A Zeno.FM Station
RÁDIO NOSSA JOVEM GUARDA: setembro 2020

setembro 29, 2020

Perda de Roberto Carlos choca os fãs em todo o Brasil, não pode ser


 O cantor Roberto Carlos marcou gerações e faz muito sucesso até os dias de hoje, com milhares de fãs espalhados por todo o Brasil uma notícia envolvendo o cantor tem entristecido a muitos que lamentam terrível perda por parte de Roberto. Segundo o portal de notícias do UOL a justiça negou os direitos autorais de 72 músicas que ficaram conhecidas no mundo todo através de Roberto Carlos e Erasmo Carlos.

Dentre essas músicas estão vários clássicos que marcaram história da música brasileira, como Namoradinha de um amigo meu e É preciso saber viver além de Se você pensa. Todas essas músicas fizeram história no repertório da Jovem Guarda e com certeza ficaram marcadas na voz do cantor.

O caso é que os cantores fizeram um acordo assinado com uma gravadora em 1964 e 1987 que cediam o direito dessas músicas a essa editora, os músicos alegam que na oportunidade eles haviam apenas cedido o direito de exploração das canções em relação a gestão comercial dessas obras. Porém a justiça negou o pedido de Roberto e Erasmo e alegou que o acordo feito realmente foi outro, com isso essas músicas passam a ser da editora e não dos próprios compositores dessas brilhantes obras.

Dentre essas famosas músicas sitadas de Roberto também está grandes clássicos compostos por Erasmo Carlos que com certeza também lamenta e muito essa grande perda na justiça. O juiz que pegou o caso disse que o contrato está claro e de fato os direitos autorais foram sim transferidos a gravadora que hoje é retentora dessas obras, os músicos possuem uma porcentagem dos rendimentos dessas obras até os dias atuais porém elas pertencem hoje à gravadora.

Infelizmente esses contratos precisam ser muito bem estudados antes de assinados, isso acontecia muito antigamente onde as bandas e cantores iam pra essas reuniões sem a assessoria de um advogado e acabavam sendo passados para trás.





Fonte:minutodenoticia.com

The Fevers realiza live no dia 3 de outubro


THE FEVERS marca novo encontro com os fãs em live no dia 3 de outubro, sábado, às 18h30, pelo canal do grupo no YouTube – www.youtube.com/thefevers , com a participação especial do cantor Cid Chaves, a voz dos sucessos do grupo Renato e Seus Blue Caps.

Com a participação e homenagem ao cantor e guitarrista, Renato Barros (1943-28Julho2020), criador do grupo Renato e Seus Blue Caps, além dos hits que marcaram a Jovem Guarda, a festa pelos 55 anos de carreira dos FEVERS continua com muita animação, por seus integrantes – Liebert (baixo), Luiz Claudio (vocal), Rama (guitarra e violão), Otávio Henrique (bateria) e Claudio Mendes (teclados e vocal).

“É a nossa terceira live e estamos nos divertindo muito com as apresentações,

Que tem as participação dos fãs nos comentários. Vamos, mais uma vez, fazer uma grande festa, com muitos sucessos para cantar, dançar e festejar a vida.”, declara Liebert

Sucessos garantidos: Já cansei, Mar de rosas, Agora eu sei, Sou feliz, Vem me ajudar, Deus, Cândida, Se você me quiser, Era um garoto, Feche os olhos, Menina linda e muitos outros hits para cantar e dançar.

THE FEVERS ganhou prêmios e reconhecimento,  nacional e internacional, com mais de 50 produtos lançados, entre vinil, cassete, CD, DVD e compilações diversas, tem mais de 13 milhões de cópias vendidas, em um tempo (não tão distante) que contabilizava as vendas de produtos físicos. Nesta lista de sucessos, podemos destacar as trilhas para novelas da Globo e o sucesso estrondoso em Portugal, com execução das músicas do grupo nas rádios do país até os dias de hoje.


E a festa continua nos 55 anos do The Fevers!!

Redes The Fevers:

www.youtube.com/thefevers | https://www.thefevers.com.br/

Instagram: @thefeversoficial – FB: @thefevers

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Fonte: sopacultural.com

 

setembro 26, 2020

Para maiores de 60 anos em tempos de pandemia

Para todo ser humano, em qualquer cultura que seja, envelhecer é sempre um processo difícil e exigente

A partir dos 30 anos, entramos em uma etapa da vida para a qual a seleção natural não nos preparou (Unsplash/Vlad Sargu)


Marcelo Barros

No Brasil, o presidente e os que o apoiam afirmam que a pandemia não é grave porque só mata velhinhos. Apesar disso, infelizmente, entre as 135 mil vítimas dos vírus do descuido e do desamor, há enorme proporção de jovens e de pessoas abaixo de 60 anos. A política do governo em relação a índios, negros e populações de periferias lembra a eugenia praticada pelos nazistas na Alemanha da década de 1940.

No entanto, a população brasileira continua a envelhecer. Por isso, é importante recordar que, nesta quinta-feira, 1º de outubro, a ONU celebra o Dia Internacional das Pessoas Idosas. O objetivo é ajudar os mais velhos a se integrarem na sociedade e garantir que a sociedade possa assegurar os direitos das pessoas com idade igual ou superior a 60 anos.

No Brasil, desde 2003, a lei nº 10.741, chamada o Estatuto do idoso, dispõe os direitos assegurados às pessoas da chamada terceira idade. Nesse mesmo ano, a CNBB começou a Pastoral das Pessoas Idosas, com o objetivo de assegurar a dignidade e a valorização das pessoas idosas no seu ambiente social. 

Apesar do envelhecimento da população, a sociedade é pensada para a juventude. Como, em geral, os mais velhos não produzem, perdem sua importância social. Parece que só a juventude importa. Envelhecer se torna mais doloroso e difícil.

No Brasil, se calculam em mais de 25 milhões de pessoas que passam dos 65 anos. Isso exige aumento de assistência, médicos especializados, mas supõe principalmente uma sociedade menos desigual e mais humanizada.  Em muitas cidades, existem associações da terceira idade que promovem encontros, lazer, danças e passeios. As universidades mantêm programas de extensão universitária e atividades como cursos de computação, ginástica, natação, música, dança e outras artes.

Essas organizações propõem às pessoas idosas e a toda a sociedade que as coisas possam ser realizadas com calma no lugar da agitação. Sugerem a disponibilidade no lugar do estresse. Valorizam mais a qualidade e não só a quantidade. Trata-se, finalmente, de viver a graça do dia de hoje mais do que o afã da permanente projeção para o amanhã.

Para todo ser humano, em qualquer cultura que seja, envelhecer é sempre um processo difícil e exigente. Não é fácil manter o espírito jovial quando se vê o corpo decair progressivamente. No entanto, podemos fazer escolhas que nos permitam envelhecer de forma mais humanizada.

Até hoje, ninguém sabe exatamente a causa biológica do envelhecimento. Por isso, não se pode, até agora, deter ou evitar esse fenômeno. Clineu de Melo, médico especialista em Geriatria da USP, afirmou: "O envelhecimento é a perda gradativa das reservas que todos os organismos têm para usar em momentos de estresse".

Todos os organismos foram pensados pela natureza para nascer, viver, reproduzir-se e depois morrer. Assim, durante milênios, a média da vida humana era de 30 anos. Cientistas descobriram que, a partir dos 30 anos, entramos em uma etapa da vida para a qual a seleção natural não nos preparou. Leonard Stayflick, professor na Universidade de Califórnia, afirma: "A velhice é um produto da civilização. Só ocorre propriamente nos seres humanos, nos animais domésticos e nos mantidos em zoológicos e em laboratórios".

Comumente ligamos o envelhecimento à idade. De fato, há uma relação, mas não é direta e linear. Há pessoas de 90 anos que parecem ter 70 e há pessoas de 60 com jeito de 90. Não se pode generalizar, mas uma pesquisa mostra que a longevidade humana é maior em comunidades nas quais não existe aposentadoria. É mais frequente encontrar pessoas de mais de cem anos nos mosteiros budistas, em conventos cristãos, em comunidades afrodescendentes e indígenas do que em sociedades nas quais as pessoas mais velhas são postas em asilos, esperando a morte.

O processo do envelhecimento depende da saúde, do clima e mesmo da raça a qual pertencemos. No entanto, o temperamento e o estilo de vida da pessoa em questão também influi muito. Do mesmo modo, também a espiritualidade, como energia do espírito em ação na pessoa, pode ser elemento fundamental de vitalidade.

A primeira coisa que as tradições espirituais propõem é manter sempre no coração e no concreto do dia a dia um projeto de vida e a disposição de fazer tudo em função disso, na relação com o mundo e com a comunidade a qual pertencemos.

Em meio a um momento de forte perseguição política e de marginalização na sua própria Igreja, Dom Helder Camara escrevia um livro de meditações com o título: Mil razões para viver.




Fonte:domtotal.com


setembro 24, 2020

Câncer em pessoas amadas testa a fé de Roberto Carlos


 Cantor perdeu uma mulher e uma ex-esposa para a doença e agora acompanha a batalha do filho contra tumores recorrentes


A força da espiritualidade de Roberto Carlos é constantemente testada. E, apesar do frequente martírio, continua inabalável. O cantor dos sucessos ‘Jesus Cristo’ e ‘Nossa Senhora’ enfrenta desde o final da década de 1990 uma batalha indireta contra o câncer. Nunca teve a doença, mas viu entes amados padecerem da enfermidade.


foto


Roberto Carlos com Nice, o filho Dudu e Maria Rita: uma vida de muitas alegrias e também momentos de extrema tristeza


Em dezembro de 1999, o rei do romantismo sofreu outro baque. Sua terceira mulher, Maria Rita  - antes, ele havia sido casado de 1979 a 1989 com a atriz Myrian Rios  -   morreu em consequência de metástase de um câncer pélvico. Os dois se conheceram quando ela tinha 16 anos, em 1977. Na ocasião, os pais não permitiram que a jovem se relacionasse com um homem 20 anos mais velho.


No reencontro, em 1991, puderam finalmente se entregar à paixão. Roberto Carlos dizia que Maria Rita era sua “alma gêmea”. Nas últimas semanas de vida da companheira, o cantor fez vigília ao seu lado. Não saia do hospital: dormia em um quarto em frente ao dela. Depois de sua morte, aos 38 anos, RC demorou muitos anos para voltar a sorrir e namorar.


Agora, em plena pandemia de covid-19, o maior ícone da música brasileira sofre ao testemunhar a recidiva de câncer em seu filho, Dudu, de 51 anos. O comunicador e produtor musical tratou duas vezes tumores no pâncreas. Dias atrás, exames de rotina detectaram câncer no peritônio, membrana que recobre as paredes do abdômen e a superfície dos órgãos digestivos.


Em uma live, ele comentou a reação de Roberto Carlos ao ser informado do ressurgimento da doença. “Meu pai ficou arrasado”, disse. “Eu também, na verdade". Recolhido em seu apartamento no bairro da Urca, no Rio, o cantor tem feito preces pelo filho. O distanciamento social impede o contato presencial. Aos 79 anos, o ídolo que inspira esperança em milhões de fãs recorre novamente à fé para suportar mais uma provação imposta por um câncer em família.




Fonte:terra

setembro 19, 2020

A música do Brasil se reflete na tela da TV há 70 anos


 MEMÓRIA – Inaugurada no Brasil em 18 de setembro de 1950, data da transmissão que pôs no ar a pioneira TV Tupi, a televisão tem história indissociável da música do Brasil. Ao longo da década de 1950, o rádio ainda manteve a hegemonia na preferência popular e projetou rainhas e reis numa era em que a imagem ainda chegava a poucos lares do Brasil.

A partir dos anos 1960, tudo mudou e a TV adquiriu na vida do brasileiro a importância que conserva nesta sexta-feira, 18 de setembro de 2020, data do 70º aniversário da TV no Brasil. Foi justamente na década de 1960 que a história da música do Brasil se afinou e se associou com a televisão.

Toda uma geração genial de cantores e compositores da MPB – Caetano Veloso, Chico Buarque, Edu Lobo, Elis Regina (1945 – 1982), Gilberto Gil e Milton Nascimento, entre outros – surgiu e se projetou instantaneamente na segunda metade dos anos 60 na plataforma midiática dos festivais da canção, produzidos e transmitidos pelas principais emissoras de TV do Brasil.

A torcida por músicas e cantores nesses festivais era tão inflamada quanto a paixão do público que, na década seguinte, vibraria com os enredos das novelas. A gênese desse gênero de música rotulado como MPB está indissociável da história da TV. Da mesma forma, é impossível, por exemplo, dissociar da TV a ascensão de Roberto Carlos ao trono de Rei do povo brasileiro a partir de 1965.

Foi no comando do programa Jovem Guarda – estreado em agosto de 1965 e transmitido até 1968 – que Roberto foi entronizado como o Rei da juventude ao mandar tudo para o inferno, ditando modas e costumes. Nos anos 1970, já consagrado no posto de cantor mais popular do Brasil, o artista assinaria contrato de exclusividade com a TV Globo e passaria a fazer, a partir de 1974, especial anual que entraria para o cardápio do Natal do povo brasileiro. 

Capa do disco com a trilha sonora nacional da novela 'Dancin' days', exibida em 1978 pela TV Globo — Foto: Reprodução

Nessa altura, as novelas da TV Globo já tinham se tornado mania nacional e vinham dando o tom da música do Brasil com trilha sonoras que, a partir de 1975, influenciaram decisivamente as paradas, projetando músicas e cantores.

A força era tamanha que, em 1976, a exibição de novela ambientada no início dos anos 1960, Estúpido cupido, provocou onda de nostalgia que trouxe à tona as vozes e os sucessos de geração de cantores que incluía Celly Campello (1942 – 2003), Demetrius (1942 – 2019) e Sérgio Murilo (1941 – 1992), ídolos do então nascente universo pop nativo na fase pré-Jovem Guarda.

Dois anos depois, em 1978, outro furacão musical jogou o Brasil nas pistas da disco music, gênero impulsionado no Brasil pela novela Dancin' Days. Atração capaz de provocar a exposição e eventual explosão nacional de uma canção ou de um cantor da noite para o disco, as novelas deram o tom das paradas com trilha sonoras que venderam milhões de discos.

Mesmo com a segmentação do mercado da música, ter música tocando bem em novela de sucesso é fator decisivo na carreira de um artista, 70 anos após a transmissão inaugural da TV Tupi. Os tempos mudaram, a TV mudou, as plataformas já se multiplicaram, mas a música continua presente na TV, acompanhando essas mudanças.

O repertório pop funk sertanejo do programa SóTocaTop pode estar distante do requinte harmônico, melódico e poético da MPB de outrora, mas é o som ouvido pelo povo. O povo de um Brasil que hoje se emociona nas jovens tardes de domingo com cada criança fofa que se apresenta no The Voice Brasil Kids.

Enfim, a TV exibe as mudanças do mundo e da música, ajudando a formar o gosto musical do povo do Brasil, mas também se curvando às preferências de cada geração desse povo que, ao se impor no mundo, dita o tom de cada era. Boa ou ruim, a música do Brasil se reflete na tela da TV há 70 anos.






Fonte:G1

setembro 18, 2020

Nos 70 anos da televisão, 70 lembranças muito pessoais

 Nesta sexta-feira (18/09/20), faz 70 anos que a televisão chegou ao Brasil.



Segue uma lista de 70 lembranças da minha relação com esse aparelho que um dia foi chamado de máquina de fazer doido.


Um episódio qualquer de Lassie. A lembrança mais remota.


O velho comercial da Varig com música de Caetano Zama.


Redenção. A primeira novela. Dois anos de sofrimento.


Elis Regina e Jair Rodrigues no Fino da Bossa.


Roberto Carlos e a Jovem Guarda.


O festival de MPB de 1967. Caetano, Gil, Chico e Edu.


Chanchadas da Atlântida exibidas à tarde. Oscarito e todos os outros.


Jeannie é um Gênio e O Túnel do Tempo e Batman e Perdidos no Espaço. As séries que o tempo consumiu.


Antônio Maria. A segunda novela.


Ser televizinho. Garotos e garotas de 2020 nem sabem o que é isso.


O Grande Segredo. Lembrança remotíssima de uma novela com Glória Menezes.


A chegada do homem à Lua, 1969. Ao vivo. Absolutamente inesquecível.


A Copa do México, 1970. Ao vivo. Ver Pelé jogando.


O resgate dos astronautas da Apollo 13. Ao vivo, no meio da tarde.


A primeira imagem a cores, 1972. Numa vitrine no centro da cidade. Passava A Volta ao Mundo em 80 Dias.


Estúpido Cupido. Do preto e branco para a cor no último capítulo.


A censura a Roque Santeiro.


O Bem Amado. Dias Gomes, Paulo Gracindo.


Pecado Capital. “Dinheiro na mão é vendaval…”


O Astro. Quem matou Salomão Hayalla?


Escrava Isaura. “Vida de negro é difícil…”


Sábado Som. Nelson Motta. Pink Floyd em Pompeia.


Os especiais de Roberto Carlos. Nossos natais.


O encerramento do Jornal Hoje. “Pombo correio, voa ligeiro…!”


As entrevistas de Leda Nagle no Hoje de sábado.


O Papa é polonês! A eleição de João Paulo II.


Crítica e Autocrítica. Na Bandeirantes.


MPB 80. A volta dos festivais.


O Jornal Nacional do assassinato de John Lennon, 1980.


João Paulo II no Brasil. João de Deus.


A morte de Elis Regina. Na Bandeirantes.


Conexão Internacional. Caetano Veloso entrevista Mick Jagger. Na Manchete.


O comício das diretas na Candelária, 1984. Nos telejornais.


A eleição de Tancredo Neves, 1985.


O primeiro Rock in Rio. “Pro dia nascer feliz…”


A agonia de Tancredo. Os plantões de Carlos Nascimento.


O plantão da morte de Tancredo.


A primeira vitória de Senna.


Chico e Caetano. Especiais na Globo.


Primeira Exibição. Noites de sábado.


Sessão Coruja. Preciosidades na madrugada.


Perdidos na Noite. Fausto Silva antes de Faustão.


Chico Maria na TV Borborema. Confidencial.


TV Cabo Branco. A televisão demora, mas chega a João Pessoa. Janeiro de 1987.


Brega e Chique. Um elenco inacreditável.


Vale Tudo. “Brasil, mostra a tua cara…”


“Quem matou Odete Roitman?”


Anos Dourados. Sonhos brasileiros.


Collor X Lula. O debate.


O dia seguinte: a edição do debate.


Ronaldo X Wilson. O primeiro grande debate da televisão paraibana.


Anos Rebeldes. Os anos de chumbo na TV.


O impeachment de Collor. A votação na Câmara, ao vivo.


A morte de Ayrton Senna. A Brasil sob comoção.


“É tetra! É tetra!”. Mas nada se compara ao tri.


O anúncio do Plano Real.


Monforte e Ricúpero, a televisão e o processo eleitoral. Uma conversa que não podia ser captada.


A posse de FHC. Um sociólogo na presidência.


Augusto dos Anjos. Um poeta é o Paraibano do Século.


O atentado às torres gêmeas. 11 de setembro de 2001. O mundo em choque diante da televisão.


A posse de Lula. Um operário na presidência.


A eleição de Obama. Lágrimas na madrugada da vitória.


A posse de Obama. Um negro na Casa Branca.


A posse de Dilma. Uma mulher na presidência.


O Papa é argentino! A eleição de Francisco.


Junho de 2013. Os protestos nas ruas do Brasil. Tardes e noites diante da televisão.


A direita enche a Paulista contra Dilma. Algumas tardes de domingo na Globonews.


“Tem que manter isso, viu?”. Temer é flagrado com a mão na massa. Ou melhor: é gravado. No Jornal Nacional.


A posse de Bolsonaro. Dizer o quê?


O Brasil na pandemia. Muitas edições do Jornal Nacional.






Fonte:jornaldaparaiba.com.br

setembro 15, 2020

Roberto Carlos não se envolve com política, mas fez música para Caetano Veloso depois de visitá-lo no exílio em Londres

 Domingo (13) à noite, vi Caetano Veloso numa longa entrevista na Globo News, a propósito do filme Narciso em Férias, documentário sobre sua prisão pela ditadura militar.

Durante a entrevista, foi mencionada por Artur Xexéo a visita que Roberto Carlos fez a Caetano em seu exílio londrino. Depois da visita, o Rei compôs uma canção para o amigo.

Já contei essa história, mas conto de novo porque ela não deve ser esquecida.


Um pouco antes do Tropicalismo, Maria Bethânia sugeriu a Caetano Veloso que prestasse atenção em Roberto Carlos e na Jovem Guarda. Ele conta, no livro de memórias Verdade Tropical, que “Bethânia, cujo não alinhamento com a Bossa Nova a deixava livre para aproximar-se de um repertório variado, me dizia explicitamente que seu interesse pelos programas de Roberto Carlos se devia à vitalidade que exalava deles, ao contrário do que se via no ambiente defensivo da MPB respeitável”. Caetano seguiu o conselho da irmã e incorporou a vitalidade que Bethânia enxergava em Roberto e na Jovem Guarda ao Tropicalismo, o movimento que, em 1968, lideraria ao lado de Gilberto Gil.

Sempre que voltamos aos tropicalistas, identificamos em Gil o interesse pela música nordestina, fruto, sobretudo, da temporada que passou no Recife pouco antes de se transformar num artista de dimensão nacional. O vínculo com Roberto Carlos e a Jovem Guarda deve ser atribuído a Caetano. É ele, afinal, que costuma mencionar a influência que o Rei exerceu no momento em que o Tropicalismo foi esboçado. Foi ele que mais assumiu uma postura de valorização do trabalho de Roberto Carlos, arriscadíssima no universo resguardado da esquerda pós Bossa Nova. A gratidão de Roberto seria traduzida numa canção.

Preso (junto com Gil) em dezembro de 1968, depois confinado em Salvador e, finalmente, exilado na Inglaterra por dois anos e meio, Caetano Veloso, um dia, recebeu a visita de Roberto Carlos na sua casa em Londres. “Roberto veio com Nice, sua primeira mulher, e nós sentimos nele a presença simbólica do Brasil”, relata em Verdade Tropical. Caetano lembra que, “como um rei de fato, ele claramente falava e agia em nome do Brasil com mais autoridade (e propriedade) do que os milicos que nos tinham expulsado, do que a embaixada brasileira em Londres e muito mais do que os intelectuais, artistas e jornalistas que a princípio não nos entenderam e nos queriam agora mitificar: ele era o Brasil profundo”.

Durante a visita, Roberto Carlos levou Caetano às lágrimas quando, ao falar do seu novo disco (o LP que começa com As Flores do Jardim da Nossa Casa, lançado no Natal de 1969), pegou o violão e cantou As Curvas da Estrada de Santos, “dizendo, sem nenhuma insegurança, que iria nos agradar”. Caetano recorda que “essa canção extraordinária, cantada daquele jeito por Roberto, sozinho ao violão, na situação em que todos nós nos encontrávamos, foi algo avassalador para mim”. E diz que usou a barra do vestido preto de Nice para assoar o nariz e enxugar as lágrimas, enquanto, com ternura, o Rei o chamava de bobo. Roberto Carlos voltou para o Brasil pensando em Caetano e o homenageou com uma canção.

A música é Debaixo dos Caracóis dos Seus Cabelos, lançada no final de 1971 no disco que tem Detalhes. Na época, pouca gente sabia que a canção havia sido composta para Caetano Veloso e falava do dia em que ele retornaria ao Brasil. A maioria achava que a letra era sobre uma mulher. A tristeza de um exilado que desejava voltar não fazia parte das conversas dos fãs do Rei. Do mesmo modo que a esquerda não atribuiria a Roberto Carlos a disposição de dedicar uma música a um artista que havia sido preso e mandado para fora do país. O seu distanciamento da MPB engajada parecia assegurar que ele não agiria assim.

“Uma história pra contar de um mundo tão distante” ou “você olha tudo e nada lhe faz ficar contente/você só deseja agora voltar pra sua gente”. Ou ainda: “você anda pela tarde e o seu olhar tristonho/deixa sangrar no peito uma saudade, um sonho”. Os versos soaram claros quando Caetano, aos 50 anos, na turnê do show Circuladô, revelou, afinal, a origem da canção.

No período mais duro do regime militar, Roberto fez música para um exilado e foi seu porta-voz ao gravar Como Dois e Dois. De um lado, o gesto solidário que vale por muitas canções engajadas. Do outro, o intérprete trazendo para o Brasil profundo o que Caetano sentia no exílio: “tudo vai mal, tudo/tudo é igual quando eu canto e sou mudo”.



Fonte: blogs.jornaldaparaiba.com.br


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