A Zeno.FM Station
RÁDIO NOSSA JOVEM GUARDA: julho 2012

julho 31, 2012

Cantor Wanderley Cardoso ídolo da Jovem Guarda


Um bom rapaz.

Nascido no bairro paulistano do Belenzinho, começou a carreira de intérprete aos 13 anos. Morou nos bairros de Pirituba e Lapa em São Paulo. Estudou na escola Guilherme Kuhlmann, onde concluiu o primário (1º a 4º série), no Largo da Lapa, Lapa de Baixo, em São Paulo.


Depois de cinco anos dedicados ao estudos, investiu com força no showbiz. Seu primeiro sucesso, gravado em 1965, chamava-se "Preste atenção".



Rapidamente se tornou um dos ídolos da Jovem Guarda, ganhando o apelido de "O bom rapaz", título de seu grande sucesso gravado em 1967, que vendeu mais de cinco milhões de cópias.

Foi apresentador de rádio e televisão e participou como um dos trapalhões no programa "Os Adoráveis Trapalhões" na extinta TV Excelsior, ao lado de Renato Aragão, Ted Boy Marino e Ivon Curi. O cantor aparece em um número musical no filme de 1966 de Renato Aragão, Na Onda do Iê-iê-iê, no qual também pode ser visto Wilton Franco, que criou o famoso programa humorístico para a TV Excelsior.

Wanderley Cardoso e Roberto Carlos nos tempos de Jovem Guarda.


Depois da Jovem Guarda e dos Adoráveis Trapalhões, foi contratado por Silvio Santos em 1970, juntamente com Paulo Sérgio e Antônio Marcos, para se apresentar semanalmente no quadro "Os galãs cantam e dançam na TV", que trazia além dos 3 (três) contratados fixos, vários cantores convidados. Manteve o romantismo em seus shows e discos.

No cinema, protagonizou vários filmes e participou de algumas peças de teatro e telenovelas. Outro de seus sucessos foi "Adeus Ingrata" que lançou no filme "O pobre príncipe encantado", o qual conta com a participação de Flávio Migliaccio e Vanusa.

Wanderley Cardoso cantando na Discoteca do Chacrinha

Ao longo de sua carreira, gravou mais de 900 músicas e vendeu cerca de dezesseis milhões de cópias de seus 84 discos. Morando no Rio de Janeiro, atualmente é evangélico e canta músicas da áurea época da Jovem Guarda, e suas mais novas canções Gospel. Recentemente lançou um DVD, com participações de vários artistas brasileiros.

Aniversário em Agosto de 2012: 47 anos do programa 'JOVEM GUARDA'

Vai ao ar o primeiro programa Jovem Guarda. Roberto Carlos arrumava seu microfone, e seus dedos exibiam anéis de ouro e jade.



A TV Record levou a termo o projeto de criar um programa capaz de derrotar o Festival da Juventude, o líder de audiência da Excelsior desde 1964.

Às 16:30 do domingo 22 de Agosto de 1965, foi ao ar o primeiro programa Jovem Guarda, ao vivo, do auditório da Record, na rua da Consolação.

A imprensa noticiou assim:

Vai ao ar o primeiro programa Jovem Guarda. Roberto Carlos arrumava seu microfone, e seus dedos exibiam anéis de ouro e jade. Após uma dose de San Raphael, diz algumas gírias, curva o tronco até a altura dos joelhos. O medalhão de ouro salta da camisa. Ele estica o braço e anuncia - "O Meu Amigo Erasmo Carlos!" Tinha início O Maior Show da Música Juvenil. Assim foi classificada a estréia do Jovem Guarda, sob o comando de Roberto Carlos. Das 16:30 até as 17:30, o público que superlotou o Teatro ficou aplaudindo, assobiando e cantando e berrando. Mas quem arrancou maior vibração da platéia foram Os Incríveis, que "mandaram brasa". Participaram do programa de estréia Tony Campello, Wanderléa, Rosemary, Ronnie Cord, The Jet Blacks, Erasmo Carlos e Prini Lorez. O público que assistia não passava dos 20 anos.

Roberto Carlos foge para não ficar nu!

Esta foi a manchete que resumiu como foi a estréia de Roberto e seu programa Jovem Guarda, na Record de São Paulo. Ele ficou todo arranhado quando fugiu em um Volkswagen verde, enquanto mais de trinta meninas, entre 12 e 16 anos, todas usando calças ou saias Lee e o competente cinturão de vaqueiro americano, ficaram gritando na porta do Teatro Record e brigando pelo que restou da camisa vermelha do cantor.

Sexta-feira, dia 22 de agosto de 2012, será o aniversário dos 47 anos deste que foi o maior programa jovem da TV brasileira de todos os tempos . E do maior movimento muiscal que já vimos acontecer, e que não acaba nunca. Muitas comemorações provavelmente acontecerão, shows, eventos, por todos os cantos do país, fazendo justiça à estes "jovens" que ainda embalam as nossas eternas Tardes de Domingo.

De nossa parte, estaremos trazendo muitas novidades aqui no blog Nossa Jovem Guarda.

julho 30, 2012

Filmografia da Jovem Guarda



Os ídolos da Jovem Guarda atuaram em muitos filmes nacionais, bem antes de alcançarem o sucesso musical. Foram pequenas pontas, rápidos números musicais, papéis secundários, até que passaram a protagonizar produções idealizadas especificamente para eles.

   Em seguida, com o estouro do programa, quase todas as produções nacionais tinham que trazer alguém da Jovem Guarda.

   Esta lista, longe de ser completa, busca apresentar as informações disponíveis sobre todos os filmes que trouxeram cantores e/ou grupos ligados ao movimento da Jovem Guarda, até 1968, ano em que o Programa Jovem Guarda saiu do ar.

   As imagens dos posters e todas as informações técnicas foram selecionadas em sua maioria do site "Cinemateca Brasileira" (http://cinemateca.gov.br), e em menor proporção do site "Meu Cinema Brasileiro" (http://www.meucinemabrasileiro.com).


1957


 

   DE VENTO EM POPA

   Direção: Carlos Manga

   Argumento: Cajado Filho

   Produção: Atlândida S.A.

   Elenco: Carlos Imperial, Oscarito, Cyll Farney, Sônia Mamed, Dóris Monteiro, Zezé Macedo

   Trilha Sonora: Carlos Imperial e Os Terríveis tocam Calipso Rock com Oscarito e Sônia Mamede cantando.





1958




   AGÜENTA O ROJÃO

   Direção: Watson Macedo

   Argumento: Lívio Bruni

   Produção: Watson Macedo e Lívio Bruni

   Elenco: Carlos Imperial, Roberto Carlos (apresentado como Beto), Zé Trindade, Reginal-do Faria, Zilka Salaberry, Betinho e seu Conjunto

   Trilha Sonora: Foi apresentada a música I Need You So, de Carlos Imperial




MINHA SOGRA É DA POLÍCIA

   Direção: Aloísio T. de Carvalho

   Argumento: Helba Nogueira

   Produção: Lívio Bruni e Aloísio T. de Carvalho

   Elenco: Violeta Ferraz, Costinha, Wilza Carla, Jackson do Pandeiro, Cauby Peixoto, Lana Bittencourt, Carlos Tovar

   Números Musicais:  Roberto Carlos, The Snakes ( Erasmo Carlos no sax, Arlênio Lívio, Edson Trindade e Zé "China" Roberto), Carlos Imperial e Cauby Peixoto apresentaram That's Rock.








ALEGRIA DE VIVER

   Direção: Watson Macedo

   Argumento: Ismar Porto e Watson Macedo

   Produção: Watson Macedo e Osvaldo Massaini

   Elenco: Sérgio Murilo, Roberto Carlos (porteiro da boate), Carlos Imperial, Eliana Macedo, John Herbert, Yoná Magalhães, Augusto Cesar (Vanucci), Ivon Cury, Trio Irakitan

   Trilha Sonora: Augusto Cesar vanucci cantou a música Rock For Lili, de Carlos Imperial








A GRANDE VEDETE

 Direção: Watson Macedo Argumento: Watson Macedo e Ismar Porto Produção: Watson Macedo e Osvaldo Massaini Elenco: Sergio Murilo (rapaz das flores), Dercy Gonçalves, John Herbert, Zezé Macedo, Daniel Filho, entre outros















1959

 CALA A BOCA, ETELVINA 


 Direção: Eurides Ramos Argumento: Victor Lima Produção: Cinelândia Filmes Elenco: Dercy Gonçalves, Zezé Macedo, Manoel Vieira, Wilson Grey Trilha Sonora: Radamés Gnatali Números Musicais: Os Golden Boys (Meu Romance Com Laura)












1960




   MATEMÁTICA ZERO, AMOR DEZ

   Direção: Carlos Hugo Christensen

   Argumento: Andor de Soos

   Produção: Carlos Hugo Christensen

   Elenco: Agildo Ribeiro, Heloisa Helena

   Números Musicais: Sergio Murilo cantou Rock de Morte acompanhado pelo The Avalons





    
ZÉ DO PERIQUITO 

 Direção: Amácio Mazzaropi

 Argumento: Amácio Mazzaropi Produção: PAM Filmes Elenco: Celly Campello, Tony Campello, George Freedman, Mazzaropi, Agnaldo Rayol

 Números Musicais: George Freedman, Celly Campello e Tony Campello cantam Gostoso É Namorar, Hebe Camargo e Agnaldo Rayol











EU SOU O TAL

   Direção: Eurides Ramos

   Argumento: Eurides Ramos e Victor Lima

   Produção: Oswaldo Massaini e Eurides Ramos

   Elenco:Vagareza, Chico Anísio, Daniel Filho, Wilson Grey

   Números Musicais: The Golden Boys (Entrevero no Jacá), Juca Chaves










1961




   MULHERES, CHEGUEI

   Direção: Victor Lima

   Argumento: Victor Lima

   Produção: Herbert Richers

   Elenco:Zé Trindade, Laura Suarez, Mário Lago, Carlos Tovar, Jaime Costa

   Números Musicais: Eduardo Araújo, Carlos Imperial e o Clube do Rock cantam Prima Dayse





1962


   ESSE RIO QUE EU AMO

   Direção: Carlos Hugo Christensen

   Argumento: Carlos Hugo Christensen e diálogos de Millor Fernandes

   Produção: Carlos Hugo Christensen e Luis Severiano Ribeiro Jr

   Elenco: Jardel Filho, Tônia Carrero, Odete Lara, Agildo Ribeiro

   Números Musicais: Roberto Carlos, Lana Bittencourt, Haroldo de Oliveira e outros cantaram Sinfonia do Rio de Janeiro, de Tom Jobim e Billy Blanco




1965




   O PURITANO DA RUA AUGUSTA

   Direção: Amácio Mazzaropi

   Argumento: Amácio Mazzaropi

   Produção: PAM Filmes

   Elenco: Mazzaropi, Marly Marley, Marina Freire,

   Números Musicais:The Jordans










1966


   007 E 1/2 NO CARNAVAL

   Direção: Victor Lima

   Argumento: Victor Lima

   Produção: Jarbas Barbosa

   Elenco: Wanderley Cardoso, Chacrinha, Costinha, Rossana Ghessa, Lúcio Mauro, Milton Vilar

   Números Musicais: Wanderley Cardoso canta Amor de Criança, The Brazilian Bitles cantam Tudo Começou no Carnaval, outras canções interpretadas por Demônios da Garôa, Ângela Maria, Angelita, Orlando Dias, Emilinha Borba, Dircinha Batista, e Chacrinha




RIO, VERÃO E AMOR

   Direção: Watson Macedo

   Argumento: Ziraldo e Watson Macedo

   Produção: Watson Macedo

   Elenco: Renato e seus Blue Caps, The Brazilian Bitles, Lilian Knapp, Walter Forster, Hamilton Fernandes, Augusto Cesar Vanucci

   Números Musicais: Renato Barros e Lilian Knapp, Renato e seus Blue Caps, The Brazilian Bitles, Augusto Cesar Vanucci









ESSA GATINHA É MINHA

   Direção: Jece Valadão

   rgumento: Mário Lago e José Oliosi

   Produção: Jece Valadão

   Elenco: Jerry Adriani, Pery Ribeiro, Mário Lago, José Messias, Annik Malvil, Sílvio César

   Números Musicais: Jerry Adriani (Querida), Silvio César










NA ONDA DO IÊ IÊ IÊ

   Direção: Aurélio Teixeira

   Argumento: Jarbas Barbisa, Aurélio Teixeira, Renato Aragão, Braz Chediak

   Produção: Jarbas Barbosa e Arnaldo Zonari

   Elenco: Renato Aragão, Dedé Santana, Sílvio César, Mário Lago, Chacrinha

   Números Musicais: The Brazilian Bitles (Vem Meu Amor) , Os Vips (Longe Tão Perto), Renato e seus Blue Caps (Não Quero Ver Você Chorar), Wanderley Cardoso (Promessa), Rosemary (Que Bom Seria), The Fevers (Preciso de Você), Paulo Sérgio, Clara Nunes, Wilson Simonal , Silvio Cesar




1967

   

   ADORÁVEL TRAPALHÃO

   Direção: J.B. Tanko

   Argumento: José Oliosi e Jarbas Barbosa

   Produção: Jarbas Barbosa

   Elenco: Renato Aragão, Neide Aparecida, Suzy Arruda, Paulo Aragão, Gilberto Martinho

   Números Musicais: Golden Boys, Bobby Di Carlo, Rosemary, The Brazilian Bitles




OS INCRÍVEIS NESTE MUNDO LOUCO

   Direção: Brancato Jr.

   Argumento: Brancato Jr.

   Produção: Primo Carbonari

   Elenco: Os Incríveis, Denise Treme Terra, Maurílio José da Silva, Clara Célia da Silva

   Números Musicais: Os Incríveis










A OPINIÃO PÚBLICA

   Direção: Arnaldo Jabor

   Argumento: Arnaldo Jabor

   Produção: Arnaldo Jabor, Jorge da Cunha Lima, João C.S. Corrêa e Nelson Pereira dos Santos

   Elenco: Wanderley Cardoso, Jerry Adriani, Valéria Amar, Yoná Magalhães, Chacrinha, Clóvis Bornay.











GAROTA DE IPANEMA

   Direção: Leon Hirszman

   Argumento: Vinícius de Moraes, Leon Hirszman e Eduardo Coutinho

   Produção: Leon Hirszman, Vinícius de Moraes e Luiz Carlos Pires

   Elenco: Ronnie Von

   Números Musicais: Ronnie Von (Por Você), Baden Powel, Quarteto em Cy e MPB-4, João Gilberto, Nara Leão, Chico Buarque e Elis Regina, Vinícius de Moraes







A ESPIÃ QUE ENTROU NUMA FRIA

   Direção: Sanin Cherques

   Argumento: Wilson Vaz

   Produção: Oswaldo Massaini e Cyll Farney

   Elenco: Agildo Ribeiro, Carmen Verônica, Jorge Loredo, José Santa Cruz, Ary Leite, Dedé Santana, Zélia Martins, Ivon Cury, Cyll Farney, Jece Valadão, Carlos Alberto, Anselmo Duarte, Norma Bengell

   Números Musicais: Roberto Carlos (A Namoradinha de Um Amigo Meu)







1968

   

   BEBEL, GAROTA PROPAGANDA

   Direção: Maurice Capovilla

   Argumento: Maurice Capovilla, Roberto Santos, Afonso Caoracy

   Produção: Luis Carlos Pires Fernandes e Roberto Santos

   Elenco: The Bells, Rossana Ghessa, John Herbert, Joana Fomm, Paulo José

   Trilha Sonora: Composta por Carlos Imperial e Rogério Duprat



JUVENTUDE E TERNURA

   Direção: Aurélio Teixeira

   Argumento: Jorge Dória

   Produção: Jarbas Barbosa

   Elenco: Wanderléa, Bobby Di Carlo, Os Wandecos, Anselmo Duarte, Ênio Gonçalves, Jorge Dória, Murilo Nery, Cyll Farney, Norma Benguel

   Números Musicais: Wanderléa (Prova de Fogo, Ternura, Foi Assim, Te Amo)








ROBERTO CARLOS EM RITMO DE AVENTURA

   Direção: Roberto Farias

   Argumento: Roberto Farias e Paulo Mendes Campos

   Produção: Roberto Farias

   Elenco: Roberto Carlos, Conjunto RC-7, José Lewgoy, Reginaldo Farias, Rose Pasini

   Números Musicais: Roberto Carlos canta 19 músicas no filme













julho 29, 2012

Cantor Cyro Aguiar e seu programa: 'Eramos todos Jovens'


O cantor Cyro Aguiar é aquele cara que você acaba de conhecer e parece que já conhece faz muito tempo.
Conheci o Cyro Aguiar em uma fase dificil da vida dele, o filho dele estava fazendo um tratamento no hospital do cancêr em SP, em frente tinha um local onde ele estacionava seu carro e nos conhecemos ali.

Na época ele estava terminando a gravação de um LP, e acabei confeccionando a capa do disco, com o qual ele gentilmente me presenteou assim que o disco ficou pronto. Cyro alem de um grande cantor é excelente musico e posso dizer que ele 'é o cara'.


Baiano de Salvador, desde pequeno mostrou vocação para a música.
Iniciou sua carreira com o movimento da Jovem Guarda e sua primeira gravação foi na RCA-Victor, em 1964, com as músicas "Monaliza" e "Itaparica".

Na época da Jovem Guarda, seu maior sucesso foi "A Loucura das Garotas" (1966).

No início dos anos 70, se mudou para São Paulo onde trabalhou na ópera-rock "Jesus Cristo Superstar" (1972), quando então gravou "Asfalto Falsificado" (1972) e o samba-rock "Do you like Samba?" (1973), na antiga gravadora Polygram.

Gravou diversos LPs durante sua carreira. Passou pela Jovem Guarda, mas foi com o samba-rock e o forró que descobriu o seu verdadeiro estilo.

Continua cantando, compondo, fazendo shows e apresentando seus programas de Rádio, entre eles o tradicional: "Éramos todos jovens...", na Rádio Tropical FM. em SP.

Site Oficial do Cantor: http://www.cyroaguiar.com.br/

Nossa Jovem Guarda


Estamos no ano de 2012, e provavelmente no fim do ano você se juntará a sua família para assistir ao especial de Natal do Roberto Carlos na Rede Globo de Televisão (vamos supor que isso vai acontecer mesmo). Você, todo jovial e serelepe, questionará os talentos do nosso paladino do amor maior que anda em seu calhambeque (bibi), e provavelmente sofrerá retaliações com argumentações baseadas em “Roberto Carlos era o líder da Jovem Guarda, ele é demais”.


A Jovem Guarda foi um dos fenômenos mais revolucionários da história desse nosso Brasilzão verde e amarelo. Através da música, revolucionou os campos da moda e comportamento de maneira imensurável. Se o pobre autor deste texto disser que a nossa geração está vivendo isso novamente, ele será trucidado? (Tarde demais para pensar nisso; faltam 15 minutos para o texto ir pro ar e não existe outra opção).

Sim, meus amigos. O (nem tão) célebre ritmo denominado sertanejo universitário é a jovem guarda do século XXI.

Putz, o texto é sobre sertanejo. Sim, mas se você preferir pode considerar que o texto é sobre a Jovem Guarda (muito mais vintage e menos mainstream nos dias de hoje).

Pois bem, vou acabar com a magia de vocês, porque esse tal de sertanejo universitário não é sertanejo, e a jovem guarda não era rock n roll. Aliás, essa é a primeira semelhança básica que ajuda a embasar a teoria de que ambos os “estilos” são exatamente a mesma coisa: buscar um estilo completamente diferente e que não está em evidência na sociedade, tornando-o popular. Enquanto os amantes da Bossa Nova marchavam contra a guitarra elétrica nos anos 60, Roberto Carlos e seu fiel escudeiro Erasmo (cujo apelido eu me recuso a citar aqui por motivos de vergonha alheia) foram buscar exatamente a influência de um rock que fazia um sucesso absurdo no exterior através de um tal grupo The Beatles. O mais interessante de tudo isso, é que eles não tocavam nem cantavam rock.

Os sucessos mais populares no Brasil hoje em dia são populares porque adaptaram a cultura do sertanejo de raíz a um estilo muito (MUITO) mais aceito socialmente. Um estilo depreciado e representado por músicas como Boate Azul e o DVD do Amigos e estigmazado de música de corno foi adaptado para cantar o que o povo fala por aí, num ritmo que não chega nem perto do verdadeiro sertanejo. Ambos os movimentos tiveram força para a criação e disseminação de bordões populares extraídos das composições com sentido e propósito duvidoso.

Por se tratar de uma cultura emergente, quem é adepto do estilo fatalmente adota seus principais ícones como inspiração. Em outras palavras: desde que falaram que o Michel Teló canta sertanejo, camisa xadrez deixou de ser privilégio dos hipsters. A influência plena na moda é mais uma característica cultural importante que aproxima os dois estilos (ou você acha que seu pai não queria ter uma jaqueta de couro?).

Enfim, entre um Ai, se eu te pego e algumas Curvas da estrada de Santos, o que mais interessa aqui é a venda. Tudo é mercado. Você não deve se sentir culturalmente ofendido pelo sucesso das músicas, bordões e camisas xadrez que vem e vão pelas casas sertanejas presentes nos maiores centros urbanos do país. A fórmula mágica da jovem guarda volta no século XXI para pegar todo mundo de novo, e a questão que fica é: quem será o responsável pelos especiais da globo no futuro: Michel Teló ou Gustavo Lima?






Fonte:Pedro Farci - http://www.cafeeanalgesicos.com.br

A música internacional nos anos 60


ANOS 60

Os anos 60 trouxeram a esperança de um mundo livre com a revolução sexual – e também com as drogas. A popularização do rock e

a formação dos primeiros ídolos catapultaram os riffs de guitarras para as ruas. Cada vez mais, os artistas se confundiam com o seu público, e assim, estreitavam a relação entre eles. Os jovens se identificavam nas canções, e os compositores buscavam na vida de cada um os temas para as suas músicas.

Os Beatles, além de serem a banda mais influente da década e da história, servem como um exemplo cristalino do que foram os anos 60. Uma década esperançosa e otimista em seu começo, assim como a banda de Liverpool com suas composições ensoladaras e contagiantes e seus ternos, barbas e cabelos estrategicamente cortados, mas que depois, com o estouro das drogas, violência e a guerra no Vietnã, trocou os sorrisos pela visão cínica e confusa do mundo – muito bem representadas em Revolver, Sgt. Peppers e White Album -, enquanto as roupas mudavam e os cabelos cresciam.


O folk de Bob Dylan, no começo da década, e Van Morrison e Tim Buckley, depois, pode ser apontado como um dos principais movimentos dessa época. Constantemente alçado como porta-voz de uma geração, Dylan sempre descartou a responsabilidade de liderar qualquer mudança ou movimento. Mas a música de Bob Dylan tinha força pra isso. Ele mudou não só a cabeça de muitos jovens, como a forma de se escrever. Os personagens milimetricamente trabalhados e cheios de vida, e as imagens construídas pelas letras de suas músicas eram algo novo. The Freewheelin’ Bob Dylan, Highway 61 Revisited e Blonde on Blonde eram maduros e emocionavam. Com o folk, o rock and roll, além da energia e da transpiração dos anos 50, ganhava densidade e se escancarava de forma confessional.

Mas engana-se quem pensa que o caminho que Bob Dylan e outros trovadores criaram apagaria a urgência do rock and roll. A invasão britânica liderada pelo apelo popular dos Beatles e pela força sedutora dos Rolling Stones mostrou ao mundo que o rock podia fazer chorar e ao mesmo tempo, rir, pular e gritar. Enquanto Lennon e Macca experimentavam, e Jagger e Richards sexualizavam a música, jovens e verdadeiros juggernauts como o The Who, na Inglaterra, e MC5 e Stooges nos Estados Unidos (na primeira e principal semente do punk rock) incendiavam países com golpes impiedosos contra os seus instrumentos e letras contestadoras e inconsequentes.

Essa “briga” entre Inglaterra e Estados Unidos marcou os anos 60 e, principalmente, duas bandas: The Beatles e Beach Boys. Os jovens de Liverpool começaram a mudar o mundo e a música quando deixaram o otimismo de lado e assumiram uma postura de experimentação em Rubber Soul e Revolver. Abordagens verossímeis do mundo e mudanças radicais em harmonias e melodias, confundiram e maravilharam o planeta. Esses sentimentos se exacerbaram do outro lado do oceano, mas de forma perigosa e desafiadora no lider dos Beach Boys, Brian Wilson. Ele não tirava da cabeça que seu objetivo de vida era fazer algo melhor do que os Beatles tinham feito. Com isso em mente, se trancou no estúdio por meses com um só pensamento: fazer o pop perfeito. O resultado – além de uma crise nervosa em Wilson – por mais improvável que parecesse, foi Pet Sounds, um álbum tão bom e até mais belo do que o que Macca, Lennon e cia haviam feito até o momento. O problema é que os ingleses responderam, imediatamente, com Sgt. Peppers e White Album. Resultado: Brian Wilson enlouqueceu de vez, desistiu do álbum que estava preparando (Smile, lançado só na década de 2000), e sumiu por muito tempo.

A fase de experimentação do rock nunca foi tão prolífica como nesta década, e o surgimento de um movimento psicodélico, repleto de improvisações e muito felling, trouxe grupos como Cream (de Eric Clapton) e o Pink Floyd (na época liderado pelo psicótico Syd Barret). Mas o principal expoente das experimentações da psicodelia e dos excessos do rock foi o maior gênio da guitarra, Jimi Hendrix. A forma quase sobrenatural de se relacionar com o instrumento criou uma imagem mística em volta de Hendrix. Sua música era urgente, forte e cheia de uma sexualidade que caracteriza o rock and roll até hoje como o estilo “que seus pais não aprovariam”.

Com o mundo já exposto, e o rock and roll cada vez mais autoral, as composições ficararam mais complexas e as metáforas dariam lugar às histórias regadas de drogas, fracassos e pensamentos sobre a socidade. Jim Morrison e seu The Doors, poético e pretensioso, e Lou Reed e John Cale, com o Velvet Underground, eram os expoentes dessa ode à verdade. Enquanto o The Doors flertava com o blues e o jazz, o Velvet Underground era sujo a maior parte do tempo – apesar de Cale ser um músico melódico e técnico. Mas o rock and roll não se comunicava apenas com petardos, diretos e crus, prova disso são Frank Zappa e The Kinks. O primeiro, um virtuoso multiinstrumentista que experimentava a todo momento sem pretensões de mudar o mundo. O segundo, uma banda liderada por Ray Davies, se comunicava musicalmente de forma elegante e sutil. As letras do The Kinks eram simples e bem humoradas, mas eram ácidas, irônicas e não perdoavam ninguém.

O rock da década de 60 também poderia ser simplesmente belo e bem feito, sem se encaixar em movimentos, inovações ou revoluções. A prova disso eram a The Band, formada por membros da banda de apoio de Bob Dylan e o The Zombies, que passou décadas em branco, sem ser reconhecido.

A The Band conseguiu controlar todas as referências da década, se esquivar da psicodelia, escapar do virtuosimo – os seus membros eram todos músicos técnicamente perfeitos – e fazer uma música concisa e bem delineada, sendo uma das saídas a toda abstração que o ácido e as experimentações trouxeram para a música. O mesmo efeito de precisão e honestidade dá o tom de Odessey e Oracle, do The Zombies. Uma obra prima com influências claras do jazz e com uma sinceridade e uma doçura sem fins, evocando o prazer de fazer música por paixão, com o que cada um sente e deseja, influenciados pelo otimismo, pelas experimentações, pela liberdade e pela realidade, conhecida mais tarde de forma abrupta, que são a sintese do que os anos 60 representaram para o rock and roll e o que o rock and roll representou para os anos 60.



Algumas curiosidades sobre a Jovem Guarda


A Jovem Guarda foi um movimento comportamental e musical dos anos 60 surgido a partír do programa Jovem Guarda, exibido nas tardes de domingo pela TV Record de São Paulo.

Aliás, a expressão Jovem Guarda começou a ser usada em 1965 com a estréia do programa na TV Record. A origem do termo ainda é nebuloso, mas acredita-se que tenha sido tirado de um discurso de Lênin, onde ele afirmou "O futuro pertence à jovem guarda porque a velha está ultrapassada".

As maiores influências dos músicos da Jovem Guarda foram o rock norte-americano dos anos 50 e 60, o rock brasileiro do início dos anos 60 (Celly e Tony Campello, principalmente) e a febre musical dos Beatles.

O termo “iê-iê-iê” foi usado como denominação do rock brasileiro dos anos 1960 (entenda-se Jovem Guarda). Dizia-se que Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Wanderléa e toda a turma da Jovem Guarda fazia “iê-iê-iê”. Esse termo surgiu de músicas como She Loves You, em que os Beatles repetiam “yeah-yeah-yeah”.

O programa Jovem Guarda era comandado por ninguém menos que Roberto Carlos e seus amigos Erasmo Carlos e Wanderléa. A idéia de convocar Erasmo e Wanderléa para dividir a apresentação do programa partiu de Roberto Carlos.

A lista de músicos que se apresentavam no programa era extensa: Golden Boys, The Fevers, Renato e seus Blue Caps, Jerry Adriani, Wanderley Cardoso, Martinha, Vanusa, Ronnie Von, Eduardo Araújo, Os Incríveis, Rosemary, Sérgio Reis, Silvinha, Ronnie Cord, Waldirene, Leno e Lilian, Os Vips, Nilton César e Trio Esperança, entre outros.

O sucesso foi do programa levou ao inevitável lançamento de diversos produtos com as marcas Jovem Guarda, Ternurinha, Tremendão e Calhambeque.

O programa era transmitido ao vivo apenas para São Paulo. As demais cidades assistiam a Jovem Guarda com alguns dias de atraso em teipe.

Antes, muito antes da Jovem Guarda, o trio Roberto Carlos, Erasmo Carlos e ninguém menos que Tim Maia formaram um grupo chamado The Sputniks. Depois da “fase Sputinks”, Roberto e seus amigos formaram o The Snakes, chamado mais tarde de Roberto Carlos & The Snakes.

O primeiro disco gravado por Roberto Carlos foi um 78 rmp com duas músicas no estilo bossa-nova: “Fora de Tom” e “João e Maria”, compostas por Carlos Imperial. O disco foi gravado em agosto de 1959.

Pouca gente sabe, mas Raul Seixas produziu artistas e compôs músicas para a Jovem Guarda, entre elas Ainda Queima a Esperança, Tudo o Que é Bom Dura Pouco e Doce, Doce Amor. Aliás, um dos maiores incentivadores do futuro Maluco Beleza no início da carreira foi o cantor Jerri Adriani.

Quase todos os astros da Jovem Guarda tinham apelido: Roberto Carlos era chamado de O Brasa, Erasmo Carlos era o Tremendão, Wanderléa era a Ternurinha, Wanderley Cardoso era o Bom Rapaz, Rosemary era a Fada e Martinha o Queijinho de Minas.

Algumas gírias da época da Jovem Guarda:
Barra Limpa: está tudo bem
Broto: garota bonita
Broto legal: garota bacana
Cafona: feio, brega
Calhambeque: carro velho
Carango: carro
Certinha: mulher bonita
Chapa: amigo
Coroa: pessoa velha
É fogo: é difícil
É uma brasa, mora: é danada, é ótimo
Gamar: namorar, apaixonar-se
Grana: dinheiro
Mancar: desrespeitar compromissos
Mora?/Morou: Entende? Entendeu?
O tal: pessoa de destaque
Pacas; muito
Pão: homem bonito
Papo firme: conversa séria
Pra frente: modern
Papo furado: conversa boba
Quadrado: sujeito conservador
Tremendão: rapaz bonito
Uma uva: coisa bonita

Roberto Carlos e Erasmo Carlos formam uma das maiores parcerias da música brasileira. Juntos, eles comporam mais de 500 músicas, gravadas pela dupla e por diversos músicos da MPB.

A popularidade de Roberto Carlos e seus principais amigos rompeu as fronteiras da música e da TV e chegou aos cinemas. Entre 1968 e 1971, Roberto gravou três filmes de grande popularidade (produções que, aliás, foram repetidas inúmeras vezes na Sessão da Tarde dos anos 70): Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-rosa, Roberto Carlos em Ritmo de Aventura e Roberto Carlos a 300 Quilômetros por Hora.

O nome verdadeiro de Erasmo Carlos é Erasmo Esteves. Wanderléa se chama Wanderléa Charlup Boere Salim. Já o nome de Roberto Carlos é… Roberto Carlos Braga.

Você sabia que Wanderléa e Roberto Carlos foram namorados antes da época da Jovem Guarda?

Roberto Carlos foi o primeio não-italiano a vencer o Festival de São Remo, em 1968.

O título de “Rei” foi dado a Roberto Carlos pelo apresentador de TV Chacrinha. A coroação ocorreu em 1966, durante um programa de Chacrinha.

julho 28, 2012

The Jordans e a Jovem Guarda


Em 1955, os jovens Romeu Mantovani Sobrinho (Aladim) e Olímpio Sinval Drago (Sinval) aprenderam a tocar guitarra juntos. Em 1958, sobre a influência do Elvis Presley, o grupo The Jordanaires convidaram um amigo (Português) para tocar bateria. Começaram a tocar rock em 1961, em uma transmissão da Rádio Nacional de São Paulo, com a participação do DJ Antônio Aguillar, e começaram o programa Ritmos para a Juventude, todos os sábados a tarde. Uma nova geração de músicos e cantores foram revelados, como Waldemar Botelho Jr. (Foguinho), que foi chamado no lugar do Português, mas ficou nervoso durante a transmissão e acabou saindo do ritmo. Foguinho então começou a estudar música em sua casa e aprendeu sozinho, escutando Elvis, Little Richards, Cliff Richard, Johny Holliday e também os grupos The Shadows, The Ventures, Les Fantômes.

Depois de duas semanas, os Jordans convidaram José de Andrade (Toni) para tocar baixo e depois Irupê Teixeira Rodrigues para tocar saxofone. Com esta formação os Jordans gravaram pela Copacabana Discos o seu 1º disco - "A Vida Sorri Assim", em 1962.

Foram contratados por vários cantores para sessões em estúdio. Em 1963 gravaram "Suspense", o segundo álbum, e a canção "Blue Star" ficou seis meses nas paradas de todo Brasil. Em 1964, terceiro disco, "Surfin' with The Jordans", uma celebração da surf music. Os Jordans assinaram com a TV Record (São Paulo) para fazerem vários programas. Em 1965 lançaram o quarto disco, "Os Alucinantes The Jordans".

Nessa época, foram também convidados para fazerem um programa com Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléia, "Jovem Guarda".

Em 1966, o disco "Studio 17", com a canção "Tema de Lara" (filme Dr. Jivago) foi campeão de vendas. Em 1996, também receberam o prêmio Roquete Pinto, o maior do Brasil, pelo seu trabalho de música instrumental. Em 1967, o disco "Edição Extra", com a canção "Midnight Moscow", foi muito bem aceita nas paradas de sucesso. Em outubro/novembro, os Jordans foram tocar na Itália e depois em Londres onde encontraram os Beatles. Foguinho então ensinou Ringo Star a tocar samba na bateria. Entre 1968, 69 e 70, os Jordans gravaram os discos "Edição Extra". Em 1970 gravaram o último disco, "The Jordans", mas tocaram até 1973. Foguinho tinha uma bateria Ludwig, que vendeu para seu primo e virou fabricante de óculos, Toni seguiu no piano, Sinval abriu uma churrascaria, Aladin foi trabalhar com frigorífico e Irupê virou maestro da banda Raça Negra até os dias de hoje. Em 1993, o Mingo, um amigo nosso da banda Os Incríveis, conseguiu juntar quase todos os músicos e cantores(as) da Jovem Guarda que fizeram um show na televisão Gazeta, canal 11 de SP.

Os Jordans compraram novos instrumentos, bateria, guitarra, e se encontraram novamente em estúdio fascinados pela nova tecnologia. Gravaram vários CD's como "Geração Surf", e depois, em 2006 gravaram "Studio 5" e o DVD que conta a história da banda. Em março de 2007, os Jordans fizeram shows com Prini Lores, Wanderlei Cardoso, Carlos Gonzaga, Ari Sanchez, Martinha, Vanuza e Renato e Seus Blue Caps. Apesar de estar em 2007, estou sempre escutando as músicas dos anos 60, porque as considero mais bonitas e com mais harmonias. Eu tenho um Karman Ghia vermelho, carro esportivo produzido em 1968 pela Volks.

Roberto Carlos


Roberto Carlos Braga (Cachoeiro de Itapemirim, 19 de abril de 1941), mais conhecido como Roberto Carlos.

Ele foi um dos primeiros ídolos jovens da cultura brasileira, liderando o primeiro grande movimento de rock feito no Brasil.

Além dos discos, estrelou um programa na TV Record, chamado Jovem Guarda (que batizou esse movimento de rock), e filmes inspirados na fórmula lançada pelos Beatles - como "Roberto Carlos em Ritmo de Aventura", "Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-rosa" e "Roberto Carlos a 300km por Hora".

Atualmente continua se apresentando com frequência e produz anualmente um especial que vai ao ar na semana do Natal pela Rede Globo, mesma época em que costumavam ser lançados seus discos anuais. Segundo a ABPD, o Roberto Carlos é o artista solo com mais álbuns vendidos na história do Brasil.

Entre 1961 e 1998, Roberto lançou um disco inédito por ano. Seus discos já venderam mais de 120 milhões de cópias e bateram recordes de vendagem - em 1994 chegou a marca de 70 milhões de discos vendidos -, incluindo gravações em espanhol, inglês e italiano, em diversos países. Fez milhares de shows em centenas de cidades no Brasil e no exterior. Seu fã-clube é um dos maiores do mundo. Dezenas de artistas já fizeram regravações de suas músicas. Sua popularidade o tornou conhecido no Brasil e na América Latina como O Rei. Em 2010, durante premiação no Radio City Music Hall, em Nova Iorque, o então presidente da Sony Music, Richard Sanders, intitulou-o Rei da Música Latina.

Tendo iniciado a carreira sob influência do rock'n'roll que vinha dos Estados Unidos da América, despontou no início da década de 1960 com composições próprias, geralmente feitas em parceria com o amigo Erasmo Carlos, e versões de sucessos do então recente gênero musical - entre os quais, "Splish Splash", "O Calhambeque", "Parei na contramão" e "É Proibido Fumar" -, fundando as bases para o primeiro movimento de rock feito no Brasil.

Com o sucesso, estrelou ao lado de Erasmo e Wanderléa um programa na TV Record chamado Jovem Guarda, que daria nome ao movimento musical. Desta fase, destacaram-se inúmeros sucessos como "Não quero ver você triste", "Lobo Mau", "A garota do baile", "Não é papo pra mim", "Parei, olhei", "História de um homem mau", "Quero que vá tudo pro inferno", "Esqueça", É papo firme", "Mexericos da Candinha", "Eu te darei o céu", "Nossa canção", "Namoradinha de um amigo meu", "Eu sou terrível", "Quando", "Maria, Carnaval e Cinzas", "Só Vou Gostar de Quem Gosta de Mim", "Como é grande o meu amor por você", "Se você pensa", "As canções que você fez pra mim", "Ciúme de você", "Eu te amo, te amo, te amo", "As curvas da estrada de Santos", "As flores do jardim da nossa casa", "Sua estupidez".

Na virada para década de 1970, reformulou seu repertório rock'n roll e se tornou um cantor e compositor basicamente romântico, que não modificou desde então. Logo também mudava seu público-alvo, que deixou de ser o jovem e passou a ser o adulto.

Nessa linha, emplacou mais grandes sucessos como "Detalhes", "Amada Amante", "Como dois e dois", "Debaixo dos caracóis dos seus cabelos", "Quando as crianças saírem de férias", "Como vai você", "Proposta", "A Cigana", "O portão", "Eu quero apenas", "Além do horizonte", "Olha", "Os seus botões", "Ilegal, imoral ou engorda", "Amigo", "Falando sério", "Cavalgada", "Outra vez", "Força estranha", "Café da manhã", "Na paz do seu sorriso", "Amante à moda antiga", "Emoções", "Cama e mesa", "Fera ferida", "O côncavo e o convexo", "Caminhoneiro", "Verde e Amarelo", "Pergunte pro seu coração", "Dito e feito", "Tanta solidão", entre outras.

Também a partir dessa fase despontaram composições de cunho religioso em sua obra, algumas também com bastante sucesso, como "Jesus Cristo", "Todos Estão Surdos", "A montanha", "O homem", "Fé", "Estou aqui", "Guerra dos Meninos", "Ele esta pra chegar" e "Nossa Senhora", entre outras.

A música e as mudanças da moda entre os jovens nos anos 60


A música e da moda caminham juntas. Assim, como movimentos musicais a moda também era algo inovador, fascinador e empolgante. Já era hora de dar adeus a imagem de bom moço. O jovem queria algo diferente, vibrante, a rebeldia se instalava também na moda, era de fato o momento de mudanças.

Na Jovem Guarda, a mini-saia reinava entre as mulheres que também usavam botas de cano longo, roupas de linhas retas, parecida com a moda lançada na França em 1965, por André Courrèges. Os homens apostavam nos cabelos de Franja, parecidos com a moda The Beatles. O estampado de bolinhas era o maior sucesso entre as mulheres. Eram vestidos, blusas e saias de diversas cores repletas de bolinhas brancas. Até os biquínis possuíam estampa de bolinhas, como o cantado pela cantora da Jovem Guarda, Celly Campello, na música: ‘ Biquíni de bolinha amarelinha’. Com o tropicalismo não foi diferente, o movimento encantou aqueles que seguiam as idéias engajadas nas letras de suas músicas e atentaram para modelitos mais extravagantes e chamativos. Eram calças bem folgadas, estampas de flores grandes, sempre enfatizando cores fortes,usadas por Caetano e Gil, além também do cabelo Black Power.

A banda,Os mutantes que também integrava o movimento, partiram para a contra cultura da Jovem Guarda e apostaram em vestuários psicodélicos,como os da América de Anne Klein. As roupas assemelhavam-se as do movimento hippie.O internacional também exporta suas tendências e bombardeiam o país com modelitos que penetram rapidamente na mente, hipnotizando o gosto dos brasileiros.

Elvis Presley, o Rei do Rock Internacional, fazia sucesso com seu topete, calças jeans e jaqueta de couro. A sensação de liberdade estava lançada e moças já usavam calças cigarette. Os ingleses que formavam a banda The Beatles, influenciavam seus fãs não apenas por suas letras, mas também por suas guitarras elétricas e seus paletós sem colarinho, além do cabelo de franjão.

Veja vídeo:









Fonte:http://blogcalaboucodorock.blogspot.com.br

Programa Jovens Tardes de Domingo


Com a proibição da transmissão dos jogos de futebol, em 1965 Roberto Carlos estréia nas tardes de domingo, ao lado de Erasmo e Wanderléa, o programa Jovem Guarda, na TV Record, que daria nome ao movimento. Seguindo padrões norte-americanos, a idéia era oferecer ao telespectador um show de música jovem que seria a versão brasileira do movimento musical liderado pelos Beatles. O programa estréia oficialmente em 05 de setembro de 1965, vira sucesso e faz moda. As gírias lançadas pelos cantores da Jovem Guarda, suas músicas, as roupas que usavam e produtos a eles associados viraram mania nacional (o programa era exibido nas outras capitais em videoteipe, com alguns dias de atraso). Foi a época das expressões ''É uma brasa, mora!'' e ''barra limpa'' e das marcas Calhambeque, Tremendão, Ternurinha e Jovem Guarda em objetos tão diversos como calças, botas, chapéus, cintos, chaveiros, coletes, lapiseiras, porta-cadernos, amplificadores para baixo e fotografias.

No programa, Roberto Carlos arrumava seu microfone, e seus dedos exibiam anéis de ouro e jade, seu pulso carregava uma grossa pulseira com seu nome, seus cabelos eram desafiadoramente compridos para a época. Após uma dose de San Raphael, dizia algumas gírias e curvava o tronco até a altura dos joelhos. O medalhão de ouro saltava da camisa. Ele esticava o braço e anunciava: ''O meu amigo Erasmo Carlos!'' Tinha início o maior show da música juvenil.

Em novembro, o programa Jovem Guarda já tinha 3 milhões de espectadores, só em São Paulo. Passou a ser transmitido ao vivo para São Paulo e em tape para o Rio de Janeiro e Belo Horizonte (MG). Em dezembro já era transmitido para Curitiba (PR) e Porto Alegre (RS).

A influência da Jovem Guarda foi além da música: criou uma nova linguagem, uma nova moda e costumes para a juventude. A linguagem carregada de neologismo, as roupas masculinas, a princípio comportadas, partiram para cores berrantes, camisas floridas e babados para os garotos e mini-saias e maquiagens exageradamente carregadas para as garotas. Tudo acompanhado de exagerados anéis, colares e medalhões. A indumentária, a nova linguagem, os cabelos compridos eram a senha para a liberdade e total quebra de tabus de uma sociedade extremamente rígida e conservadora.

Além do programa e dos discos, Roberto Carlos estrelou filmes inspirados nos Beatles. A roupa e o figurino do início da sua carreira também teve influência da banda britânica. Em 1967, é lançado o seu primeiro longa, Roberto Carlos em Ritmo de Aventura, seguido por Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-rosa (1969) e Roberto Carlos a 300km por Hora (1971).

O iê-iê-iê logo tomou conta das paradas de sucesso, principalmente após o lançamento do disco Jovem Guarda, contendo o megassucesso ''Quero que Vá Tudo pro Inferno'', uma das músicas mais tocadas no Brasil nos dois anos seguintes e que tornou-se o hino do movimento.

A partir de 1965, quando esteve na Argentina e em Portugal, sair do Brasil passou a ser rotina para o cantor, que se viu obrigado a compor nos aviões. Em 1966, seus discos são lançados em português nos Estados Unidos. Em 1968, é o primeiro não-italiano a vencer o Festival de San Remo, interpretando ''Canzone per Te''.

A vez do Tropicalismo, e do romantismo

Em 1968, surge o Tropicalismo. Liderado por Caetano Veloso e Gilberto Gil, agregou as guitarras elétricas e a irreverência às letras mais intelectualizadas, renovando definitivamente a música popular brasileira. Nos anos 70, com o esmorecimento do movimento da Jovem Guarda, Roberto Carlos muda de estilo e torna-se um cantor e compositor basicamente romântico. Neste momento, seu público-alvo deixa de ser o jovem e passa a ser o adulto. Nessa linha, seus grandes sucessos são ''Detalhes'', ''Emoções'', ''Café da Manhã'', ''Força Estranha'', ''Guerra dos Meninos'', ''Fera Ferida'', ''Caminhoneiro'', ''Verde e Amarelo''. Posteriormente, passa a incorporar na música a sua religiosidade, influência da esposa Maria Rita. Músicas como 'Nossa Senhora' passa a compor a extensa lista de sucessos.

Em 1983, inova mas uma vez com o Projeto Emoções, uma excursão por todas as regiões do país. Mais de 800 mil pessoas assistiram a 21 espetáculos que Roberto realizou em 18 cidades de 14 estados do Norte, Nordeste e Centro Oeste. A realização deste projeto não teve paralelo no Brasil, com nenhum outro artista.

Com a morte da esposa Maria Rita em 1999, Roberto se recolhe. Neste ano não lança disco inédito e nem participa da gravação de seu tradicional programa de natal na TV Globo e deixa de se apresentar em público. Só voltaria aos palcos no final do ano seguinte.

Ao longo da carreira, Roberto Carlos fez milhares de shows em centenas de cidades, no Brasil e no exterior, conquistou diversos discos de ouro, recebeu prêmios e condecorações, lançou mais de 40 álbuns que venderam mais de 70 milhões de cópias. Atualmente continua se apresentando com freqüência e todo ano produz um especial que vai ao ar na semana do Natal pela TV Globo, mesma época do lançamento dos seus discos anuais.


julho 23, 2012

A Jovem Guarda e seu início


A Jovem Guarda foi um movimento cultural brasileiro, surgido em meados da década de 1960, que mesclava música, comportamento e moda.

Surgida em agosto de 1965, a partir de um programa televisivo exibido pela TV Record, em São Paulo, apresentado pelo cantor e compositor Roberto Carlos, conjuntamente com o também cantor e compositor Erasmo Carlos e da cantora Wanderléa, a Jovem Guarda deu origem a toda uma nova linguagem musical e comportamental no Brasil. Sua alegria e descontração transformaram-na em um dos maiores fenômenos nacionais do século XX.

Sua principal influência era o rock and roll do final da década de 1950 e início dos 1960,[2] Grande parte de suas letras tinham temáticas amorosas, adolescentes e açucaradas - algumas das quais, versões de hits do rock britânico e norte-americanos da época.

Por essa inspiração, a Jovem Guarda tornou-se o primeiro movimento musical no país que pôs a música brasileira em sintonia com o fenômeno internacional do rock da época, catalisado especialmente pelos Beatles.

Além de Roberto, Erasmo e Wanderléa, destacaram-se no movimento artistas como Ronnie Von, Eduardo Araújo, George Freedman, Wanderley Cardoso, Sérgio Reis, Sérgio Murilo, Jerry Adriani, Evinha, Martinha, Lafayette, Vanusa, além de bandas como Golden Boys, Renato e Seus Blue Caps, Lafayette e seu conjunto, Deny e Dino, Trio Esperança, Os Incríveis, Os Vips e The Fevers.

Fenômeno midiático que arrastou multidões, também designado como iê-iê-iê, em alusão direta à musica dos Beatles, a Jovem Guarda era vista com restrições por setores da crítica, uma vez que sua música era considerada alienada pelo público engajado, mais afeito, primeiro à bossa nova e, depois, às canções de protesto dos festivais.

Vídeo

Quem viveu os anos 60 deve se lembrar da febre provocada pelo programa Jovem Guarda, exibido pela TV Record, na juventude brasileira. Neste vídeo, exibido por ocasião dos festejos relativos aos 50 anos de televisão no Brasil e aos 35 anos da Rede Globo, o cantor e compositor Carlinhos Brown mostra cenas e fala sobre o movimento musical liderado por Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa.

O vídeo também apresenta trechos de canções interpretadas por Ronnie Von, Martinha, Golden Boys e Wanderléa. No final, um bloco especial apresentado por Xuxa traz Roberto Carlos cantando Jovens Tardes de Domingo e Emoções, além de um trecho de Ligia, com Tom Jobim.







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