial de duas lendas da música brasileira. A banda The Carlos sobe ao palco da Área de Convivência para reproduzir clássicos de Roberto e Erasmo. O show é gratuito.

A banda The Carlos possui influência do rock, funk e soul brasileiro. Neste show, apresentam um tributo ao Rei Roberto e seu camarada Erasmo com um repertório de releituras da época da Jovem Guarda em novas versões criativas.

A apresentação faz parte do programa “Trabalho Social com Idosos”, que todo mês apresenta uma variedade de programações voltadas para a terceira idade e também para uma interação com outras gerações, o show pretende unir pessoas de todas as idades para curtir músicas que marcaram a época da Jovem Guarda.



 Fonte:www.ifronteira.com

julho 19, 2014

Roberto Carlos fica menor em "O réu e o Rei"


Paulo César Araújo, autor do livro “Roberto Carlos em Detalhes”, censurado por conta de uma ação judicial movida pelo cantor, está com uma obra nova na praça e desta vez como que “dá o troco ao Rei”.

O livro “O Réu e o Rei” é a história de vida de Paulo César, com foco na sua paixão por música e sua admiração por Roberto Carlos. O escritor conta como foi sua vida em Vitória da Conquista, na Bahia,

revela porque teve de se mudar para São Paulo e depois para o Rio de Janeiro, além das dificuldades enfrentadas para sobreviver e cursar as faculdades de jornalismo e história.
Ainda estudante, Paulo começou com os colegas de faculdade um trabalho de pesquisa da música popular brasileira. Entrevistou desde os mais sofisticados, como João Gilberto, Tom Jobim e Caetano Veloso, até os chamados bregas, caso de Waldick Soriano, Aguinaldo Timóteo, Odair José e Reginaldo Rossi.

Não tinha carro nem telefone. Usava fichas para ligar de orelhões e se deslocava à casa das celebridades usando ônibus. O primeiro livro que publicou, “Eu não Sou Cachorro Não”, teve boa receptividade da crítica e comoveu os cantores românticos, que nunca tinham sido reconhecidos ou valorizados nos meios acadêmicos ou intelectuais.

“Roberto Carlos em Detalhes”, o segundo livro de Paulo César Araújo, recebeu elogios dos principais críticos musicais do país e logo entrou na lista dos mais vendidos no Brasil. A obra, no entanto, deixou o cantor de Cachoeiro de Itapemirim à beira de um ataque de nervos, uma verdadeira “fera ferida”. O artista perdeu a esportiva durante uma entrevista coletiva e anunciou,  às vésperas de Natal, que ia para a guerra visando processar o seu biógrafo.

HISTÓRIA - Paulo César conta toda essa história minuciosamente,
relembrando que passou 15 anos tentando entrevistar Roberto Carlos e trabalhando em sua biografia. Foi esnobado mais de uma vez pela assessora de imprensa do Rei (Ivone Kassu, que morreu em 2012), tapiado por empresários do cantor, mas nunca desistiu do seu projeto.

O livro sobre Roberto Carlos enaltece o artista, reconhece sua importância na música popular brasileira, colocando-o no mesmo patamar de João Gilberto, Caetano Veloso, Chico Buarque ou Gilberto Gil. A reação do cantor, que deveria ser de agradecimento, foi belicosa, injusta e incompreensível.

“O Réu e o Rei” é um trabalho impecável que mostra tudo isso e desconstrói a imagem de bom moço de Roberto Carlos.

Se no primeiro livro o escritor foi apenas fã e não mostrou o lado negativo do cantor, no segundo ele mostra as contradições do homem de igreja, devoto de Nossa Senhora e que pregava a necessidade de ter “um milhão de amigos”.

Roberto, que tanto pregou a paz em suas músicas, montou uma “operação de guerra” para levar um jornalista aos tribunais e trazer de volta à censura ao Brasil.
No primeiro livro Roberto Carlos sai engrandecido, como cantor, compositor e ser humano.

Nesta segunda obra, Paulo César mantém os elogios, o reconhecimento do trabalho artístico, mas também alfineta o algoz e publica muitas das críticas desfavoráveis a RC durante o seu longo reinado.

Paulo César Araújo cresce como jornalista, historiador e pesquisador sério que é, enquanto Roberto Carlos fica menor perante o seu próprio público.

Não sabe se por mania ou burrice o cantor tirou de circulação a biografia “Roberto Carlos em Detalhes”. Deu um tiro no pé. Permitiu a Paulo César escrever um livro tão bom quanto o primeiro e dar a última palavra.

Quem tiver a oportunidade de ler os dois livros ou pelo menos o último não terá a menor dúvida de que o Rei está errado nessa história toda, “ficou nu”. Enquanto Paulo César Araújo, o menino que foi engraxate e vendeu picolés, adquire de vez o respeito da imprensa, da intelectualidade e do meio artístico, em detrimento de um artista que corre o risco de ficar marcado na história não por tantas canções de sucesso e sim por conta de uma atitude mesquinha e policialesca.

O réu deu a volta por cima.

(Texto: Roberto Almeida. Nas fotos da Revista Veja o jornalista e historiador Paulo César Araújo e o cantor Roberto Carlos).




Fonte:robertoalmeidacsc.blogspot.com.br

julho 17, 2014

Black Carlos:integrantes do Kid Abelha e Cidade Negra tocam fase soul de Roberto e Erasmo

A banda Black Carlos, formada por integrantes do Kid Abelha e Cidade Negra (foto: Divulgação)


Em um breve momento de sua carreira, na virada dos anos 1960 e 1970, Roberto Carlos lançou aqueles que ainda são considerados seus melhores discos. Com o fim da Jovem Guarda, o Rei decidiu compor e gravar temas que o levaram a outro patamar, onde psicodelia, romantismo e balanço se uniam de forma única.

Esse período, considerado a fase soul do cantor e compositor, retorna aos palcos graças à banda Black Carlos, formada por Toni Garrido [Cidade Negra], George Israel [Kid Abelha] e Felipe Cambraia [baixista e produtor de Nando Reis].

O show compõe a programação especial de música negra do Sesc Ribeirão durante o mês de julho. No repertório, o grupo apresenta composições de Roberto e Erasmo Carlos, como “Todos estão surdos”, “Nada vai me convencer”, “Eu te amo, Eu Te amo, Eu Te amo” e “Quando”, entre outras.

“O projeto nasceu da ideia de três fãs de Roberto e Erasmo, que resolveram prestar uma homenagem e curtir essas canções maravilhosas no palco”, informa Felipe Cambraia.

O baixista afirma que o repertório do show foi composto a partir do gosto pessoal do trio, prevalecendo as canções do final dos anos 1960 e início dos anos 70. “A partir daí foram inseridas outras canções, sempre com a preocupação de se colocar uma leitura soul”, diz.

Segundo especialistas, essa fase determinante do trabalho da dupla Roberto e Erasmo teve uma grande influência do amigo Tim Maia, o mestre da soul music feita no Brasil. Felipe concorda. “Com certeza. Assim como nós, eles eram uma turma que gostava de tocar junto, um influenciando o outro”, ressalta.

Santo de casa
A banda de apoio do trio conta com um integrante de Ribeirão Preto: o trombonista Mauro Zacharias, conhecido por seu trabalho junto ao Los Hermanos e à Orquestra Imperial.

Mauro entrou no Black Carlos para substituir o amigo Marlon Sette e acabou ficando. O músico conta que já conhecia a fase soul de Roberto, mas nunca tinha participado de um projeto com essa proposta. “O show é impactante e divertido, ainda mais com as historinhas que eles contam durante o show. Vivendo e aprendendo sempre”, afirma.

É bom observar que o Black Carlos não é simplesmente uma banda cover. O grupo traz arranjos diferenciados de antigos sucessos. “As curvas da estrada de Santos”, por exemplo, traz uma levada hip-hop, passando pelo estilo de Marvin Gaye em “Como é grande o meu amor por você”, até o toque de Michael Jackson em “Se Você Pensa”.

Mauro diz que já trabalhou com Erasmo Carlos e conheceu Roberto durante show na Fundição progresso, no Rio de Janeiro. Ele acredita que a dupla já ouviu falar do Black Carlos. “Com certeza. Quem sabe um dia eles apareçam para dar uma canja”, sonha. 

Serviço - Black Carlos

Hoje (17/07/2014), às 20h30, no Sesc Ribeirão 

Rua Tibiriçá, 50

Ingressos: R$ 10, R$ 5 e R$ 2

Inf.: (16) 3977-4477.


Fonte:http://www.jornalacidade.com.br/

julho 08, 2014

Web Rádio Épocas sua rádio saudades


A Web Rádio Épocas foi elaborada e criada com o propósito de levar para  pessoas de uma faixa etária acíma dos 45 anos as músicas que fizeram parte de sua juventude.

Os mais jovens são os que mais acessam a internet e sabemos disso, embora saibamos também que, a população mais velha acessa cada vez mais a internet, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De  2005 a 2011, aumentou em 222,3% o contingente de brasileiros com 50 anos ou mais de idade que entram na internet. Entre as faixas etárias investigadas, foi a que teve maior crescimento relativo no período. Mais 5,6 milhões de pessoas com 50 anos ou mais passaram a acessar a internet nesse período.

Mas o objetivo maior da Web Rádio Épocas não é a audiência, mas sim proporcionar aos mais velhos um espaço que traga de volta  lembranças de uma época de suas vidas.

Acreditamos no romantismo, carinho, amor próprio, amor ao próximo, DEUS, companherismo, amizade e felicidade. Não apoiamos pedofilia,  preconceitos, julgamentos, discriminação, crimes, pornografia e falta de respeito.

www.webradioepocas.com.br

Ademir Palácios

julho 07, 2014

Cyro Aguiar: sucesso mundial em 1973 com Do You Like Samba?

Nesta imagem do arquivo A TARDE, Cyro em 1978, em show em Salvador

Do you like samba? Quem não gosta? E de Cyro Aguiar, gosta? Bom, se o nome não lhe é familiar, provavelmente você não estava no planeta quando este cantor baiano, residente em São Paulo há  anos, varreu o Brasil com o hit Do You Like Samba?
Isso foi há 41 anos,  lá em 1973. Hoje aos 71, Cyro manda notícias da capital paulista, onde vive muito bem, obrigado, dirigindo uma estação de rádio  popular, a Tropical FM, e segue fazendo shows.

Na época da gostosa Do You Like Samba?, Cyro lutava para se estabelecer como sambista, após fazer carreira na década de 1960, ligado ao movimento da Jovem Guarda.

"Em 1971, tive contato com um amigo, o Milton Carlos (1954-1976), que fez muito sucesso com  Samba Quadrado. Ele estava procurando cantores para a primeira montagem brasileira de Jesus Cristo Superstar", lembra Cyro, por telefone.

"Ele me chamou para um teste. Lá estava todo mundo começando: Nei Latorraca, Jonas Bloch, Stênio Garcia  e Eduardo Conde (1946-2003), que fez Jesus. Nei fazia Pôncio Pilatos e eu era o dublê dele. Depois consegui fazer um dos apóstolos. Quando Nei teve de abandonar a peça para atuar na TV, assumi o papel de Pilatos. Minha carreira mudou ali", relata.

Mais consciente do que na época da Jovem Guarda, Cyro não queria mais fazer rock. "Um produtor que conheci na Jovem Guarda me chamou para gravar. Eu disse que queria fazer sambalanço, como se dizia na época.  Gravei Asfalto Falsificado, um  grande sucesso em 1972 e também uma crítica a mim mesmo, por conta da  minha influência estrangeira", conta Cyro.

Sucesso mundial
Do You Like Samba? veio na mesma levada já no ano seguinte,  consagrando Cyro como cantor de sucesso no Brasil e fora dele. "Vendeu 500 mil cópias só no Brasil", diz.  "Foi sucesso em Portugal, Espanha, Itália, França e Estados Unidos", conta Cyro.

Do You Like Samba? foi regravada pela orquestra  de Edmundo Ros (1910-2011), de Trinidad & Tobago, estabelecido nos EUA nos anos 1940. Pena que o autor só foi saber disso... 30 anos depois. "Na época, me contaram que tocava na Espanha, mas eu nem sabia dos outros países, muito menos que tinha sido regravada nos Estados Unidos", conta.

Como nunca foi de se lamentar, Cyro continuou sua carreira e teve outro enorme sucesso com a música Crítica (1975). "No Brasil, foi um sucesso até maior do que Do You Like Samba?. Depois gravei Antes Que a Tristeza Venha com meu ídolo, Moreira da Silva", lembra.

"Os anos 1970 foram muito importantes para mim, mais do que os 60, em que gravei vários compactos da Jovem Guarda. Mas foi  nos anos 70 que tive  maior expressão", diz.

Sua transição de roqueiro jovem guardista para sambista não passou despercebida pelos antigos companheiros de matinê do Cine Roma, como Raul Seixas e Waldir Big Ben Serrão. "Quando gravei Do You Like Samba? fui aí em Salvador e Waldir tinha um programa de rádio: 'Que onda careta é essa, você gravando samba?'. Foi engraçado", conta.

A rádio do Cyro
Foi também em meados dos anos 1970 que sua vida deu outra virada. Na época, ele morava em Taboão da Serra, periferia de São Paulo. "Pensei que  podia ter uma rádio ali, até por que queria fazer um pé de meia. Na época, o órgão das concessões era o Dentel (Departamento Nacional de Telecomunicações)", conta.

"Lá me informaram que tinha que solicitar ao Ministério das Comunicações, 'quando tiver concorrência'. Procurei saber mais e descobri que  não ia ter abertura de canal para Taboão, mas ia ter para Itapecerica da Serra, que é pertinho. Entrei na concorrência, mas quem ganhava eram os políticos e tal", lembra.

A providência veio na forma de um telefonema de um velho amigo de Cyro, colega seu quando eram alunos na Academia Militar das Agulhas Negras nos anos 1950, e que Cyro abandonou para se dedicar à música.

"Ele me chamou para jantar no C'Adoro, disse que ia estar lá com o chefe dele. Quando eu chego, o 'chefe' era o general João Baptista Figueiredo, que ia se tornar presidente pouco depois. Cantei todas as músicas antigas do Orlando Silva que ele gostava. Dias depois ele me chamou no apartamento dele. Conversando, eu disse que estava concorrendo a uma emissora e ele me deu uma força. Foi assim, dei sorte", relata.

Cyro e a família tocam a Tropical FM até hoje, com a qual prosperaram. Em Salvador, aonde espera vir fazer show em breve, é lembrado com carinho pelos contemporâneos. "Tenho uma lembrança muito boa do Cyro", diz Paulinho Boca de Cantor.

"Como a gente (os Novos Baianos) era meio diferente,  não era todo mundo que nos via como amigos. Mas Cyro curtiu nosso som e foi generoso conosco várias vezes", diz.

"Nunca mais nos vimos, mas ficou a lembrança daquela figura simpática e amiga, que tocava muito violão e  fazia aquilo em que acreditava", afirma. Já o sambista Edil Pacheco lembra dele "tocando muito em rádio e fazendo sucesso. Era muito alegre e participativo. Soube que está bem, graças a Deus", conclui.






Fonte:atarde.uol.com.br

junho 15, 2014

Web Radio Epocas: O que as outras não tocam mais...a gente toca pra você !


Web Radio Epocas - Flashbacks românticos internacionais e nacionais dos anos 60/70 e 80, em uma rádio 100% romântica, 100% suave.

O que as outras não tocam mais...a gente toca pra você !

junho 06, 2014

Roberto Carlos se emociona em show do filho Dudu Braga, em São Paulo

O rei assistiu a parte do show sentado em uma mesa ao lado de outros convidados

Roberto Carlos levou emoção ao show da banda do filho Dudu Braga, RC na Veia, no Mata Café, em São Paulo, na noite desta quinta-feira (5).

O cantor marcou presença na apresentação em homenagem a Jovem Guarda e foi ao palco cantar sucessos do movimento, como "Eu Sou Terrível" e "É Preciso Saber Viver".

O rei assistiu a parte do show sentado em uma mesa  ao lado de outros convidados. Em um determinado momento, Roberto Carlos subiu ao palco e abraçou o filho, que não conteve as lágrimas. Dudu Braga é baterista da banda RC na Veia, novo projeto do produtor musical. Na apresentação, o grupo cantou 18 sucessos da Jovem Guarda.

Roberto não foi o único convidado do show. Wanderléa, grande companheira do rei no movimento, também marcou presença e cantou os hits da época. Roberta Miranda também subiu ao palco ao lado da banda, composta por Alex Capela (vocal), Fernando Myata (guitarra) e Juninho Crispim (baixo), além de Dudu. Na plateia ainda estava o humorista Tom Cavalcante, que posou com Roberto Carlos.






Fonte:www.rondoniadinamica.com

maio 22, 2014

Wanderléa e uma seleção da pesada com Silvio Santos no time


Wanderléa abre o baú e publica foto inédita da década de 60.

No registro da década de 1960 que chamou a atenção no Facebook é possível ver a cantora na época em que era uma das musas da Jovem Guarda. Em um campo de futebol, a loira era admirada por

ninguém menos que: Silvio Santos, 83, Erasmo Carlos, 72, Jair Rodrigues, 75, Moacyr Franco, 77, e Wanderley Cardoso, 69.

"Seleção da pesada", escreveu a Ternurinha na legenda do clique em que todos os homens aparecem vestidos com o uniforme da Seleção Brasileira. Quem também é vista na imagem ao lado de Wanderléa é a cantora Martinha, 64. Um detalhe hilário da foto é Silvio Santos de shortinho, fazendo pose de galã

A postagem fez sucesso na rede social da cantora. "Só feras", "Essa foto é uma raridade", e "Tempos bons e saudosos", foram alguns dos comentários que a famosa recebeu.






Fonte:Yahoo

maio 02, 2014

Noite da seresta traz Wanderley Cardoso - Campo Grande MS


A  Noite da Seresta, realizada pela Prefeitura de Campo Grande, por meio da Fundação Municipal de Cultura, será dia (09/05), às 19h30, na Concha Acústica Família Espíndola na Praça do Rádio Clube.

A principal atração da Noite da Seresta de maio será o cantor Wanderley Cardoso, um dos integrantes do movimento da Jovem Guarda, que teve nomes como Roberto Carlos, Erasmo e Wanderléia.

A abertura, fica por conta da ‘Banda de Ontem’. Segundo a Presidente da Fundac, Juliana Zorzo, a intenção é dar continuidade a este grande projeto, com importantes nomes da música brasileira e ainda promover bandas e artistas locais que estarão fazendo a abertura do evento.

Wanderley Cardoso 

Wanderley Cardoso ,“O Bom Rapaz” da Jovem Guarda, vem a Campo Grande para a Noite da Seresta e, certamente, será um momento de grande emoção para os apreciadores da música dos anos 60/70.

Cantor e encantador das multidões, em 1965, gravou seu primeiro sucesso pela gravadora Copacabana Discos: “Preste Atenção”, consagrando-se em todas as paradas musicais do país, o que impulsionou sua carreira.

Seguiram-se então hits como: “Abraça-me Forte”, “Meu Amor Brigou Comigo”, “Te Esperarei”, “Promessa”, “Doce de Coco”, “O PicNic”, “Socorro nosso amor está morrendo”, “Baby Eu Te Amo”, “História de Amor”, “Fale Baixinho”, “Minha Namorada” e “Se Ela Voltar”. Gravado em 1968, “O Bom Rapaz” é o seu o maior sucesso, com vendagem, até hoje, de mais de quatro milhões de cópias.

Hoje sua discografia conta com 87 discos entre compactos, LPs e CDs. Sem falar nas participações em CDs da Jovem Guarda e no DVD “Jovem Guarda para Sempre” que foi lançado pela gravadora Atração em 2005.

Em outubro de 2005 , gravou no Canecão RJ , o DVD e CD intitulados “40 Anos de Sucesso do Bom Rapaz”, onde canta  20 músicas de maior sucesso, com novos arranjos. Esse projeto conta com uma música inédita e com as participações especiais dos amigos Jerry Adriani e Martinha. O DVD e CD foram lançados pela gravadora EMI MUSIC.

Em seu show Wanderley se apresenta com sua banda, canta seus sucessos, brinca, conta piada, faz imitações e no final abre espaço para os apreciadores da música dos anos 60/70 cantarem e dançarem no espetáculo.

A ‘Banda de Ontem’

A abertura da Noite da Seresta, será com a ‘Banda de Ontem’.  Uma Banda que não só toca música antiga, uma banda que vive a música de ontem.

No show a banda viaja nos primeiros Rocks dos anos 60... Uap! Bap! Lupa! O Swing dos anos 70! Traz de volta a sensação dos anos 80 que todos conhecem a letra e há muito não ouviam, e usa toda a tecnologia do Sinth Pop dos anos 90.

Nas cordas graves o Jakson, nos tambores o Alexandre, na maestria das teclas o Wendel, nos agudos das cordas o Dodi, e na potência vocal o Ducatti. Esses são os músicos da ‘Banda de Ontem’!

Serviço:

Noite da Seresta
Data:  9/5/2014 – sexta-feira
Horário: 19H30
Local: Concha Acústica Família Espíndola - Praça do Radio Clube
Mais informações, Fundac   3314 3226


 Fonte:http://www.acritica.net/

maio 01, 2014

Roberto Carlos come carne durante lançamento de biografia polêmica

Roberto Carlos reuniu amigos e convidados para o lançamento de sua biografia, realizado em São Paulo, na noite da última terça-feira (29).

A obra foi aprovada pelo próprio cantor, que é contra as biografias não autorizadas - ele, inclusive, chegou a promover uma campanha contra as obras no ano passado.

Com tiragem limitada, apenas 3 mil cópias, o livro será liberado para vendas em lotes de 500 unidades. Cada uma delas custará ao comprador R$ 4,5 mil.

Ex-vegetariano

O 'Rei' aproveitou o evento para livrar sua imagem de outra recente polêmica e ofereceu carne vermelha para os convidados no local.

Contratado como garoto-propaganda de um frigorífico, o cantor afirmou que voltou a consumir o alimento após 30 anos. Contudo, garantiu: "Nunca fui vegetariano. Eu só não comia carne vermelha, mas comia peixe e frango".

Tudo porque boatos deram conta de que o famoso, na verdade, só disse ter voltado a ingerir carne após receber uma grande quantia em dinheiro.

Para provar o contrário, o veterano fez questão de provar os aperitivos na frente dos fotógrafos de plantão.

abril 24, 2014

Erasmo Carlos se apresentará em Festival de MS

Erasmo pretende mostrar ao público, que é um artista em ebulição


Os 50 anos de estrada do roqueiro e precursor da Jovem Guarda, Erasmo Carlos, serão contados no próximo dia 30, primeira noite do 11º Festival América do Sul, que acontece em Corumbá. O cantor levará seu show Gigante Gentil para o Palco das Américas, às 22h.

O “Tremendão” promete levar novas canções em belas parcerias, além de cantar seus clássicos sucessos. Canções como “Sentado à Beira do Caminho”, “Mulher” e “Gatinha Manhosa”, entre seus rocks “Minha Fama de Mau” e “Festa de Arromba” estarão no repertório de Erasmo, que pretende mostrar ao público, que for conferir a festa, que é um artista em ebulição.

O show do álbum inédito que Erasmo levará para contagiar o público do Festival América do Sul traz a maioria das músicas compostas por ele mesmo e por alguns parceiros como Arnaldo Antunes e Nelson Motta, além da inédita parceria com seu amigo de longa data Caetano Veloso, que lhe brindou com singela e certeira letra em “Sentimentos Complicados“. Big bands, samba, o nascer do Rock n Roll, João Gilberto, Soul Music , Walter Wanderley e Ed Lincoln tudo junto e misturado na vida deste carioca de carteirinha e vascaíno roxo, que traz muito rock e a cruz de malta em seu peito.

Ao todo mais de 100 atrações musicais vão passar pelos palcos do Festival América do Sul que ainda trará nomes consagrados na música brasileira, como Fundo de Quintal, Paulinho da Viola, Maria Gadu e Afroreggae.

A programação completa do 11º Festival América do Sul pode ser acessada no site www.festivalamericadosul.com.br.





Fonte:www.correiodoestado.com.br

abril 20, 2014

No aniversário do "rei" o carinho dos fãs

Roberto Carlos completou 73 anos de idade no sábado (19) e seus fãs, claro, não deixaram a data passar em branco. Durante a tarde, uma multidão se aglomerou na Urca, em frente ao prédio onde o "rei" mora para prestar homenagens.

Com cartazes e tirando muitas fotos do aniversariante ilustre, admiradores do ícone da música brasileira chamaram a atenção até mesmo de vizinhos do cantor, que foram até a sacada para conferir a homenagem. Um boneco, flores e até o sósia do cantor estava no local. Simpático, Roberto Carlos acenou e mandou beijos aos fãs agradecendo o carinho.





VIZINHOS TAMBÉM FORAM CONFERIR HOMENAGEM (FOTO: ALEX PALAREA/AGNEWS)








Fonte:Informações Revista Quem

Gigante Gentil:Com novo disco de inéditas, Erasmo Carlos encerra ciclo iniciado há cinco anos

A ressurreição discográfica de Erasmo Carlos começou em 2009, com o álbum Rock ‘n’ Roll. Dois anos depois, veio Sexo, e no mês que vem o Tremendão lança Gigante Gentil. O próprio Erasmo reconhece que o novo trabalho fecha a trilogia, mas brinca com quem pensa que o título poderia ser Drogas. “Ah, drogas? Isso ficou nos anos 60, né? Não dá mais”, ele diz, gargalhando.

A escolha do título na verdade veio de como o próprio Erasmo costuma ser chamado. “Esse é um apelido que eu tenho há muito tempo, mas ele só é conhecido entre os meus amigos”, ele conta. “É por causa desse meu jeitão. Quem deu foi a [cantora] Lucinha Turnball, amiga de muito tempo.” Para a faixa-título, o Facebook também serviu de inspiração. “A música fala dessa coisa de as pessoas ficarem falando umas das outras na internet, colocando apelido e tudo mais. Já me chamaram até de zumbi. Mas tá valendo.”

Brincadeiras à parte, Erasmo reconhece que o álbum levou muito tempo para ser concluído, mas afirma que gostou do resultado. O cantor ficou satisfeito especialmente com a produção de Kassin. “Ele é ainda mais sossegado do que eu”, conta. “O som do álbum é mais tranquilo, mais linear. Tem menos guitarra, mas compensamos com mais textura.” Outra presença importante é a de Marcelo Jeneci, que participa de várias faixas. Acima de tudo, o disco é uma reunião de camaradas: também estão nele os guitarristas Luiz Carlini e Rick Ferreira e o gaitista Flavio Guimarães. “Todos eles são grandes parceiros meus, e alguns deles nunca tocaram juntos”, diz Erasmo.

Em Gigante Gentil destacam-se canções como “Colapso”, “50 Tons de Cor” (parceria com Arnaldo Antunes) e “Sentimentos Complicados” (composta com Caetano Veloso – a primeira vez que os dois escreveram algo juntos). Sempre na estrada, Erasmo lança o disco em maio com apresentações já marcadas no Rio de Janeiro e em São Paulo. “Eu não passo de um operário”, ele define.





Fonte:PAULO CAVALCANTI/rollingstone

março 30, 2014

Roberto Carlos: Muitas Emoções na Arena Castelão em Fortaleza


Próximo de completar 73 anos, Roberto Carlos vai a Fortaleza para realizar único show na Arena Castelão. A emoção está garantida

Depois de Paul McCartney, Elton John e Beyoncé, chegou a vez de um artista nacional se apresentar na Arena Castelão. E poucos poderiam assumir essa responsabilidade como Roberto Carlos. Ícone da música brasileira há mais de cinco décadas, o Rei sobe ao palco no dia 5 de abril, para única apresentação com sua já famosa orquestra.

Desfilando os sucessos que marcaram tantas gerações, desde a Jovem Guarda, ele vem ainda no embalo do sucesso de “Esse cara sou eu”, onde afirma sem modéstia: “Está do seu lado pro que der e vier. O herói esperado por toda mulher. Esse cara sou eu”.

Mais do que cantor e compositor, Roberto Carlos é uma entidade que permeia a cultura brasileira desde o finalzinho dos anos 1950. Fã de Vicente Celestino e Silvio Caldas, o garoto de Cachoeiro do Itapemirim, Santa Catarina, cresceu impressionado pelas vozes que ouvia no rádio e logo começou querer fazer música. Quando veio a Bossa Nova, ele tornou-se um seguidor de João Gilberto, a quem imitava com perfeição. Nessa época, incentivado por Carlos Imperial, gravou dois compactos e o primeiro LP, batizado de Louco por você. Curiosamente, esse primeiro disco tornou-se um apócrifo, que o artista renega alegando pouca qualidade técnica. No entanto, apesar da autocrítica, o disco tornou-se um artigo disputado em sebos nacionais e internacionais. Em tempos de youtube e download ilegal, também não é difícil ouvir o Rei, em seus primeiros passos, cantando roquezinhos antigos como “Mr. Sandman” ou o cha-cha-cha meio ingênuo “Louco por você”. Ainda assim, Roberto prefere considerar sua entrada na Jovem Guarda como a verdadeira estreia. Lançado em 1963, Splish splash injetou um peso maior no seu rock com doses homeopáticas de transgressão. Se bem que, para a época, beijos roubados no cinema ou carrões voando a 120 km por hora já eram suficiente para que os pais desconfiassem do jovem que reproduzia no Brasil a beatlemania britânica.

Mas até da Jovem Guarda Roberto Carlos tem suas restrições. Sucessos como “Negro gato” ou “Que tudo mais vá pro inferno” foram depois banidos do seu repertório. O motivo? O Transtorno Obsessivo Compulsivo o impede de falar palavras negativas, bem como de usar cores escuras ou entrar por uma porta e sair por outra. Também por conta do TOC, que para alguns se confunde com manias, Roberto trouxe uma série de elementos para sua carreira que se tornaram míticos. As roupas sempre em tons de azul, a mesma banda e o mesmo maestro há décadas, os poucos parceiros e as capas de discos praticamente iguais são exemplos.

Tendo há pouco tempo admitido sofrer do TOC, aos pouquinhos Roberto Carlos tenta ousar dentro do seu território. Ele já prometeu que vai voltar a cantar “Quero que vá tudo pro inferno” e teve que se aceitar o “amigo de fé irmão camarada” Erasmo Carlos usando preto no seu especial do fim de ano de 2013. “Ele pode”, tentou minimizar o anfitrião. Transtorno ou mania, tudo que envolve o Rei vira notícia e gera audiência. Inclusive de forma negativa, como a disputa com o jornalista Paulo César de Araújo, autor da biografia Roberto Carlos em detalhes, ou quando vegetarianos criticaram ele ter aparecido num comercial de TV comendo carne vermelha.

São ossos do ofício de quem subiu alto na carreira. Mesmo com biografias, propagandas, TOCs e narizes torcidos para seus últimos sucessos, Roberto Carlos segue como um pedaço da história brasileira. Um criador de melodias tocantes e autor de letras que marcaram gerações. Do início na bossa, passando pelo rock, soul, gospel, country e tantos outros estilos, ele chega, no próximo 19 de abril, aos 73 anos como um ídolo de milhares e um dos raros popstars de sua geração. Em meio a tantas idas e vindas, é ele mesmo quem dá o veredito. “Se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi”.


Serviço: Para o espetáculo, estão sendo disponibilizados diversos setores e os ingressos variam de R$ 40 a R$ 420. Os ingressos podem ser adquiridos pelo site Ingresso Rápido (www.ingressorapido.com.br), pelo telefone 4003-1212 ou nos estandes de vendas nos shoppings Via Sul, North Shopping e North Shopping Jóquei e quiosque da Bilheteria Virtual no shopping Del Paseo.




Fonte:Informações www.opovo.com.br

março 23, 2014

Jovem Guarda:Eduardo Araújo agita shopping na zona sul de São Paulo

Eduardo Araújo no shopping SP Market (Divulgação)

As noites de quinta-feira no Shopping SP Market tem se tornado um programa para os paulistanos amantes de música – com exposições e shows ao vivo. Nesta última quinta-feira, 20 de março, não foi diferente: a presença de Eduardo Araújo, cantor que foi incluído na “Rockwalk Brasil – a Calçada da Fama do Rock”. O cantor atraiu todos os olhares ao presentear a todos com uma performance digna de suas mais famosas e inesquecíveis apresentações, desde a época de ouro da Jovem Guarda.

Convidado a receber a placa comemorativa de sua inclusão no Rock Hall das celebridades que compõe a Rockwalk Brasil, ocorrida em 2008, Eduardo Araújo recebeu a imprensa com sua simpatia característica, assim como seus inúmeros fãs que lotaram os arredores do Atrium, local onde está montado o palco da “Rockweeks Brasil” desde o dia 13 de março. Mais uma ação de sucesso, o evento é fruto da parceria do INROCK, da empresa MMP Entertainment e o Shopping SP Market.

O set list veio repleto de sucessos como “O Bom”, “Vem Quente Que Estou Fervendo” e “Rua Augusta”, entre tantos outros, além de algumas versões para hits famosos como “Construção” e canções inéditas que integram o novo CD “Lado a Lado”.

Um dos pontos altos do evento foi quando Marcio Mota, o criador e presidente da Rockwalk Brasil, subiu ao palco e exibiu um traje completo de Silvinha Araújo, usado por ela em seu último show, doado por Eduardo Araújo ao acervo do “Museu do Rock”, em breve em cartaz permanente no Parque do Rock (www.parquedorock.com.br), empreendimento temático que vem povoando os sonhos de dez entre dez roqueiros brasileiros já há algum tempo em pauta na Net. A emoção fluiu, e o momento trouxe a lembrança de Silvinha Araújo à tona, uma das mais importantes estrelas da história da música brasileira, e que nos deixou há seis anos para, enfim, ir morar no céu.

Carreira de sucesso
Um dos ídolos do movimento da Jovem Guarda, nos anos 60, ao lado de Roberto Carlos, Erasmo e Wanderlea, entre outros ícones da música brasileira, Eduardo Oliveira Araújo inicia sua carreira no Rio de Janeiro em 1960, apresentando o programa de TV “Hoje é Dia de Rock”, e logo no ano seguinte grava seu primeiro disco em 78 rpm “Eduardo Araújo”.

O pioneiro do Rock e da Soul Music do Brasil é um amante incansável do folclore e da música regional, mas, ao misturar tropicália e MPB com música negra na medida certa, produz discos de soul e rock psicodélico de vanguarda em sua época, sendo cultuado até hoje por DJs americanos, europeus e asiáticos.

Eduardo Araújo é a lenda viva do Rock, e com apenas dezoito anos lança “O Garoto do Rock”, a primeira gravação do gênero do Brasil, contando com a participação do imortal Badem Powel nas cordas e ‘Os Cariocas’ nos backing vocals.

Entre os inesquecíveis sucessos de Eduardo Araújo estão “O Bom” e “Vem Quente Que Estou Fervendo” e “Rua Augusta”; no entanto, e exercitando seu lado criativo, faz versões para “Juazeiro” e “Asa Branca”, de seu mestre Luiz Gonzaga, e revisita “Construção”, de Chico Buarque, além do sucesso internacional de “Vertical Expression, ao lado dos irmãos Bellamy Brothers.

Eduardo Araújo é também padrinho musical de Tim Maia e Ronnie Von.

Casado com a também cantora Silvinha Araújo, dedica cinco décadas à música ao lado da estrela, falecida em junho de 2008.

Eduardo Araújo contabiliza mais de 30 discos, além de participações especiais inesquecíveis, numa carreira de sucesso que o leva agora a comemorar seus 50 anos de estrada, ao lado de seus inúmeros amigos e fãs, juntamente ao lançamento de seu último trabalho ”Lado a Lado”, um CD desta vez mais voltado à música de raiz brasileira e pelo country music, trazendo algumas faixas gravadas em Nashville, nos Estados Unidos.

Um dos primeiros astros da Jovem Guarda a ser eternizado na história da música brasileira como um rockwalker, Eduardo Araújo é incluído na Rockwalk Brasil, a “Calçada da Fama do Rock” em agosto de 2008.

O EVENTO “ROCKWEEKS BRASIL”
A “Rockweeks Brasil”, produzida pela MMP Entertainment Brasil e o “INROCK – Instituto Cultural Calçada da Fama do Rock”, tem por objetivo divulgar os projetos Rockwalk Brasil e Parque do Rock; e com isso, uma série de ações pelo país pretende levar aos holofotes os grandes astros da música brasileira, realizando cerimonias em homenagem aos artistas que escrevem a história do rock nacional desde 1956. Os eventos apresentam shows ao vivo e exposições que trazem à visitação algumas placas da Calçada da Fama, juntamente a uma coleção de guitarras autografadas pelos ídolos, sempre com ingressos livres ao público.
Para o primeiro evento de 2014, que acontece desde 13 de março no Shopping SP Market, em São Paulo, os artistas convidados são a banda Radio Taxi e os cantores e compositores Eduardo Araújo, Kiko Zambianchi e Dalto.

A ROCKWALK BRASIL
Atualmente contando com cerca de 50 homenageados que já gravaram suas placas, e neste 2014 registrando seu sétimo ano de fundação, o projeto Rockwalk Brasil integrará o mega-projeto “Parque do Rock”, um Parque Temático totalmente voltado ao Rock, a “Disneylandia do Rock” como carinhosamente vem sendo chamado. O empreendimento, que traz em seu escopo Arenas para espetáculos de todos os portes, Museu do Rock, Escola de Rock e outras muitas atrações alusivas, será erguido numa belíssima área interligando as Rodovias Anhanguera, Bandeirantes e Dom Pedro, a cerca de 20Km do Aeroporto Internacional de Viracopos.
Em fase de liberações legais e trâmites de aprovação de projetos arquitetonicos, e com o início das obras previsto ainda para o primeiro semestre de 2014, estima-se que a primeira fase do Parque do Rock seja inaugurada em dois anos.
Os projetos Rockwalk Brasil e Parque do Rock foram criados pelo empresário Marcio Mota, ceo da MMP Entertainment Brasil desde 1994.

Solange M Lima e Fabíola Novo





Fonte:http://tutube.com.br/

março 09, 2014

Wanderléa lança CD e DVD ao vivo e prepara autobiografia


Às vésperas dos 50 anos da Jovem Guarda, cantora reflete sobre o movimento que a classe artística classificou como alienado.

Muitas respostas podem ser dadas, mesmo 50 anos depois. Quando rodopiava no olho do furacão ao lado de Roberto e Erasmo Carlos, entre 1965 e 1968, Wanderléa não tinha nem experiência para rebater desaforos nem tempo para ler o que diziam sobre o Programa Jovem Guarda, a revolução comportamental que o trio liderava na TV Record e que o universo artístico teimava em não reconhecer como tal.

Mineira de Governador Valadares, filha de pai libanês rígido, Wanderléa Charlup Boere Salim tinha 19 anos quando ajudou a inventar a juventude. Os músicos da MPB engajada contra o regime militar – de Chico Buarque a Elis Regina, de Edu Lobo a Gilberto Gil – consideravam o que fazia um subproduto alienado, infestado de uma cultura norte-americana que nada mais tinha a dizer.

Decidida a lançar sua autobiografia este ano pela editora Record, além de um CD e um DVD revisitando o disco Wanderléa Maravilhosa, de 1972, gravado ao vivo no Teatro Municipal de São Paulo durante a Virada Cultural de 2014, Wanderléa reflete ao Estado sobre seus anos de Ternurinha com respostas que poderia ter dado há 50 anos, se o furacão permitisse.

A MPB da segunda metade dos anos 60 decretou guerra com ataques pesados à Jovem Guarda, mas você, Roberto e Erasmo nunca respondiam aos detratores. Por quê?
A patrulha em cima da gente era muito forte e nós éramos muito jovens chegando naquele espaço. Aquilo nos abalava muito, mas tínhamos tantos compromissos que não dava tempo de remoer. Eu não conseguia tempo nem para contestar. Fazia programa, corria para shows, atendia imprensa. Não consegui nem colocar a voz no filme Juventude e Ternura (1968). Meu personagem acabou recebendo a voz de Norma Blum por isso. Não tínhamos uma assessoria dizendo o que devíamos e o que não devíamos responder. Era pau o tempo todo, ficamos muito indefesos.

Há mágoas desta época?
Não, mas foi difícil. Éramos recebidos com tapete vermelho em toda a parte mas a própria classe artística não reconhecia que o que fazíamos era algo verdadeiro. O fato de vir na frente é sempre muito difícil. Quando surgimos, o que havia era a bossa nova, a música de apartamento, de cantar baixo para não incomodar o vizinho. Éramos jovens, queríamos dançar, puxar o parceiro para a pista, jogar as pernas para o alto. Nosso movimento quebrava com as raízes da música tradicional e os elementos eletrônicos (guitarra, contrabaixo) eram vistos como uma heresia.

Vocês eram chamados de alienados pelo pessoal da MPB, que sofria tentando driblar a ditadura nas letras das canções.
A ditadura que vivíamos dentro de casa era a primeira a ser combatida. Não éramos politizados, como uma criança não poderia ser, mas queríamos assistir aos filmes, ouvir a música americana que quase não chegava aqui. Nossa contestação era total, tanto que a família brasileira não nos aceitava, achava que íamos perverter seus filhos dentro de suas casas. Mas os meninos queriam cantar rock, usar cabelos compridos, roupas coloridas. Quando cheguei a São Paulo, os homens só andavam de cinza e azul marinho.

O que era a juventude antes da Jovem Guarda?
A gente ouvia o que o pai da gente ouvia. Quem escolhia nossas roupas eram nossas mães. O rapaz botava um (sapato) Vulcabrás e fazia um corte no cabelo para demorar a crescer. As meninas só usavam roupas que iam até abaixo do joelho, saias com cinturinha, anáguas com combinação. Não havia uma cultura jovem, com música para jovem, roupa para jovem, literatura para jovem. Chegamos com as saias curtas, roupas pretas de couro, botas que não existiam.

A revolução comportamental da Jovem Guarda teria feito mais do que a luta política da MPB?
Eu acho que sim. E qual desses movimentos formam filas até hoje com pessoas que trazem todos os LPs dos artistas querendo autógrafo? Eles não tiveram isso. Fazem trabalhos de respeito, mas não tiveram essa flecha no coração das pessoas.

E por que não respondiam às críticas naquela época?
Vou falar tudo no livro que estou escrevendo. Nós não tínhamos orientação sobre nada, não sabíamos nem o que estava acontecendo, não sabíamos que aquilo iria tomar o Brasil. Eu achava divertido ficar em frente ao espelho inventando um passo de dança para chegar em Fortaleza e ver o pessoal fazendo aquela dança. Era demais, mas era diversão. Enquanto isso, a crítica nos massacrava. Hoje, quando leio matérias daquela época, digo "como é que esse infeliz falou isso?". Quanto mais éramos amados, mais ficavam furiosos. Quando surgimos na TV não havia Tropicália, não existia Mutantes, Novos Baianos, Dzi Croquetes. Eles estavam assistindo a gente em casa.

Acredita que vocês influenciaram essas pessoas?
O referencial não é só para fazer igual, mas para fazer dizerem "aquilo eu quero, aquilo eu não quero". Para mim, o cara que é o grande revolucionário desta época se chama Jorge Ben. Um dia eu estava na Rádio Guanabara e ouvi Mas que Nada. Fiquei chocada. O Jorge não foi aceito pela MPB nem pela bossa nova porque não entendiam o que ele estava fazendo, então ele foi baixar no nosso ninho e passou a usar nossas roupas. Quando falam de anos 60, jamais citam a Jovem Guarda como um movimento. Até hoje as pessoas preferem pular esse episódio. A leitura é tão mal feita que, quando me chamam para fazer uma comemoração do período, usam uma roupa que era a dos anos dourados (anos 50), com pregas e bolinhas, lacinhos cor de rosa e lencinhos no cabelo. Exatamente o que a gente não queria, tudo o que a gente contestava.

Você vai aproveitar sua autobiografia para esclarecer episódios?
Eu estou falando aqui com você e acabo de lembrar de um episódio que não está no livro, não escrevi ainda. Nos anos 60, com a Jovem Guarda em atividade, me chamaram para fazer um show em um leprosário em Fortaleza. As pessoas alertavam para eu lavar as mãos, não encostar nas paredes, mas muito por causa da atuação dos meus pais, eu não tinha melindres. Depois de passar por três ou quatro estágios do hospital, me disseram que havia um grupo vivendo dentro de um buraco, em cavernas, no estágio avançado da doença. Eu fui lá. Eles colocaram uma escada e eu desci sozinha com um violão. Quando cheguei embaixo, as pessoas começaram a surgir de buracos gemendo e enroladas em uns panos. E eu cantei para elas.

E o que você sentiu depois?
Quando digo que não tínhamos tempo nem para ler o que saía sobre a gente na imprensa, é isso. Eu saí de lá e não tive tempo de destilar aquilo. Muitos anos depois, em 1978, quando conheci o Egberto Gismonti, lembro que estávamos em casa e ele começou a tocar uma música bonita. Eu fiquei ouvindo aquilo e sentindo uma emoção que foi crescendo. Eu não sabia de onde ela vinha até que dei um grito e botei tudo pra fora. Você acredita que era toda a emoção do leprosário saindo quase dez anos depois?

Escrever um livro de memórias deve ser parecido com isso.
Aconteceu o tempo todo, e eu deixei a emoção sair. Ainda releio e choro com a história do meu irmão Bill, que acompanhei nos dez anos que ele lutou contra a Aids até sua morte, minha vida com o Zé Renato (seu ex-marido), quando, depois do acidente que ele sofreu, vivemos juntos com ele em uma cadeira de rodas por sete anos, minha irmã que foi assassinada, o meu filho que eu perdi (Leonardo morreu afogado aos 2 anos).

E hoje você já consegue falar "o filho que eu perdi." É um avanço?
O livro me ajudou muito com isso. O tempo passa e a gente melhora como ser humano. Há muitas histórias sobre você. Uma delas diz que foi ligada a uma comunidade esotérica chamada Grande Fraternidade Branca. Sou até hoje estudiosa dos preceitos da Fraternidade Branca e devota dos seus mestres ascensionados. O meu livro de cabeceira é O Livro de Ouro de Saint Germain, que abrange ensinamentos da Divina Presença Eu Sou.

Outra diz que, ao ser preso em 1967, o Bandido da Luz Vermelha declarou que era apaixonado por você. É verdade?
Sim, é. Logo depois de ser preso, ele me enviou cartas lindas com uma letrinha minúscula mas caprichada em canetas coloridas. Antes de ser preso, declarou à polícia que tentou, por duas vezes, se aproximar de mim. A primeira havia sido próximo à minha residência e, a segunda, em um aeroporto. Eu nunca soube com qual intuito. O Laurão, meu segurança na época, mandou um violão de presente para ele.







Fonte:  www.d24am.com

fevereiro 18, 2014

Martinha declara, "enquanto existir, vou compor"

“Faço muitos shows pelo país – uma média de quatro por mês”

A voz de Martinha ainda ecoa por todo o país. Uma das musas da Jovem Guarda – a “Queijinho de Minas”, seu apelido – continua embalando sonhos de antigos – e de novos admiradores. E ainda que apareça pouco na telinha, semana passada mesmo participou do “Programa do Ratinho”, do SBT/Alterosa. No entanto, palco é com ela mesma: faz uma média de quatro shows por mês em cidades espalhadas pelo país que a descobriu nos anos de 1960, e que depois transformou

em sucesso gravações como a de “Eu Daria a Minha Vida”, registrada primeiro pelo “rei” Roberto Carlos, mas que alcançou sucesso estrondoso mesmo na voz da mineirinha de Belo Horizonte. Ou “Barra Limpa”, entre outras.

Aos 66 anos, Martinha reside atualmente em São Paulo, de onde conversou, por telefone, com o Hoje em Dia. Martinha defende que a Jovem Guarda marca até hoje a vida brasileira, agregando fãs de várias gerações. Virou coisa de pai para filho. E ressalta que o movimento também influenciou o rock brasileiro. Embora afastada dos estúdios de gravação, garante que acompanha – com atenção – todos os lances da música brasileira.

O que você anda fazendo?
Estou fazendo shows normalmente. Como faço pouco televisão, as pessoas acham que não estou ativa. Mas essa é uma opção minha. Agora, quem está bem informado sabe que não é assim. Faço muitos shows pelo país, com os grupos da Jovem Guarda. Dá uma média de quatro shows por mês.

Como é a recepção?
É uma coisa fora do normal. É gente que nos acompanhou de perto e que ainda leva os filhos. Tem uma frequência grande de jovens nos shows. É muito interessante poder ver aquele mesmo público de antes.

O que mais te pedem para cantar nos shows ?
“Eu Daria a Minha Vida”, “Eu Te Amo Mesmo Assim” (hits da Jovem Guarda)... Mas é um show variado, toco piano, violão. E também homenageio colegas, cantando composições deles, além das minhas.

Tem algum novo CD na forma para lançar?
Não tenho o menor interesse. Meu negócio é fazer show. Não existe mais gravadora, há apenas duas. Hoje é muito diferente.

E como você observa a nova cena musical brasileira?
Tem muito talento hoje em dia. Mas há menos oportunidades de mostrar o trabalho. Gosto muito da Ana Carolina, do Jorge Vercillo, da Maria Gadú. Não é novo, mas é um dos maiores, o Oswaldo Montenegro. E tem mais gente.

O seu trabalho estourou com a Jovem Guarda. Como era o convívio com Roberto Carlos, Erasmo e Wanderléa, a ternurinha?
Muito bom. Sem problemas. Às vezes algumas pessoas criavam rivalidade, mas não havia. Até hoje nos damos muito bem.

A imprensa da época dizia que havia uma rivalidade entre você e a Wanderléa... 
Muito pelo contrário. Na Jovem Guarda tinha, sim, muita união. Não havia briga de vaidade. São dois estilos diferentes, a Wanderléa e eu. Ela sempre foi mais roqueira, e eu mais romântica. Mas duas cabeças muito boas. Na semana passada nos encontramos, foi uma beleza.

Como conheceu o “Rei”?
Por meio do Elmar Toca Fundo. Ele era radialista em Belo Horizonte e divulgador do “Rei”. Era amigo da minha mãe (Ruth) e foi quem me apresentou o Roberto. Levou o Roberto à minha casa (na rua Claudio Manoel da Costa, no bairro da Serra). Tenho muita gratidão pelo Elmar. Isso foi no dia 6 de junho de 1966.

Naquele tempo, as revistas de fofocas diziam que você tinha um caso com o “Rei”. Era verdade?
Não. O Roberto é como meu irmão. Tenho dívida de gratidão.

Todo mundo na Jovem Guarda tinha um apelido. Roberto era o “Rei”, Erasmo Carlos, o “Tremendão”, Wanderléa, a “Ternurinha”. E você era o “Queijinho de Minas”. A incomodava?
Pelo contrário. Tenho muito orgulho de ser mineira, de ser de BH.

Você tem vários sucessos em sua carreira. Mas qual é o mais marcante?
“Eu Daria Minha Vida”. Essa música rodou o mundo inteiro. Ele (Roberto Carlos) gravou primeiro do que eu, mas o sucesso foi meu. Ela (música) tem mais de três mil gravações fora do Brasil, sobretudo no mercado latino. Isso é uma coisa espetacular no México, no Chile, na República Dominicana, na Espanha, na Itália. E fora dos países latinos, ela está também na Alemanha.

Embora muita gente não saiba, você tem um lado compositor muito forte. Fale sobre isso?
É mais forte até do que o de cantora. Porque isso aí é uma coisa que não acaba. Enquanto eu existir, vou compor. É uma maravilha.

Qual a influência da Jovem Guarda para o Rock Brasileiro?
Antes já tinha a Cely Campello, o Toni Campello, o Ronnie Cord, mas eram versões que gravavam. Eles foram os precursores. Agora, o jeito brasileiro mesmo foi na Jovem Guarda. Além disso, a Rita Lee é um gênio. Ela também modernizou o rock.

Naqueles agitados anos 1960 havia os fã- clubes. Hoje existem as redes sociais. Como lida com isso?
Uso muito Facebook para distrair. Não uso internet para trabalhar, só para me distrair. Tenho fã-clube ainda.

E como acompanhou toda a polêmica sobre as biografias não autorizadas. De um lado Roberto Carlos, Erasmo, Caetano, Chico Buarque, contrários, alegando o direito à privacidade, e do outro, escritores e jornalistas na briga pelo direito de liberdade de expressão. O que acha?
Realmente o artista tem o direito à privacidade a partir de um ponto. Mas o escritor tem que ter um mínimo de bom senso para saber aonde deve parar.





Fonte: Hoje Em Dia

fevereiro 17, 2014

Ronnie Von reclama de Roberto Carlos e da Jovem Guarda

Em entrevista para o 'Jornal Bem Paraná' Ronnie Von soltou seu veneno contra Roberto Carlos e a Jovem Guarda.

Mas na nossa opinião isso tudo é uma forma de chamar atenção para  sua biografia que está sendo feita pelo jornalista Luiz Pimentel, onde o jornalista fala que: ""Acho que ele foi tão importante

quanto Roberto Carlos". Mas com certeza não é o que acham os milhares de fãs de Roberto Carlos, fãs que acompanham o Rei por mais de meio século, e que ainda hoje lotam suas apresentações e compram seus discos.


Leia a matéria completa abaixo

Ronnie Von: “Hoje faria tudo ao contrário” (foto: Divulgação)




Ele seria o avô da Tropicália, pai do psicodelismo, um revolucionário a dar dimensão e profundidade ao rock sessentista seguindo as lições do experimentalismo beatleniano dos anos 60, não fosse um detalhe: ninguém entendeu absolutamente nada. E pior: Ronnie Von não soube se explicar.

Uma das carreiras mais incompreendidas da música nacional, que sofreu com o desprezo de sua própria classe artística, volta a ganhar luz neste ano. Ao fazer 70 anos em 17 de julho, Ronaldo Lindenberg Von Schilgen Cintra Nogueira, ou Ronnie Von, deve ganhar de presente uma biografia, a sua biografia, que está sendo feita pelo jornalista Luiz Pimentel. "Acho que ele foi tão importante quanto Roberto Carlos. Ele nos apresentou outra coisa, nos permitiu sermos quem éramos", disse Rita Lee.

Ronnie tinha tudo para querer o trono de Roberto Carlos, se não fosse um porém: seu cérebro tinha vida própria. Ronnie não queria ser Roberto Carlos. Nada contra o rei, mas cantar baladas ingênuas em troca de uma exposição de sucesso estava fora de seus planos. Passou anos sem boa receptividade do pessoal da MPB ou da Jovem Guarda. A angústia de Ronnie Von começou no dia em que ele decidiu ser músico e só terminou no dia em que ele decidiu parar de cantar. Hoje ele é apresentador de TV.

O que foi pior para você no final daqueles anos 60? A ditadura ou a patrulha da MPB de esquerda, que já havia feito até passeata contra a guitarra elétrica?
Ronnie Von - Seguramente, a patrulha comportamental da MPB. Se você não escrevesse seguindo a cartilha deles, meu Deus, alienado era elogio. Você era um reacionário, um fascista. Eu achei que poderia fazer parte daquele movimento, na tentativa de consertar a problemática humana através de um viés esquerdizante, e de repente fui alijado disso tudo, simplesmente porque usava instrumentos elétricos como guitarra, baixo e teclados. Nunca vi uma bobagem maior.

Mas a ditadura também trouxe problemas a você?
Ronnie Von - Quando descobriram que eu tinha formação acadêmica, vieram em cima. Eu tive disco que foi censurado depois de lançado.

Havia uma guerra declarada entre a MPB de Chico Buarque, Edu Lobo, Elis, Jair Rodrigues, Gilberto Gil e Vandré, chamados em um programa de Frente Única da MPB, e os artistas que participavam da Jovem Guarda. Mas você sugeria uma terceira via, uma música experimental que rompia com o iê-iê-iê que antecedeu a própria Tropicália. Ninguém entendeu isso?
Ronnie Von - Eu apanhei muito pesado. Não do pessoal da Jovem Guarda, que não entendia o que eu queria dizer, mas da chamada MPB. Quebraram meus discos publicamente em televisão, me chamaram de alienado mental. O ato de coragem nesta história veio por parte do Gilberto Gil, quando fez uma das coisas mais impecáveis que a música desse país já viu, que é o Domingo no Parque. Gil também apanhou por usar guitarra elétrica, mas quando mostrou o resultado, todo mundo teve que se calar, inclusive Elis Regina.

A Tropicália não foi fruto de uma semente que você havia plantado?
Ronnie Von - Eu havia feito algumas coisas bastante tempo antes, mas não a vi como sendo de minha paternidade. Pensei: os caras estão fazendo aquilo que eu estava pensando em fazer, mas que não tive apoio de absolutamente ninguém. Eu também não sabia dizer o que eu queria. Depois de Gil, parou tudo, ninguém mais falou contra a guitarra elétrica porque o baluarte da MPB, Gil, e Caetano, dois pilares, usaram guitarra, baixo, teclado. Aí a coisa se acalmou.

Você tentou se aproximar dos outros grupos?
Ronnie Von - Eu tentei uma aproximação com os radicais, mas não era aceito. Eu não consegui diálogo nem com a Jovem Guarda nem com a MPB.

O que diziam a você?
Ronnie Von - A assessoria do Roberto Carlos me dava coice, para dizer o mínimo, não me deixava nem chegar perto dele. E o pessoal da MPB, o grupo ortodoxo e radical, não me aceitava porque me julgava da Jovem Guarda. Foi uma coisa tão penosa... Hoje eu me sinto tão em paz em não cantar mais...

Ser de família rica foi um problema?
Ronnie Von - Na época em que comecei, era de muito bom tom ter uma origem miserável para chegar a algum sucesso. Só assim você tinha um suporte maior, autêntico. Os grandes homens precisam sair de uma favela. Isso é algo fascinante para nós humanos, comungamos desse pensamento. Eu tinha de esconder minha origem, esconder que minha família tinha recursos. Quando descobriram de onde eu tinha vindo, sofri o preconceito às avessas. Diziam que meu pai bancava meus gastos. Como? Minha família só faltou me expulsar de casa quando descobriu que eu era músico. As pessoas mais antigas e conservadoras do Rio de Janeiro, ao contrário do que todo mundo pensa aqui em São Paulo, vivem até hoje na corte. A cabeça delas está no século 19. Eu então ouvi barbaridades de algumas tias. "Onde foi que nós erramos?" "Esse menino vai jogar o nome da família na lama." Isso me deixava deprimido. Meu Deus, a escolha era minha. Fui morar na Praça Julio de Mesquita, no centro de São Paulo, sem dinheiro, louco para atravessar a São João e ir comer no Filé do Moraes. Eu ouvi no rádio alguém dizer: "Esse filhinho de papai está ocupando o lugar de quem precisa". Me chamavam de calcinha de veludo.

A música foi um grande drama, do início ao fim?
Ronnie Von - Só paulada. Paulada da Jovem Guarda, paulada da MPB, paulada da mídia impressa, paulada da família. Pessoas que eu lia e admirava, como Sérgio Porto, dizendo: "Não ouvi e não gostei". Foi uma das pessoas que mais me bateram na cara. Eu tive que aprender a deixar de gostar de pessoas que eu lia, que eram endeusadas por todo mundo, sábios. Poderiam ter a cabeça mais aberta.

Isso tudo acabou enterrando sua carreira antes da hora?
Ronnie Von - Eu resolvi parar de gravar em 1997, usando como argumento o seguinte: onde já se viu você ter que pagar para executarem uma música sua? Se a contribuição do artista é a cultura, você não tem que pagar para ele chegar às pessoas. Quando vi um amigo meu, apresentador de televisão, levando ao programa dele um músico terrível, filme de terror que não tinha o mínimo sentido em estar lá, fui falar com ele e ele disse: "Bate na sua boca, isso aí é um grande sucesso nacional". Eu disse: "Mas não faz sentido". E ele: "Olha, ele tem R$ 9,5 milhões por trás segurando a onda". Hoje, você tem que ter um investidor, senão você não faz sucesso.

Seu filho é músico, não?
Ronnie Von - Ele está indo embora do País, cansou de levar porta na cara. Eu fiz de tudo para esse menino não se meter nessa história, porque eu sabia do sofrimento. E eu não conheci ninguém melhor do que meu filho na faixa etária dele. Ele tem um talento absurdo, mas não faz sertanejo nem funk. Porta na cara o dia inteiro.

E o que está faltando?
Ronnie Von - Se o cara não tem investidor para pagar um escritório para administrar sua carreira, nada feito. Quanto custa para tocar na rádio tal? R$ 400 mil. Para ele, pediram R$ 5 milhões. Se fosse sertanejo, seria o dobro. Somos reféns hoje dessa raça, que empobrece a música, que não deixa que os talentos apareçam. Eu vi um cara dar uma casa em Miami e dois carros BMW para fazer um artista tocar nas rádios do País. Eu vi, ninguém me contou. O cara está muito famoso até hoje.

Você faria algo diferente do que fez no passado?
Ronnie Von - Eu faria tudo ao contrário. Teria feito aqueles discos psicodélicos, mas saberia mostrá-los melhor, convencer quem deveria ser convencido. Seria outra coisa. Eu fui induzido a continuar fazendo coisas com um viés romântico, que eu detesto.

Mas você não fez o que queria?
Ronnie Von - Eu fiz o que queria, mas não soube dizer o que deveria ser dito. Não soube mostrar qual era o caminho das pedras que eu via.

Ao dizer a seu filho que ele não deve ser músico, não está repetindo o que fizeram com você?
Ronnie Von - A história é irreversível, mas ela se repete. Ao saber que o Leo queria ser músico, eu disse a ele: "Por favor, meu filho, não faça isso com sua família, comigo, com você mesmo Esse ambiente é sórdido, o mais podre que existe". Ele disse: "Pai, mas você venceu nele. Você é meu ídolo". Aí meu pai, de 93 anos, lúcido, entrou na história: "Desculpe, mas vou me intrometer, eu tenho esse direito. Sou o seu pai e o pai dele duas vezes. Não cometa com o meu neto a imprudência que eu cometi com o senhor. Deixe ele ser aquilo que ele quer ser".

Link da matéria:http://www.bemparana.com.br/noticia/304828/vitima-do-radicalismo-ronnie-von-ve-o-passado

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