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RÁDIO NOSSA JOVEM GUARDA: outubro 2020

outubro 18, 2020

Prestes a viver Celly Campelo no cinema e lançando single, Marianna Alexandre arquiteta montagem de Nelson Rodrigues para 2021

 Marianna Alexandre - Foto: Pino Gomes

Nome consolidado no mundo da dublagem com trabalhos reconhecidos no cinema e na TV, a jovem atriz e diretora Marianna Alexandre se preparava para dar novos passos no teatro musical e no cinema quando a pandemia do novo Coronavírus congelou  mercado cultural ao redor do mundo.

Respeitando o isolamento social aconselhado pela Organização Mundial da Saúde, a artista encontrou no exílio forçado a inspiração para criar obra musical que marca sua estreia no mercado fonográfico. Disponível nas plataformas de streaming desde o dia 09 de outubro, o single Cor de Mel é canção pop reflexiva sobre a fugacidade e a necessidade de conexão com o agora.


“Percebi que não podemos deixar de fazer o que queremos quando queremos, porque nunca saberemos o que nos espera no dia de amanhã! O melhor é aproveitar o presente com aqueles que amamos e nos fazem bem, tentando não nos preocupar com pensamentos negativos que, muitas vezes, estão evidentes em nosso cotidiano”, explica a artista que viu na paralisação do mercado uma chance de pôr em prática projetos deixados em segundo plano.

“Depois de um tempo em casa, percebi que todos esses acontecimentos poderiam ser uma boa oportunidade para investir em projetos próprios, nos que nunca pude focar pela falta de tempo ocasionado pela minha profissão. Foi daí que veio a inspiração para a canção: sempre tive uma vontade de ‘musicalizar’ os meus sentimentos, principalmente, por eu ter contato com a música desde novinha, e todo esse período de incertezas contribuiu para isso”.

Composta e gravada em parceria com Davi Pithon, a canção ganhou clipe bucólico dirigido por Beatriz Passeti e é o primeiro passo musical da atriz, que pretende ainda montar um EP, mas sem a previsão de se dedicar a um disco, uma vez que, havendo controle da pandemia, pretende retomar os trabalhos tanto no teatro quanto no cinema.

Nas telas, Alexandre se prepara para um dos maiores desafios de sua carreira: viver a roqueira Celly Campello (1942-2003) na cinebiografia musical Um Broto Legal, de Luiz Alberto Pereira, que pretende contar a história da precursora do rock and roll no Brasil pré-Jovem Guarda nos cinemas.

“Foi um grande desafio interpretar alguém que existiu, pois exige outro tipo de dedicação e entrega, já que é preciso fazer com que o espectador enxergue a Celly Campello bem na frente dele. É uma responsabilidade imensa. Tivemos algumas semanas de oficinas com várias leituras do roteiro, além de várias conversas com pessoas que estavam presentes na vida da Celly, como Dimas Oliveira e o próprio Tony Campello. Assisti a diversas entrevistas, busquei fotos que mostrassem um pouco do seu dia a dia e vi materiais que a retratassem nos palcos, para aprender os trejeitos, a forma de cantar”, conta.

Marianna Alexandre como Celly Campelo

Inquieta, Alexandre ainda comporá o elenco da nova comédia musical Até o Fim do Mundo, e tem como foco a montagem de um espetáculo fora da curva para os fãs dos grandes musicais: o drama Valsa nº 6, de Nelson Rodrigues (1912-1980). “Esse é um projeto que sempre esteve nos meus planos, e a pandemia deu um start nele, despertando  meu lado produtora, e, junto ao Luís Antônio Fortes na direção, decidi colocá-lo em evidência. A ideia é estrear a Valsa nº 6 em 2021, ano em que o texto completa 70 anos”.

Com apenas 19 anos, a artista ainda guarda outros projetos para a TV e para os palcos, sem jamais abandonar a música e os musicais. “Nesse meio, a versatilidade é tudo”, encerra marota.





Fonte:observatoriodoteatro.uol.com.br


outubro 10, 2020

Reginaldo Rossi ganhará estátua no Recife, dentro do Circuito da Poesia

O cantor pernambucano Reginaldo Rossi, o Rei do Brega, ganhará uma estátua dentro do Circuito da Poesia, coleção de esculturas feitas em tamanho real e espalhadas pelo Centro da capital para homenagear grandes artistas da literatura e da música. A estátua de Rossi ficará no Largo de Santa Cruz, na Boa Vista, ambiente com tradição de boêmia, e será feita pelo artista plástico Demétrio Silva. A peça está orçada em R$ 35 mil.


Falecido em 20 de dezembro de 2013 após descobrir um tumor no pulmão, Reginaldo Rossi deixou um sólido legado para o brega pernambucano, ritmo que segue embalando o cotidiano da cidade. Após a inauguração da estátua, ele se reunirá a Capiba (Rua do Sol), Chico Science (Rua da Moeda), Luiz Gonzaga (Estação Central do Recife), entre outros músicos que compõem o Circuito da Poesia.


Em agosto desse ano, o Colegiado da Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco (Alepe) deu o parecer favorável para novas homenagens a personalidades de diversas áreas no estado. Dentre eles, está o título de Patrono do Brega para Reginaldo Rossi. Com mais de 50 anos de carreira, o artista começou a carreira musical com o rock da Jovem Guarda no grupo Silver Jets e depois enveredou para as músicas românticas, dominando o Norte e o Nordeste do país. Com a canção Garçom, de 1986, alcançou o restante do Brasil e se tornou um cantor nacional.


Reginaldo contemporâneo a uma geração de cantores românticos tachada de brega por falar diretamente com o povo. Em Pernambuco, reformulou o conceito de brega com músicas que abordavam o sentimento humano, fossem dores, amores ou ilusões.








Fonte:diariodepernambuco.com.br

 

outubro 09, 2020

09/10/1940: há 80 anos, nascia John Lennon



Músico deu voz a uma geração contestadora, com suas letras que criticavam religião, costumes, individualismo burguês, consumismo e intervenções imperialistas mundo afora.
 







Artista se tornou um dos porta-vozes da juventude de sua geração | Foto: Reprodução / Biography

Nesta sexta-feira (9/10), o cantor, compositor e ativista britânico John Lennon, se vivo estivesse, completaria 80 anos. Conforme é do conhecimento de todos, Lennon foi assassinado por Mark Chapman, em 8 de dezembro de 1980, quando entrava em sua residência após retornar de um estúdio.

Nascido em uma família pobre de Liverpool (uma das cidades mais industrializadas do Reino Unido), abandonado pelo pai ainda criança e órfão de mãe com apenas 17 anos, John Lennon, desde os primeiros anos de sua juventude, influenciado pela realidade adversa em que vivia, queria ser um “Working Class Hero” (herói da classe trabalhadora).

Lennon entraria para a história da música quando, em 1960, se juntaria a Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr para formar aquela que é por muitos considerada como a maior e mais influente banda de rock ‘n’ roll de todos os tempos: os Beatles.

Mais do que um mero estilo musical, o rock é também um fenômeno político/cultural. Foi um dos principais meios utilizadas pela juventude dos anos 60 para canalizar todo seu descontentamento e repulsa ao estilo de vida consumista impulsionado pelo capitalismo.

Não por acaso, dentro da profícua obra dos Beatles (treze álbuns de estúdio em apenas oito anos de carreira), as chamadas “músicas de protesto” têm bastante destaque.

Em “Revolution”, por exemplo, a banda soube traduzir com grande pertinência o período histórico bastante conturbado em que viviam, marcado pela intervenção do imperialismo norte-americano no Vietnã, pela revolta estudantil em Paris e pelas lutas pelos direitos civis nos Estados Unidos.

“Eu queria desabafar sobre o que eu pensava das revoluções. Já era hora de falarmos sobre isso e parar de não responder perguntas sobre o que achávamos da guerra vietnamita quando estávamos em turnê”, declarou John Lennon, na época, à revista Rolling Stone.

Após a separação dos Beatles, Lennon inicia carreira solo, nos anos 70, aumentando ainda mais seu ativismo social. Nessa época, o músico também começa a ser perseguido por FBI e CIA (prática comum dessas instituições contra “suspeitos de praticar atividades subversivas”), fazendo com que ele permanecesse durante anos confinado em seu apartamento em Nova Iorque.

No clássico “Imagine”, Lennon sintetiza todas as aspirações de uma geração contestadora. Desmascara as mentiras da religião (“Imagine não haver o paraíso/É fácil se você tentar/Nenhum Inferno abaixo de nós/Acima de nós, só o céu”); critica explicitamente o capitalismo (“Imagine que não há posses/Eu me pergunto se você pode/Sem a necessidade de ganância ou fome”) e se aproxima aos ideais de uma sociedade igualitária (“Uma irmandade dos homens/Imagine todas as pessoas/Partilhando o mundo”).

Numa época em que muitos conhecidos nomes do rock – como Lobão, Morrissey, Phil Anselmo e Johnny Rotten – têm se aproximado da extrema direita, é sempre bom relembrar obras como a de John Lennon; que, quarenta anos após sua morte, ainda continua incentivando as pessoas a adotarem posições críticas frente à realidade e a se rebelarem contra as mazelas impostas pelo sistema capitalista.




causaoperaria.org.br


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