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RÁDIO NOSSA JOVEM GUARDA: agosto 2015

agosto 25, 2015

Artistas da Jovem Guarda recusam rótulo de alienados durante ditadura militar

Erasmo Carlos defende movimento, do qual foi estrela ao lado de Roberto: ''Depende do que você chama de alienado. Podemos ter contribuído para a liberdade dos jovens mais do que cantores da MPB''


Na fila da absolvição há 50 anos, a Jovem Guarda deve ser a próxima a ser atendida. A lista dos injustiçados pela história, vítimas de contextos que o tempo desbota até que se tornem irrelevantes, já foram absolvidos de seja lá o que podem ter feito artistas em carne e osso ou em memória, como Wilson Simonal, Odair José, Wando, Sidney Magal, Ronnie Von e Guilherme Arantes. Outros, como os sertanejos, os sambistas românticos e mesmo a cena da axé baiana dos anos 1990, andam com o processo para os pedidos de perdão e a subsequente purificação de suas almas aberto.


A Jovem Guarda é um caso ainda mais sério por se tratar de um coletivo vítima de genocídio cultural praticado pela crítica, pelos acadêmicos e pela própria classe artística. Em anos de regime ditatorial e de afirmação de uma linguagem musical brasileira dominante e contestadora, todos foram dormir de cabeça quente na noite de 22 de agosto de 1965 - há exatos 50 anos - dia em que a TV Record anunciou a estreia do 'Programa Jovem Guarda'.

O auditório da Record, na Rua da Consolação, sediou o escândalo. Erasmo Carlos, chamado para apresentar o programa, disse que só toparia se a direção trouxesse também um amigo seu do Rio de Janeiro, um cara calmo, mas muito bacana, chamado Roberto. As mulheres ao lado dos homens eram praxe nas receitas de sucesso dos programas de auditório, a exemplo do que Elis Regina fazia no 'Fino da bossa' com Jair Rodrigues. Assim, depois de algumas tentativas que incluíram até a comportada Celly Campello, chegou-se ao nome de Wanderléa.

Dois ou três programas depois e a terra já tremia. Um recorde de audiência colocava três milhões de pessoas na frente dos televisores em dias de programa. Botas, jaquetas, saias e bonecas passaram a ser comercializadas em escala industrial com o selo JG. As maiores vendagens de discos eram atingidas desde a chegada das companhias ao Brasil. E começou então o bombardeio das forças aliadas.

Uma passeata saiu pelas ruas de São Paulo, pedindo o fim das guitarras elétricas na música brasileira. À frente, de braços dados, iam Gilberto Gil, Edu Lobo, MPB4 e Elis Regina. Os "alienígenas" tinham de ser combatidos. A música que faziam era qualificada de "lixo importado dos Estados Unidos", as letras eram "vazias" e a atitude, indesculpavelmente alienante.

Como uma verdade encravada na história a golpes de marreta, tais acusações se cristalizaram por anos, até que os próprios artistas começaram a se defender, algo que nunca fizeram na época, e suas histórias passaram a ser reavaliadas.

"Não acho que eram alienados até porque falavam com um público muito jovem. Eles cantavam para uma plateia com crianças de 12, 13, 15 anos, pessoas que não viam o Jornal Nacional, que não tinham internet, que eram muito mais ingênuas do que os adolescentes de hoje", diz Marcelo Fróes, produtor e autor do livro 'Jovem Guarda em ritmo de aventura', lançado em 2004.

"A ditadura que vivíamos era dentro de nossas casas. Não éramos politizados, como uma criança não poderia ser", disse Wanderléa em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, em março de 2014. Erasmo, também em entrevista ao "Estado", analisou o perfil dos artistas: "Ao contrário do público e dos cantores da MPB, muitos deles universitários, filhos da alta sociedade, com pedigree, nós da Jovem Guarda não tínhamos escolaridade nenhuma. Minha mãe veio grávida da Bahia até o Rio sozinha. O único jornal que havia em casa era o Jornal dos Sports".

Quer dizer então que vocês eram mesmo alienados? "Depende do que você chama de alienado. Podemos ter contribuído para a liberdade dos jovens mais do que muitos cantores da MPB. Caetano Veloso já disse que Quero Que Vá Tudo pro Inferno fez mais pelo País do que qualquer canção de protesto daquela época."







Fonte:UAI

agosto 24, 2015

Erasmo Carlos sobre alcoolismo: "Às 9h da manhã já estava bebendo"

 Em entrevista concedida a Revista Quem o cantor fala do vício da bebida e da Jovem Guarda



Em sua casa na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, Erasmo Carlos guarda recordações de uma carreira que já atravessa meio século. É ali, entre discos e fotos, que o cantor fala sobre a dura realidade de viver sem o filho do meio, o músico Alexandre Pessoal, o Gugu, que morreu aos 40 anos em um acidente de moto no ano passado. “Não é a mesma coisa, falta a alegria dele”, diz, emocionado. “Foi uma fatalidade.” Gugu era afilhado de Roberto Carlos, amigo e parceiro de décadas de Erasmo. “Eu e Roberto ainda temos duas músicas inéditas. No dia em que ele resolver gravar, ele grava”, afirma Erasmo, em turnê com Meus Lados B, com suas canções menos conhecidas.

Sua trajetória na Jovem Guarda, movimento que ele considera injustiçado, estará em Minha Fama de Mau, filme com Chay Suede no papel do cantor, que deve ser lançado em 2016. Antes, os fãs conferem sua vitalidade no Rock in Rio 2015, em dois momentos: 18 de setembro, no Palco Mundo, em show celebrando os 30 anos do festival; e no dia 26, no Palco Sunset, ao lado do Ultraje a Rigor. Nas horas vagas, Erasmo, que há quatro anos tem uma namorada, Célia – mas não fala muito sobre ela –, confessa não perder a novela das 9. E expõe sua vaidade: “Tenho horror a sobrancelha despenteada!”.

QUEM:  Como é a rotina na estrada?
ERASMO CARLOS: Faço de três a 15 shows por mês. Apresentar-se todo dia é fácil, é só você diminuir seu preço. Mas para manter uma linha de profissionalismo é preciso selecionar. Quanto ao cansaço físico, com duas horas de sono estou bem. Tento ficar em paz com minha cabeça, pois é ela quem leva o corpo aonde dá. Também não bebo mais. Tomo só uma dosezinha de uísque antes do show para descontrair.

QUEM:  Há quanto tempo parou de beber para valer?
EC: Há uns 15 anos. Tudo que fiz, as coisas certas e as erradas, foram boas porque me formaram, e amo o homem que sou hoje. Mas a bebida se transformou em um entrave na minha vida, me atrapalhou muito.

QUEM:  Diria que foi um alcoólatra?
EC: Claro que fui, deveria até ser criada outra denominação para o que eu fui. Às 9h da manhã eu já estava bebendo vodca, uísque, cachaça, qualquer coisa. A dependência é terrível, você se anula como ser humano, vira o chavão do farrapo humano, perde o respeito por si mesmo e ainda mais pelos outros. Há ainda consequências: pânicos, delírios. O alcoolismo é uma doença.

QUEM:  O que fez você parar?
EC: Foi a consciência, a minha família, ver meus netos nascendo. A vida foi me mostrando que ela é bonita, sempre nasce e renasce. Não foi um estalo, mas uma evolução.

QUEM:  Como é o Erasmo avô e pai?
EC: Meus netos contam comigo para qualquer coisa, mas nunca dei palpite na educação deles. Os meus filhos foram educados com amor, que é e sempre foi a base da minha vida. É o amor que fortalece o ser humano e a família. Convivo muito com meus filhos, Gil, que é baterista, e Leonardo, que cuida da minha vida e da gravadora. Estou aprendendo a viver sem o Alexandre, que morreu.

QUEM:  Consegue?
EC: Tem que tocar a vida. Primeiro é entender que foi uma fatalidade. Depois, é aprender a conviver sem as coisas dele. Isso é difícil. Estou cercado de bilhetes e discos do Alexandre, o quarto dele de solteiro aqui em casa ainda está aí. Minha nora levou algumas coisas, mas não me desfiz de nada ainda. Quando a gente se encontra hoje e vai jantar fora, a mesa não é a mesma coisa, o churrasco que a gente faz não é o mesmo... Falta a alegria dele.

QUEM:  Alguma vez se perguntou: “Por que eu”?
EC: Não, jamais. Isso é o fim do egoísmo humano. É uma coisa terrível quando a pessoa diz: “Por que eu, por que não com outra pessoa em vez do meu filho?”. São pensamentos que expulso da minha cabeça. Mas o filho ir antes do pai foge da ordem natural das coisas, é uma dor muito grande. O que é ruim também acontece com todo mundo. A minha cota eu tenho que saber administrar. Não posso achar que é só comigo ou que sou azarado.

QUEM:  Como lidou com essa perda? Fez terapia?
EC: Nem terapia, nem remédio, nem padre. O meu remédio é meu trampo. Todo mundo tem um analista que não custa nada: o próprio travesseiro. Ele é analista para pensar nas coisas, botar a vida em dia e fazer análise sem freios nem orgulhos.

QUEM:  Como é a relação com fãs?
EC: Quando comecei a trabalhar com internet, me assustei com a agressividade. Era chamado de zumbi, diziam que se eu levantasse as mãos Jesus chamaria, que se fechasse os olhos minha família começaria a rezar. Ninguém falava que minha música era ruim, só da velhice. Hoje até acho certas brincadeiras criativas, mas na época fiquei injuriado. Estava acostumado com tapinha nas costas, porque ao vivo não agridem você.


QUEM:  Você já disse que usou drogas. Nunca teve medo?
EC: Nos anos 60, estava todo mundo conhecendo a coisa, que chegou com a contracultura. E, quando a gente é jovem, não tem medo de nada. Você se joga de uma montanha porque, se alguém diz que vai criar asas no meio do caminho, você acredita. É coisa da idade.

QUEM:  Hoje tem medo de quê?
EC: De nada. Não tenho medo da morte, mas da forma de morrer, porque não quero dar trabalho algum aos outros e também não quero sofrer muito.

QUEM:  Você sempre foi vaidoso. Quais são as suas vaidades hoje?
EC: Tenho horror a sobrancelha despenteada! Quem quiser que use e faça até tranças de Rapunzel, mas eu não acho legal. Não tenho cuidados, uso só desodorante, perfume e sabonete. Não sigo a moda. Nada para mim é novidade, tudo já fiz. A única coisa que me recuso a vestir é calça saruel, a pior invenção até hoje. Cabelo eu já nem ligo mais, até porque não tenho (risos).

QUEM:  Depois de sua ex-mulher, Nara (morta em 1995), encontrou um novo amor?
EC: Tenho alguém, meu coração está muito bem cuidado. Sou um sonhador, acredito em encontro de mercado, duas pessoas se esbarrando, compras no chão. Não saio por aí caçando mulher, queria que as coisas acontecessem naturalmente. Aí veio (o amor) e caiu na minha vida. Há quatro anos sou namorado da Célia...

QUEM:  Pode falar de Célia?
EC: Há coisas da minha vida que ninguém nunca vai saber.

QUEM:  Você é romântico?
EC: Do meu jeito, eu sou. Se o piegas é legal, é para ser piegas. Mando flores, faço bilhetinhos mil. O rock é uma linguagem universal, mas na hora do amor nada como uma música tranquila. Fazer amor com heavy metal não dá.

QUEM:  Qual é a concepção mais errada que as pessoas têm da Jovem Guarda?
EC: É pensar que ela não contribuiu em nada para o Brasil. Isso é uma grande injustiça, porque as batalhas não se dão apenas com quem está na frente. A gente contribuiu com nossa proposta, facilitando a liberdade individual, embora o movimento não seja reconhecido pela intelectualidade.

QUEM:  Em algum momento imaginava a dimensão da Jovem Guarda?
EC: Não. Era uma festa, uma brincadeira que dava certo e com a qual se ganhava dinheiro. Ninguém tinha noção de nada.

QUEM:  No primeiro Rock in Rio, em 1985, você foi vaiado pelo público. Como encarou?
EC: Eu e vários outros. Foi um choque, cantamos no dia dos metaleiros. Mas fiz outras edições do festival muito boas, como a de 2011, no Rio, e a de 2012, em Lisboa. Foi um bálsamo de felicidade, um público de crianças e famílias, com o astral que eu queria em 1985. Estou animado em tocar com o Ultraje. Adoro a banda, que tem a irreverência e o deboche de que eu gosto muito.

QUEM:  Você já tocou com muita gente. É verdade que seu sonho é fazer um show com João Gilberto?
EC: João Gilberto? Quem sou eu para fazer show com ele! Nunca vi João no palco e nem vou. Ele não gosta de barulho, e sou do tipo que, se é para fazer silêncio, fico com vontade de tossir (risos).









Fonte:revistaquem.globo.com

agosto 21, 2015

Brasília de graça: show celebra os 50 anos da Jovem Guarda

Sucessos do movimento musical liderado por Roberto Carlos serão relembrados

Este sábado (22) marcará os exatos 50 anos da estreia do programa "Jovem Guarda", na TV Record de São Paulo. No palco, em 1965, Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa apresentavam aos brasileiros a cara do movimento musical que iria contagiar a juventude da época.

Para comemorar as letras inesquecíveis, o shopping Deck Norte oferecerá ao público um show gratuito com a banda Radicais Livres, reunindo os maiores sucessos do estilo que ficou conhecido como a "Beatlemania brasileira".

— Queremos comemorar a data em grande estilo também aqui em Brasília. E a banda Radicais Livres sempre focou nas músicas dos anos 60, especialmente as da Jovem Guarda. Vai ser uma brasa, mora, diverte-se o superintendente do Deck Norte, Renato Horne.

Serviço


50 ANOS DA JOVEM GUARDA

Show com a Banda Radicais Livres

Dia: 22 de agosto de 2015 (sábado)

Horário: 20h

Local: Praça de Alimentação do Shopping Deck Norte (SHIN CA 1, Bloco A, Lago Norte)

Classificação indicativa livre

Entrada gratuita

agosto 18, 2015

'Os Incríveis' comemora 50 anos da Jovem Guarda no palco do Clube Piratininga em SP

O Dida Club anuncia para a noite do próximo dia 22 de agosto, no tradicional "Baile do Dida", no Clube Piratininga, a realização do show especial em comemoração aos "50 anos da Jovem Guarda", com a apresentação da banda "Os Incríveis". A festa também contará com show da banda Vera Cruz e set list do DJ Willian Walbaum.

Com decoração e muitos efeitos especiais, a noite de festa terá início às 21h ao som dos melhores hits da época a serem discotecados pelo DJ Willian, residente das festas que acontecem todos os sábados no clube. Com cerca de 90 minutos de apresentação, "Os Incríveis" darão início ao show às 0h30 e, posteriormente, o  público confere a apresentação da Banda Vera Cruz.

A banda "Os Incríveis, que neste ano também comemora seus 50 anos de trajetória musical promete agitar o público ao relembrar grandes hits, como: "Era um garoto que, como eu, amava os Beatles e os Rolling Stones", "Eu te Amo, Meu Brasil", "Marcas do que se foi", Vendedor de Bananas", "O Milionário", entre outros.

Com mais de 50 discos gravados, 15 milhões de cópias vendidas e três mil shows pelo País, o conjunto traz em sua formação atual, os músicos Netinho, Sandro Haick, Wilson Teixeira, Rubinho Ribeiro e Leandro Weingaertner.

Os Incríveis - História

Conjunto de destaque na cena do rock e pop dos anos 1960 e 1970, a banda formada em São Paulo pelos músicos: Domingos Orlando, o "Mingo"; Waldemar Mozena, o "Risonho"; Antônio Rosas Seixas, o "Manito"; Luiz Franco Thomaz, o"Netinho" e Demerval Teixeira Rodrigues, o "Neno" que posteriormente em 1965 foi substituído por Lívio Benvenuti Júnior, "Nenê".

Com nome inicial The Clevers, a banda passou a se chamar "Os Incríveis" em 1965, se transformando em um dos sucessos nacionais no período da Jovem Guarda. Em meados dos anos 70, os integrantes do conjunto optaram com carreiras separadas, tendo somente em 2005 realizado um reencontro dos músicos.

O retorno concretizou-se no final de 2007, para preparação de um novo álbum lançado Além de canções inéditas dando sequência à carreira, fizeram também algumas regravações com novos arranjos. Atualmente a banda é formada por Netinho, Sandro Haick, Wilson Teixeira, Rubinho Ribeiro e Leandro Weingaertner.

Serviços:

"Os Incríveis - 50 anos da Jovem Guarda" - Clube Piratininga - Alameda Barros, 376 - Higienópolis, São Paulo (SP). ; Quando:  22 de agosto, a partir das 20h (início do primeiro show às 23h).  Atrações: Banda Os Incríveis, Banda Vera Cruz e DJ Willian Wallbaum. Ingressos: R$ 50,00 (individual). Pacote de mesa com 4 ingressos: R$ 200,00 (Duzentos reais). Onde comprar: pelo site dida@didaclub.com.br, com taxa de 10% no valor da compra ou no Clube Piratininga (Dida Club),   de segunda-feira a  sábado, das 14h às 21h Informações: (11) 3666-0376  ou  www.didaclub.com.br






Fonte:www.dci.com.br

agosto 07, 2015

Tributo à Jovem Guarda traz ícones dos anos 60 a Santos SP

Wanderley Cardoso, Martinha e a banda Os Vips são atração da homenagem aos pais

Wanderley Cardoso cantará seus maiores sucessos


O Memorial Metrópole Ecumênica, em Santos, promove uma homenagem ao Pais neste domingo (9), às 19h.

O Tributo à Jovem Guarda contará com os ícones da música  dos anos 60 como Wanderley Cardoso, Martinha e a banda, e Os Vips.

Entre os grandes sucessos os cantores apresentam: Eu te amo mesmo assim, Eu daria minha vida, Nossa canção, As curvas da Estrada de Santos, Jovens Tardes de domingo, Fama de Mau, com Martinha; Preste Atenção, Vem ficar comigo, Doce de coco, História de Amor, Diana, Meu amor brigou comigo, O bom rapaz, Era um garoto e Festa de arromba, com Wanderley Cardoso; e Menina linda, Emoção, La Bamba, É preciso saber viver, Esqueça, Namoradinha de um amigo meu e Parei na contramão, com os Vips.

Antes, às 17h30, haverá a apresentação com o grupo de violões Cordas Bancárias, regido pelo maestro Manzione. E celebração de missas às 9, 11 e 16h. Gratuito.

O Memorial fica na Av. Nilo peçanha, 50, em santos.





Fonte:www.atribuna.com.br

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