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RÁDIO NOSSA JOVEM GUARDA: dezembro 2020

dezembro 21, 2020

Um nome fundamental na Jovem Guarda, mas completamente esquecido, é o do compositor Rossini Pinto

O movimento, como se sabe, sobrevivia basicamente de versões e a pessoa que mais fazia versões, batia o recorde, era Rossini; versos que, quase sempre, fugiam totalmente ao título original, mas de beleza encantadora. Quem não se lembra de Pensando Nela, gravada pelos Golden Boys, versão de Rossini Pinto, cujo título original é Bus Stop (Parada de Ônibus)?

Engana-se quem pensa que versão é o mesmo que tradução. Versão, como o próprio nome já deixa claro, é uma tradução livre, a versão que quem compõem tem daquela música. Em verdade, versão é uma nova composição, que aproveita a música original.

E nisso Rossini era “bamba”. Tanto que era requisitado por Renato e seus Blue Caps, Golden Boys, Roberto Carlos, Jerry Adriani e quase todos os da Jovem Guarda; além de, também, compor e cantar.

Pois é. Rossini também tentou a carreira de cantor e fez um relativo sucesso; mas um problema fonoaudiológico (era tato) o impediu de prosseguir carreira. Fosse hoje, quando os cantores não precisam mais cantar e o sucesso se mede pelos órgãos sexuais ou pela fumaça e luzes do palco na hora dos shows e pelos jabás que se dão a alguns programadores das emissoras, com certeza Rossini seria lembrado pelos tantos “especiais” que se fazem sobre a Jovem Guarda, mas não se fala uma linha sobre a importância dele para o movimento.

Profundamente autocrítico e forçado pela situação da época, que exigia perfeição na pronúncia das palavras, Rossini preferiu o sucesso na “contra-regra”, compondo ou fazendo versões, para o delírio das fãs de cantores famosos, entre eles o “rei” Roberto Carlos, numa época em que ainda, ao fim da execução da música, o locutor anunciava, por exemplo: “Roberto Carlos, Só Vou Gostar de Quem Gosta de Mim, de Rossini Pinto”.

Rossini Pinto foi a alma da Jovem Guarda. Merecia pelos menos uma imagem congelada, na telinha da Rede Globo (ou de qualquer outra emissora) nos “especiais” sobre o movimento.




Fonte:portalcorreio.com.br 

dezembro 20, 2020

Cinco doenças que marcaram a história da humanidade

 A história da humanidade é marcada por doenças que atingiram sociedades em diferentes períodos e deixaram marcas profundas nelas por conta da quantidade de mortos. A disseminação de muitas doenças foi catalisadora de transformações significativas e incentivou o desenvolvimento científico com o objetivo de combatê-las e garantir a sobrevivência humana.

Exemplos não faltam, e doenças como varíola, sarampo, tifo, febre tifoide, febre amarela, cólera, aids, ebola, peste bubônica e diferentes tipos de gripe são algumas das que marcaram o desenvolvimento humano em sociedade. Neste texto abordaremos cinco exemplos de doenças que nos atingiram (e ainda atingem) brutalmente.


Varíola

A varíola foi uma das doenças que mais matou seres humanos ao longo da história, causando epidemias e pandemias em diferentes locais.

A varíola é uma doença infectocontagiosa causada por um vírus e conhecida por provocar pequenas lesões na pele do paciente. A doença é transmitida pelas secreções da pessoa infectada. Compartilhamento de objetos e contato com as crostas que a doença causa na pele do paciente também permitem a sua transmissão.

A varíola é uma das doenças que mais causaram epidemias e foi responsável, inclusive, por uma pandemia que se espalhou pelo Império Romano no século II d.C. Acredita-se que a doença tenha surgido na Índia, durante a Antiguidade, alastrando-se pelo mundo e causando estragos por onde passou.

Um primeiro exemplo que podemos fornecer é a já citada pandemia no Império Romano a partir de 165. Esse surto iniciou-se em tropas romanas que estavam instaladas na Pártia, um território romano localizado na Mesopotâmia. Por essas tropas, a doença ganhou o território romano e chegou em Roma em 166.

Ficou conhecida como peste antonina e chegou a causar a morte de cerca de duas mil pessoas por dia em Roma, conforme relato realizado em 189|1|. Acredita-se que tenha sido um surto de varíola porque um médico grego deixou relatos nos quais os sintomas batem com os dessa doença. Acredita-se que cinco milhões de pessoas morreram como consequência da peste antonina.

Um segundo exemplo da ação da varíola deu-se no Japão, entre 735 e 737. A epidemia de varíola no Japão do século VIII iniciou-se em Kyushu, a terceira maior ilha do país, localizada ao sul de Honshu, a ilha principal. Acredita-se que a doença foi levada de Kyushu para Honshu por uma expedição japonesa que retornava da China. Considera-se que 1/3 da população japonesa morreu vítima da doença|2|.

A Islândia, ilha localizada no Atlântico Norte, também sofreu com uma epidemia de varíola. Essa epidemia aconteceu entre 1707 e 1709 e foi responsável pela morte de 25% da população islandesa|3|. Acredita-se que a doença tenha chegado à Islândia por meio dos objetos de um islandês que morreu da doença no retorno de uma viagem à Dinamarca.

Aqui no Brasil, o primeiro registro dessa doença remonta a 1563, quando um surto epidêmico surgiu na ilha de Itaparica, alcançando Salvador. A varíola tinha mortalidade muito alta entre os indígenas, afetando-os tanto aqui no Brasil quanto em outros locais do continente americano.


Peste bubônica

A peste bubônica é uma doença causada pela bactéria Yersinia pestis, que é encontrada em ratos e é transmitida ao ser humano quando sua pele é picada pelas pulgas que estavam nesses animais contaminados. Depois que um ser humano contrai a doença, ele pode transmiti-la pelas suas secreções.

A peste bubônica teve como maior exemplo a pandemia que atingiu a Europa, o norte da África e parte da Ásia, durante o século XIV. Entre os europeus, a doença foi chamada de peste negra, sendo responsável pela morte de cerca de 50 milhões de pessoas entre 1347 e 1353. A dimensão da peste negra fez dela um catalisador de transformações profundas na Europa medieval.

Acredita-se que essa doença tenha surgido em algum lugar da Ásia Central, e a pandemia do século XIV não foi o primeiro exemplo de um surto dela. Na Bíblia, por exemplo, no “Livro de Samuel', fala-se de uma doença causada por ratos que assolou os filisteus. Os especialistas acreditam que se tratou de peste bubônica.

Além disso, houve um surto de peste bubônica entre os bizantinos entre 541 e 544. Acredita-se que a peste justiniana, como ficou conhecida, tenha surgido na região do delta do Nilo, espalhando-se pelo território bizantino a partir de 541. Estudiosos do assunto falam que em Constantinopla, capital do Império Bizantino, o pico da doença possa ter causado 10 mil mortes por dia|4|.

No século XIV, a doença retornou ao continente europeu, sendo trazida por genoveses que fugiam de Caffa, uma colônia de Gênova na Crimeia. A cidade havia sido cercada por tropas tártaras que estavam sucumbindo a um surto da peste. Caffa foi contaminada, e os genoveses levaram a doença para locais como Sicília, Marselha e Gênova. Daí ela se disseminou, por terra, pelo continente europeu.

A peste negra causou transformações significativas nos aspectos sociais, políticos e econômicos na Europa. Os laços da servidão enfraqueceram-se, os salários aumentaram, e o comércio modificou-se. Cidades foram abaixo perante o caos pela falta de governantes. No imaginário popular, consolidou-se ideias acerca da fragilidade humana e do triunfo da morte. Esse imaginário deu origem a uma série de representações conhecidas como Dança da Morte.

Outros surtos de peste bubônica aconteceram na Europa nos séculos seguintes. A capital inglesa, Londres, sofreu um deles entre 1665 e 1666, e estima-se que até 100 mil pessoas (de um total de 420 mil habitantes) possam ter morrido da doença|5|. Outro exemplo deu-se em Marselha, onde um navio vindo da Síria trouxe a peste para a França, em 1720, e o resultado foi que a doença causou a morte de 40 mil pessoas (de um total de 90 mil habitantes)|6|.


Gripe espanhola

Acredita-se que a gripe espanhola tenha surgido nos Estados Unidos, em 1918, sendo responsável pela morte de, pelo menos, 50 milhões de pessoas.

A gripe espanhola foi como ficou conhecida uma mutação do vírus influenza que surgiu em 1918 e causou estragos até meados de 1919. A doença tinha sintomas idênticos aos de uma gripe comum, como tosse, coriza, febre e dores de cabeça. Nos casos mais graves, resultava em complicações como diferentes tipos de pneumonia.

Os historiadores não sabem traçar o local preciso de onde a doença tenha surgido, mas acredita-se que tenha sido nos Estados Unidos, então espalhado-se pelo mundo pelas tropas desse país que eram enviadas para os campos de batalha durante a Primeira Guerra Mundial. A doença atuou em três ondas, sendo a segunda a mais contagiosa e a com maior taxa de mortalidade.

A doença teve um impacto significativo na guerra, mas sua repercussão entre as tropas era abafada pelas nações beligerantes para evitar que o moral dos combatentes caísse. Acredita-se que no exército alemão, por exemplo, tenham adoecido 500 mil soldados em junho de 1918|7|. A doença também prejudicou tropas inimigas dos alemães, como os franceses.

A doença ficou conhecida por esse nome pela repercussão realizada pela imprensa espanhola a seu respeito, pois, como o país não lutava na guerra, as notícias da doença foram informadas ao mundo pelos jornalistas espanhóis.

A medicina da época não sabia o que causava a doença porque não havia tecnologia suficiente para observar o vírus. O tratamento era feito apenas como forma de amenizar os sintomas, e as infecções causadas não eram combatidas propriamente porque não existiam antibióticos no começo do século XX.

Aqui no Brasil, a doença chegou em setembro de 1918, durante sua segunda onda, e afetou todas as regiões do país. Os dois locais mais afetados foram São Paulo e Rio de Janeiro, as duas maiores cidades do país no começo do século. Ao todo, a gripe espanhola causou a morte oficial de 35 mil brasileiros, estando entre eles Rodrigues Alves, vencedor da eleição presidencial de 1918. Ao todo, a gripe foi responsável pela morte de, pelo menos, 50 milhões de pessoas no mundo.


Aids

A partir de 1981, o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) começou a registrar um aumento nos casos de doenças raras e identificou que muitos homens previamente saudáveis desenvolveram pneumonia e câncer. Os estudos médicos logo identificaram que nesses pacientes o sistema imunológico estava severamente enfraquecido.

As pesquisas desenvolvidas para desvendar o que estava por trás desses casos caracterizaram-nos, em 1982, como Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (Acquired Immune Deficiency Syndrome ou Aids, no inglês). No ano seguinte, soube-se que o causador da doença era o vírus da imunodeficiência humana (Human Immunodeficiency Virus ou HIV, no inglês).

A década de 1980 ficou marcada pelo início do que hoje é considerado uma pandemia. Os casos de aids multiplicaram-se pelos Estados Unidos e pelo mundo, fazendo com que 75 milhões de pessoas tenham sido infectadas com essa doença até 2018. Desse total, cerca de 32 milhões faleceram|8|. Aqui no Brasil, estima-se que 900 mil pessoas tenham contraído aids.

A aids é uma doença transmitida por meio dos fluídos do corpo, tais como sangue e sêmen. Assim, ela pode ser transmitida por meio do compartilhamento de seringas, da transfusão de sangue, da relação sexual sem proteção e de mães grávidas portadoras do HIV, que podem passar a doença para os seus filhos.


Ebola

Outra doença descoberta recentemente e que causou grande impacto nos locais onde se manifestou foi a ebola. A doença causada pelo vírus ebola foi identificada, pela primeira vez, no Sudão e na República Democrática do Congo, dois países localizados no continente africano. Os cientistas falam que o portador do vírus ebola pode ser um morcego que o transmite para outros animais.

O ser humano contrai a doença quando manipula cadáveres de animais infectados. A partir daí, a transmissão de um humano para outro pode ocorrer por meio dos fluídos do corpo, como saliva, suor, leite materno e sangue. Por isso, trata-se de uma doença altamente contagiosa e que já causou surtos epidêmicos significativos no continente africano.

Placa no Congo informando que aquela área está contaminada com o vírus causador de ebola.

O caso mais grave aconteceu entre 2013 e 2016, na região da África Ocidental, atuando, principalmente, na Libéria, em Serra Leoa e no Guiné. Nesse surto epidêmico, estima-se que quase 29 mil pessoas foram infectadas, das quais mais de 11 mil faleceram. Atualmente, existe um surto epidêmico acontecendo na República Democrática do Congo que já conta com mais de 2200 mortos.

A ebola é considerada uma doença grave e causa sintomas como febre alta, dores no corpo, vômito e sangramento. Não existe tratamento e cura para ela, e é uma doença com alto índice de mortalidade. Os médicos também falam de graves sequelas que ela deixa naqueles que se recuperam. Entre essas sequelas estão: dores nas articulações e até problemas de visão e audição.


Fonte historiadomundo.com.br

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