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RÁDIO NOSSA JOVEM GUARDA: agosto 2012

agosto 31, 2012

Cantora Waldirene: A garota papo firme do Roberto


Anabel Fraracchio a Waldirene, nasceu em SP- 24/9/1948 , começou a se apresentar com a família aos oito anos de idade.

Ficou conhecida como "A garota do Roberto".


Com o nome artístico de Waldirene, começou a se apresentar sozinha em 1966 cantando em clubes como Santa Mônica, Congregação Israelita e Hípica Paulista, todos em São Paulo.

Foi atração do programa Sílvio Santos.
Foi lançada por Ademar Dutra como a "mais promissora artista da nova safra da Jovem Guarda" e logo em seguida contratada pela RCA Victor.

Em 1966, lançou seu primeiro disco, um compacto simples com "Eu te amo, tu me amas".
Em 1967, gravou "Garota do Roberto", seu maior sucesso, de Carlos I mperial e Eduardo Araújo, e "Só vou gostar de quem gosta de mim", de Rossini Pinto.

Foi em seguida convidada por Roberto Carlos e atuou no programa "Jovem Guarda" na TV Record, sendo anunciada carinhosamente por Roberto Carlos como "Garota papo firme". Gravou em uma coletânea a música "Vem quente que eu estou fervendo", considerada uma ousadia na época. Seu terceiro compacto apresentou "Tempestade em copo d'água", de Nilton César e "Nem sei o que faço", de Roberto Correa.

Em 1968, lançou seu primeiro LP no qual destacaram-se as músicas "Eu preciso de carinho" e "Dó ré mi", lançadas também em compacto simples. No final do mesmo ano, lançou outro compacto simples com "Suas mãos" e "Torta de morangos".

Com o fim o programa "Jovem Guarda" e o declínio do movimento enveredou pela música romântica. Gravou alguns compactos e um LP pela Continental. Lançou ainda um LP pela Tapecar no início dos anos 1970.

Na década de 1990, foi uma vez vencedora no Festival de Vîna del Mar, no Chile.
Em 1995, quando das comemorações dos 30 anos da Jovem Guarda foi uma das artistas que mais atuou na criação e divulgação dos eventos comemorativos.


Em 2005, participou de diversos eventos e shows comemorativos dos 40 anos da Jovem Guarda, como o projeto "Festa de arromba- 40 anos da Jovem Guarda", apresentado durante todo o mês de agosto, noTeatro II do CCBB (Centro Cultural do Banco do Brasil), no Rio de Janeiro, passando também por Brasília e São Paulo, no qual fez dupla com Jerry Adriani, em temporada de 3 dias, alternada com outros expoentes da Jovem Guarda, que também se apresentaram em duplas, como Erasmo Carlos e Wanderléa, Golden Boys e Vanusa,Wanderley Cardoso e Martinha.

Nesse período, com agenda lotada, a cantora participou de gravações, shows e programas comemorativos por todo o Brasil.

Discografia
Eu te amo, tu me amas (1966) RCA Compacto simples

Eu gosto demais de você/Traços de amor/Meu benzinho/Volte meu bem (1967) RCA Compacto duplo

Tempestade em copo d'água/Nem sei o que faço (1967) RCA Compacto simples

Garota do Roberto/Só vou gostar de quem gosta de mim (1967) RCA Compacto simples

Waldirene (1968) RCA LP

Eu preciso de carinho/Dó ré mi (1968) RCA Compacto simples

Suas mãos/Torta de morangos (1968) RCA Compacto simples

Waldirene (1970) Tapecar LP


Obs. Você pode dar uma pausa na música de fundo do blog na barra logo abaixo da sua tela
Waldirene - Meu benzinho


Na trilha da Jovem Guarda


Falar de Jovem Guarda é muito mais do que falar de um programa, apresentado por Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa, que transformou, a partir daquele inesquecível agosto de 1965, as ociosas tardes de domingo, em jovens tardes de velhos tempos, belos dias...

Falar em Jovem Guarda é falar de um movimento musical que revolucionou, por inteiro, a música popular brasileira, na década de 60.

De uma frase do líder revolucionário soviético Vladimir Ilich Lênin: “o futuro pertence à jovem guarda, porque a velha está ultrapassada”, surgiu a idéia do publicitário Carlito Maia, para o nome Jovem Guarda.

Muito mais do que alguns programas de TV, inúmeros show e milhares de discos gravados , uma revolução, a marca de uma geração que começava a buscar seu lugar ao sol...
Na verdade, a Jovem Guarda foi a materialização de tudo aquilo que os pioneiros do rock brasileiro sempre sonharam. Nascia a música pop brasileira, movida a guitarras, provocando, pelas ruas do país inteiro, a mesma revolução romântica que os adolescentes de Londres ou da Califórnia experimentavam a bordo da Beatlemania.

Aparentemente ingênua, a poesia da Jovem Guarda falava a milhões de brasileiros com uma linguagem simples, direta, popular. O universo poético do iê-iê-iê brasileiro permitia a paixão por carros, sejam eles calhambeques, Ford bigodes, vermelhos ou não; permitia estilos diferenciados onde usar cabelo na testa, anel brucutu, botinha sem meia e calça boca de sino era o maior “barato”. Ao mesmo tempo, ao retratar a solidão das grandes metrópoles, os amores impossíveis, e seus tipos estranhos, esse universo poético transformou tudo em uma doce mistura entre o saudosismo dos anos 50 e a contemporaneidade pop dos super-heróis, revistas em quadrinhos e seriados de TV.

De irreverentes a românticos, cada um teve seu papel dentro do contexto Jovem Guarda. Enquanto Erasmo Carlos assumia o papel de Tremendão, encarnando, com sua Fama de Mau, o lado irreverente do Movimento; Roberto Carlos, com certeza, foi o poeta popular que confortou a alma jovem, dando-lhes a esperança de que é possível, sim, se apaixonar, sinceramente, por alguém.


O fato é que, em meados dos anos 60, não existia nenhum tipo de análise sócio-cultural ou artística que mostrasse a realidade da Jovem Guarda como um movimento cultural importante. De repente, não havia mais adultos em formação ou crianças crescidas. Havia jovens, dando as cartas e protagonizando uma nova era para a história da MPB.


E isso mexeu com a chamada “MPB tradicional” ou “intelectualidade oficial”, levando diversos expoentes de um outro movimento intitulado “bossa nova”, a organizarem verdadeiras manifestações de “guerra ao ie-ie-ie de Roberto Carlos e a Jovem Guarda”.

Como curiosidade, um dos grandes micos da história da música popular brasileira foi quando um grupo de artistas, adeptos da Bossa Nova, e encabeçados por Elis Regina, Jair Rodrigues, Edu Lobo, Geraldo Vandré e MPB-4, acompanhados por um constrangido Gilberto Gil, saiu às ruas, numa manifestação que ficou conhecida como “Passeata contra as guitarras elétricas.” Mesmo apresentada como um protesto contra a “invasão da música estrangeira”, a manifestação não atraiu artistas mais abertos como Caetano Veloso, Nara Leão e Chico Buarque. Pegou mal...

E como tudo tem seu tempo, (afinal Roberto Carlos começou tocando bossa nova, em violão acústico...) , alguns anos mais tarde, restou à musa Elis Regina, redimir-se do “mico” gravando sucessos do Rei, como “As curvas da Estrada de Santos”. Essa foi a primeira música de Roberto gravada por um artista consagrado.

Seria o Fino da Bossa rendendo-se aos acordes elétricos da Jovem Guarda ou o seu tardio reconhecimento como um movimento que representou a bandeira de todos os jovens do Brasil ?

OS GRANDES ÍDOLOS DA JUVENTUDE:



Quando a Jovem Guarda entrou no ar, naquele inesquecível 22 de agosto de 1965, e as tardes de domingo ficaram mais jovens, o cenário do Movimento era só um: Roberto Carlos era O Rei; Erasmo Carlos, o Tremendão; Wanderléa, a Ternurinha. Wanderley Cardoso era O Bom Rapaz; Eduardo Araújo, O Bom; Jerry Adriani, o Italianíssimo; Martinha, o Queijinho de Minas, Rosimary, A Boneca Loira que canta; e Ronnie Von, o Pequeno Príncipe, numa irônica provocação da mídia ao Rei Roberto Carlos. Além dos ícones, rapidamente transformados em ídolos, integraram a Jovem Guarda, grupos de rock instrumental, duplas vocais e intérpretes que entrariam para a história do Rock brasileiro.

Intérpretes: Sérgio Reis, Ed Wilson, Boby Di Carlo (o do “Tijolinho”), Antônio Marcos, Paulo Sérgio e as cantoras Meire Pavão, Cleide Alves, Silvinha, Vanusa e Waldirene, a garota papo firme que o Roberto falou...

Grupos : The Bells, The Jordans, The Jet Blacks, Os Brasas, The Clevers (depois, Os Incríveis), Os Jovens, The Angels (depois, The Youngsters), The Brazilian Bitles, The Fevers.

Duplas e Grupos Vocais: Os Vips, Deny e Dino, Leno e Lílian, Tha Golden Boys, Renato & seus Blue Caps; Os Caçulas, Trio Esperança, Os Iguais (que revelou Antônio Marcos).

A Jovem Guarda teve sua geração de compositores como Getúlio Cortês (de “Negro Gato”, gravada por Roberto), Leno, Lílian Knapp, Carlos Imperial, Roberto e Erasmo, e Helena do Santos.

Mas, assim como a palavra de ordem era uma adaptação do “yeah,yeah,yeah” dos Beatles, a maioria dos sucessos da Jovem Guarda veio mesmo de versões de sucessos do rock americano, britânico, italiano e até japonês. Tudo, em função da rápida massificação e industrialização do Movimento. Os grandes versionistas foram Renato Barros, Rossini Pinto e Erasmo Carlos.

Entre as bandas, curiosamente, as principais eram egressas do rock instrumental e da surf music.
Os Youngsters, que gravaram com Roberto Carlos, o clássio É proibido Fumar, de 1964) eram The Angels, no início dos anos 60.

Esse também foi a trajetória de um grupo que começou em 1960 com o nome esquisito de Bacaninhas do Rock da Piedade e se transformou na principal formação musical da Jovem Guarda: Renato & Seus Blue Caps.

Os Incríveis, talvez a melhor reunião de bons músicos da Jovem Guarda, atendiam por The Clevers. Uma curiosidade que poucas pessoas sabem é que o grupo de rock brasileiro dos anos 70, conhecido por Casa das Máquinas, foi formado por alguns integrantes de Os Incríveis. Apesar de sintonizados com a Beatlemania que assolava o planeta, o iê-iê-iê compartilhava muito mais influências do que reproduzia o som dos Beatles.

A partir de 1966, quando alguns sucessos da Jovem Guarda chegaram a Portugal, França, Argentina, México e Uruguai, o Movimento conquistou uma enorme capacidade de multiplicação, fazendo brotar um novo grupo de guitarras em cada esquina. Era a “explosão das garagens”, onde as bandas de fundo de quintal saíam da toca para invadir os clubes sociais, rádios, televisões, aniversários e festas de igreja, e que logo estariam embarcando na viagem psicodélica dos americanos e ingleses, como foi o caso de um grupo formado por Rita Lee e os irmãos Sérgio e Arnaldo Dias Baptista, ou, simplesmente, Os Mutantes.

Embora considerados, até hoje, por grande parte dos críticos e historiadores, um bando de cafonas, apolíticos e alienados, os astros instantâneos, e as carreiras meteóricas, que formaram o universo da Jovem Guarda, ajudaram a forjar uma profunda e verdadeira identidade para o rock produzido no Brasil.

Entre as inesquecíveis canções que entraram para a história do Movimento, destacam-se clássicos, entre composições e versões, como:
Que vá tudo para o inferno – Roberto Carlos
Calhambeque – Roberto Carlos, versão para Road Hog, de John Loudermilk.
Festa de Arromba – Erasmo Carlos.
O Bom – Eduardo Araújo
Prova de Fogo – Wanderléa
Menina Linda- Renato & Seus Blue Caps, versão para I Should Have Know Better, dos Beatles.
Pensando Nela – Golden Boys, versão para Bus Stop, do The Hollies.
Pobre Menina – Leno & Lilian, versão para Hang on Sloopy, do The McCoys.
Coruja – Deny & Dino
Tijolinho – Bobby Di Carlo
Coração de Papel – Sérgio Reis
Eu Daria minha Vida - Martinha
Era um garoto que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones – Os Incríveis, versão de Era um regazzo che come me... do italiano Gianni Morandi.

Esses são sucessos que, pela sua originalidade, permanecem vivos, até hoje, seja através de regravações por seus intérpretes originais, ou através de covers de grupos atuais, que não cansam de prestar seu tributo aos desbravadores do rock brasileiro.
Mas a Jovem Guarda, muito mais do que um movimento, é uma paixão, eternizada na originalidade dos LP´s, nas prateleiras de colecionadores do mundo inteiro, que insistem em transformar suas tardes, em inesquecíveis “jovens tardes de domingo”.








Fonte: Kika Teixeira/http://natrilhadovinil.blogspot.com.br

agosto 30, 2012

Kombi, completa 55 anos no Brasil

1957 - 1ª Kombi fabricada no Brasil

Ela chegou antes da Jovem Guarda, vários conjuntos (hoje é banda) da época usavam a Kombi para transportar sua guitarras, amplificadores, etc, em suas apresentações.

A Volkswagen comemora neste domingo (2/9) os 55 anos de fabricação da Kombi no Brasil. Produzida em São Bernardo do Campo desde 1957, o utilitário foi o primeiro modelo da marca feito no Brasil.

1969 - Kombi em testes

Líder de vendas de sua categoria, a Kombi se destaca pela versatilidade e pelo baixo custo. Em julho, passou a marca de 1,5 milhão de unidades produzidas desde seu lançamento.

"Não há maneira mais barata e eficiente de se transportar uma tonelada de carga coberta", diz Marcelo Olival, gerente executivo de Vendas e Marketing de Comerciais Leves da Volkswagen.

Modelo de maior longevidade na história da indústria automotiva mundial, a Kombi passou por muitas mudanças, mas já sente dificuldade para acompanhar o avanço da tecnologia e da legislação.

Com a obrigatoriedade da instalação de freios ABS e airbags até 2014, a Kombi pode sair de linha. A Volkswagen ainda faz mistério sobre o futuro do veículo.


HISTÓRIA

A Kombi foi idealizada pelo holandês Ben Pon na década de 40, que pretendia incluir o famoso conjunto mecânico do Fusca em um veículo leve de carga.

A produção do modelo começou na Alemanha em 1950. O modelo tinha carroceria monobloco, suspensão reforçada e motor traseiro, refrigerado a ar, de 25 cv.

A fabricação no Brasil começou em 1957. A versão pick-up surge em 1967, já com motor de 1.500 cm³ e sistema elétrico de 12 volts.

Em 1975, com uma reestilização, a Kombi passa a ser equipada com o motor 1.6l e, três anos mais tarde, o modelo ganha dupla carburação.

O motor diesel 1.6l, refrigerado a água, surgiu em 1981, mesmo ano do lançamento das versões furgão e pick-up com cabine dupla. No ano seguinte, surge a versão a etanol.

Nos anos 90 foram incorporados equipamentos de segurança e conforto, como cinto de três pontos e porta lateral.
Edição especial em comemoração aos 50 anos

No final de 2005, a Kombi passou a ser equipada com o motor 1.4 Total Flex (arrefecido a água), segundo a VW, até 34% mais potente e cerca de 30% mais econômico do que o antecessor refrigerado a ar.


Eram garotos que como eu amavam a Jovem Guarda




Por mais que o tempo passe, e ele passa de forma implacavel, é impossivel para quem viveu a Jovem Guarda esquecer o que ela representou para os garotos e garotas nos anos 60.

Como esquecer as domingueiras dançantes na Igreja do Bom Fim em Osasco -SP nos anos 60. Por onde estarão os amigos que faziam parte da nossa turma:Paulo Rocha (o Paulinho que também era o cantor do nosso conjunto que animava os bailes do Senai no Rochedale), o Nene (irmão do Paulinho), o Fafa (Josafa), o Osvaldo Zazirskas que mora em Jandira-SP, esse eu ainda tenho contato e quase que diário. O tempo acabou nos afastando, mas a saudade dos amigos queridos não se afasta nunca.(Se alguem souber por onde estão pode mandar informações aqui pelo blog)



A Jovem Guarda foi uma época inesquecível, por conta de vários fatores. Primeiro, foi um movimento de juventude, fase que marca a vida de todos nós. Segundo, foi muito rico musicalmente, por conta da insuperável beleza das eternas canções dos Beatles. Terceiro, tudo isso revestido de revolução de costumes, moda, muita beleza, sentimento, vislumbre, paixão, rolava muito namoro, etc.

Éramos todos jovens naquela época,e todo jovem arriscava aprender algumas notas num violão ou guitarra para tentar imitar seus ídolos e ganhar algumas gatinhas.


Mas tem também por trás de tudo isso, todo um contexto social e político pra ser comentado, visto que a Jovem Guarda se deu justamente no início da ditadura militar. Foi uma época apagada culturalmente, a juventude não tinha liberdade de expressão, não se escreviam livros, o que escrevesse não se publicava, era tudo censurado. Ninguém podia fazer estudos intelectualmente avançados e nem se meter em assuntos políticos. O único protesto que tinha na época era cantar de forma branda e bem humorada sobre a repressão dos pais contra a moda, a mini-saia das meninas e o cabelo comprido dos rapazes. No resto era só "abobrinha", paixões adolescentes, lamentar amores perdidos, falar de festinhas, futilidades e vaidades, como moda, carros, conquistas masculinas, etc.

A Jovem Guarda, talvez de forma inconsciente, até prestou serviço à própria ditadura, ou seja: enquanto estudantes adolescentes e a juventude em geral viviam dormindo, embalados no sonho colorido do rock'n roll (na onda do iê-iê-iê, como se dizia na época), a ditadura militar deitava e rolava sem sofrer resistência. A intenção do governo era manter a juventude distraída, alheia aos problemas políticos.


Por isso a Jovem Guarda, apesar de musicalmente muito rica, foi literariamente muito pobre. Mas não resta a menor dúvida de que é o seguimento musical brasileiro mais amado, mais lembrado, mais saudoso.

Alguns nomes do período pre-Jovem Guarda, faziam parte de bandas instrumentais, como Os Incríveis, Renato e Seus Blue Caps, The Fevers, Ed Wilson, Erasmo Carlos, etc. e com a Jovem Guarda se tornaram ídolos,

Um aspecto notável da Jovem Guarda é que os discos eram sucesso permanente, tocavam 2, 3, 4 anos no hit parade (progr,classif.de sucessos), não só porque o universo era pequeno, mas também pela beleza das canções. Hoje, um sucesso é 6 meses e olhe lá!

A Jovem Guarda foi um movimento muito forte, tão forte, que qualquer artista,de qualquer gênero musical na época, tinha que introduzir qualquer arranjo dentro da linha Jovem Guarda para poder fazer suceso. E assim, muita gente embarcou de carona. Ter sido um artista de Jovem Guarda é uma coisa e ter sido contemporâneo da Jovem Guarda é outra coisa. Não vou citar exemplos, mas apenas um para entender todos: havia, na época, um excelente cantor romântico, voz magnífica, muito bonita, chamado Nilton César, que gravou um canção intitulada "Professor apaixonado", um tremendo rock na pura essência do ritmo. Mas, foi Nilton César um artista de Jovem Guarda? Não. Ele gravava bolero, mas aproveitando a onda gravou "Professor apaixonado" que foi de arrepiar. E assim, muitos outros que não é preciso citar nomes para não suscitar discussão e polêmica.

Há, ainda, outra confusão em torno de artistas que surgiram pós-Jovem Guarda. Depois que acabou o programa "Jovem Guarda", que era exibido pela TV- Record, os artistas do movimento Jovem Guarda ficaram perdidos, como "órfãos", muitos desistiram de suas carreiras e outros enveredaram por um caminho "romântico brega" e ainda outros surgiram no mercado fonográfico e se juntaram a eles na mesma trilha romântico brega. Muita gente confunde isso com Jovem Guarda, mas nada tem a ver com o rock Jovem Guarda que surgiu e encantou toda a juventude brasileira de 1964 a 1969. Foram esses os anos da Jovem Guarda. Doces tempos! Lindos anos! 

E lembrando aqui o programa do meu amigo Cyro Aguiar 'Éramos todos jovens'!!! 





agosto 29, 2012

Isolda: De uma singela brincadeira nasceu um mega sucesso


Quando Isolda estava num restaurante, enquanto aguardava a chegada do prato pedido, propôs uma brincadeira com duas amigas onde cada uma deveria escrever no guardanapo um verso de amor para um namorado, não imaginava que estava criando um dos maiores sucessos de sua carreira de autora: Os versos que ela escreveu foram "Das lembranças que eu trago da vida você é a saudade que eu gosto de ter" pensando no irmão Milton Carlos que havia falecido num acidente de automóvel.


Brilhante compositora, esta paulistana nascida em 09/01/1957, teve forte "influência" musical da família: bisavô e  avô maestros e compositores, tornar-se-ia uma das melhores compositoras de músicas românticas a partir dos anos 70.

Iniciou a compor ainda menina juntamente com o irmão fazendo músicas para seu teatrinho de bonecos; já mocinha, sempre com o irmão Milton Carlos passaram a inscrever suas músicas nos festivais, muito em moda nas décadas de 60 e 70; ganharam alguns prêmios e assim que o irmão gravou seu primeiro LP como cantor em 1970, tornaram-se conhecidos e passaram a receber encomendas de músicas de alguns cantores que sentiram na dupla de irmãos grande sensibilidade artística.

Em 1973 através do amigo comum Eduardo Araújo, Roberto Carlos  gravou  "Amigos Amigos" de Isolda e  Milton. Foi o primeiro grande sucesso de público da dupla de compositores. Repetiu-se o sucesso no ano seguinte com o mesmo Roberto Carlos gravando "Jogo de damas"; no mesmo ano Roberto gravou "Elas por elas" e Wando gravou "Na boca do povo", todas de Isolda e do irmão Milton; em 1976 novamente Roberto Carlos gravou com grande sucesso "Um jeito estúpido de amar" e "Pelo avesso"; Milton Carlos gravou também da dupla "Um acalanto", "Uma valsa por favor", "Último samba canção", "Me mata" e "Vexame"; ainda em 1976 Ângela Maria gravou "Nunca mais" e Agnaldo Rayol "Eu levo uma cruz na corrente".

Dessa forma o sucesso da dupla de compositores foi sendo ampliado e reconhecido no meio musical brasileiro, principalmente pelas músicas gravadas por Roberto Carlos.

Prematuramente o irmão Milton faleceu num acidente em 1977; mesmo muito abalada com a morte do irmão e parceiro, Isolda compôs nesse mesmo ano sua primeira música sem a parceria do  irmão: "Outra vez" que tornou-se seu grande sucesso na gravação de Roberto Carlos e que teria inúmeras gravações de outros artistas como Altemar Dutra, Simone, Emílio Santiago e outros além das gravações no exterior de Pepino de Capri, Armando Manzanero e Ray Conniff.

Nessa fase de músicas brasileiras populares, prevaleciam os versos geralmente muito românticos com apelos melodramáticos sobre a melodia de modo geral pobre. Isolda sempre se revelou compositora de imenso talento e sensibilidade muito apurada.

Apesar do grande sucesso alcançado através de 90 músicas compostas em parceria com o irmão e solo, Isolda sempre teve comportamento sóbrio e discreto, chegando mesmo a evitar contatos com a mídia.

O grande sucesso de "Outra vez" entre outras qualidades deve-se à maneira como Isolda com muita sensibilidade e talento escreveu os versos de modo que a maioria de quem viveu um grande amor gostaria de poder falar para sua ex-amada(o) e à magnífica interpretação de Roberto Carlos.

"Outra vez"  foi um dos maiores senão o maior sucesso da carreira do cantor Roberto Carlos.

Obs. Você pode dar uma pausa na música de fundo do Blog na barra abaixo da sua tela

Outra vez 
 (1977)
 
Letra e música : Isolda
 
Você foi o maior dos meus casos 
De todos os abraços 
O que eu nunca esqueci
Você foi, dos amores que eu tive
O mais complicado e o mais simples pra mim 
Você foi o melhor dos meus erros 
A mais estranha estória 
Que alguém já escreveu 
E é por essas e outras
Que a minha saudade faz lembrar
De tudo outra vez....
Você foi a mentira sincera 
Brincadeira mais séria que me aconteceu 
Você foi o caso mais antigo
E o amor mais amigo que me apareceu 
Das lembranças que eu trago na vida 
Você é a saudade que eu gosto de ter 
Só assim sinto você bem perto de mim outra vez
Esqueci de tentar te esquecer 
Resolvi te querer por querer
Decidi te lembrar quantas vêzes 
Eu tenha vontade sem nada a perder
Você foi toda a felicidade 
Você foi a maldade 
Que só me fez bem
Você foi o melhor dos meus planos
E o maior dos enganos que eu pude fazer  
Das lembranças que eu trago na vida 
Você é a saudade que eu gosto de ter 
Só assim sinto você bem perto de mim outra vez
 
 
 

agosto 27, 2012

O show do Roberto Carlos é caro ?, contrate o sósia do Rei

A voz, a expressão e os cabelos sempre foram parecidos aos do Rei. Mas foi só recentemente que Róbson de Carvalho, 61 anos, conseguiu vencer a timidez e usar as semelhanças a seu favor. Seis anos depois de começar a trabalhar como sósia de Roberto Carlos, ele hoje já ganha mais vestindo seu blazer branco e azul imitando o cantor do que com sua empresa, que atua no setor de malhas, em Limeira, no interior de São
Paulo. “É muito gratificante isso. Eu sei o quanto ele é amado por todo o povo brasileiro”, garante.


Depois de trabalhar anos com moda feminina, desde 2009 ele é pago para acompanhar Erasmo Carlos em seus shows. Aparece apenas na música Cover – que fecha a atual turnê –, distribui beijos e rosas para a plateia, acena. Fala alguma coisa no microfone – “são tantas emoções, bicho”. E pronto. É isso.


Ou seja, ele tem a chance de viajar o Brasil todo com o ídolo. E ainda ganha por isso! É isso ai bicho !

Aos interessados em contratar o moço entrar no site

Cantor Jerry Adriani, 48 anos de estrada e na ativa


O nome de Jerry Adriani está firmado na história da música popular do Brasil há 48 anos, mas para muitos dos seus admiradores Jerry ainda é o mesmo do início da carreira. Os saudosistas do extinto programa Jovem Guarda, dão a Jerry o mesmo carinho e respeito dedicados ao líder Roberto Carlos
Jair Alves de Souza nasceu em 29 do janeiro de 1947, no bairro do Brás, em São Paulo. Tornou-se artisticamente conhecido pelo nome de Jerry Adriani quando iniciou como cantor profissional em 1964, com o LP Italianíssimo. No mesmo ano gravou o LP Credi a me, os dois cantados em italiano.


O estouro veio quando Um grande amor, seu primeiro LP gravado em português, ganhou destaques nas rádios do Brasil inteiro. Na mesma época, apresentou o programa "Excelsior a Go Go" pela TV Excelsior de São Paulo em parceria com o comunicador Luiz Aguiar, faziam parte do cast da Exelsior nomes como Os Vips, Os Incríveis, Prini Lorez, Cidinha Campos e outros. O sucesso de Jerry entre as moças influenciou para que a TV Tupi o convidasse para comandar, entre 1967 e 68, o programa A Grande Parada, o jovem cantor apresentava o programa acompanhado por Neyde Aparecida (perucas Lady, tá?), Zélia Hoffmann, Betty Faria e Marilia Pera. Tratava-se de um musical ao vivo que apresentava os grandes nomes da MPB, com o sucesso do programa veio a consagração definitiva como um dos cantores de maior popularidade.



O CANTOR FOI GALÃ NO CINEMA



No cinema fez três filmes como ator/cantor "Essa Gatinha a Minha" com Peri Ribeiro e Anik Malvil, "Jerry, A Grande Parada", e "Jerry em busca do tesouro" com Neyde Aparecida (perucas Lady, tá?) e os Pequenos Cantores da Guanabara. Jerry foi o responsável pela vinda de Raul Seixas para o Rio de Janeiro, de quem se tornou grande amigo ainda em Salvador. "Raulzito e os Panteras", como eram conhecidos, formavam a banda de apoio que tocou com Jerry durante 3 anos."Tudo que é bom dura pouco", "Tarde demais" e "Doce doce amor" foram algumas das músicas de Raul Seixas gravadas pelo artista. Raul Seixas foi produtor de Jerry Adriani, entre 1969 e 1971, período em que o roqueiro produziu e compôs sucessos para os artistas Diana, e José Roberto, ambos da mesma gravadora.

Na primeira metade da década de 70, Jerry Adriani, já um artista consagrado, expandiu seu talento musical para vários países. O cantor gravou discos e fez shows que tiveram grande sucesso em países como Venezuela, Peru, Estados Unidos, México, Canadá e outros.No inicio da década de 90, Jerry Adriani gravou seu 24° disco, que trazia de volta as origens do rock, Elvis Vive (um tributo ao rei do rock do qual sempre foi fã.



Em 1994 retoma sua carreira de ator quando aceita o convite do diretor Cecil Thire para participar da novela "74.5 Uma onda no ar", produzida pela TV Plus e exibida pela Rede Bandeirantes. A novela também foi exibida com grande sucesso em Portugal.

No final de 1995, Jerry fez sucesso com o lançamento da coleção Os maiores sucessos dos 30 anos da Jovem Guarda, pela gravadora Polygram, como convidado especial, onde foram lançados 5 Cds comemorativos ao movimento e relembrando grandes sucessos.Em 1996, lançou o CD "Io", com grande clássicos da música italiana, produção de Roberto Menescal, o disco teve uma grande aceitação no mercado.

Em 1997 participou das trilhas sonoras das novelas A Indomada (Engenho) e Zazá (Con te partiró), ambas da Rede Globo, letra de Aldir Blanc e música de Ricardo Feghalli, em Zazá internacional contou com a aprticipaçao da cantora Mafalda Minozzi.Lançou em 1999 o CD Forza Sempre, pela Indie Records, com músicas da Legião Urbana gravadas em italiano, disco que Jerry considera um marco na sua carreira, ultrapassando as 200.000 cópias em numero de vendagem. O disco foi produzido Carlos Trilha, o mesmo produtor de Renato Russo no Equilíbrio Distante, participaram também do trabalho, outros músicos que acompanhavam os shows da Legião Urbana, Fred Nascimento e Jean Fabra, autor de sete versões das músicas para o italiano. As outras três ficaram a cargo do cantor e compositor italiano Gabriele de L'utre.


Do mesmo disco, a música Santa Luccia Luntana, interpretada por Jerry foi inserida na trilha sonora da novela Terra Nostra, sendo uma das mais executadas nas rádios brasileira. No ano de 2000/2001 Jerry Adriani gravou "Tudo Me Lembra Você", mesmo titulo da música de trabalho que também fez parte da trilha sonora de outra novela, dessa vez Roda da Vida, exibida pela Rede Record. Até hoje vem fazendo muitos shows pelo país

agosto 26, 2012

"Roberto Carlos em detalhes" - O livro que o Rei não autorizou


A quem pertence uma história? Quem é o dono dessa história? O autor da biografia ou o personagem principal dela?

A sociedade, se pensarmos no direito à informação? Essas foram algumas das questões suscitadas pela disputa judicial que culminou com um acordo que deu ao cantor Roberto Carlos a prerrogativa de retirar de circulação,  a biografia “Roberto Carlos em detalhes”, lançada em dezembro de 2006 pelo historiador Paulo César de Araújo.

O episódio tornou-se alvo de acalorados debates envolvendo editores, escritores, advogados e jornalistas, a maior parte deles preocupados com o fantasma da censura e com os precedentes que a decisão pode criar em relação à liberdade de pensamento e de expressão.



A obra parece ter desagradado ao “Rei” não porque contivesse inverdades sobre sua vida pessoal, mas principalmente porque revelava ou relembrava fatos que o cantor não gostaria de ver divulgados – pelo menos da maneira como estavam contados. Em especial, o artista condenava as passagens que tratam do acidente de infância, que lhe custou a perda de parte da perna; os momentos finais e a morte de Maria Rita, a esposa que faleceu vítima de câncer em 1999; e o relato sobre seus casos amorosos. Roberto Carlos, no entanto, não afirmou em momento algum que Araújo estivesse inventando, ou mentindo. O que o cantor sempre alegou é que não havia autorizado a publicação de biografia alguma e que os episódios de sua vida pertenciam somente a ele.

O curioso é que o autor, fã de Roberto Carlos desde criança, passou 15 anos pesquisando sobre a vida do cantor e entrevistou cerca de 250 pessoas ligadas ao ídolo, justamente porque esperava que a biografia fosse, na verdade, uma homenagem. “O livro não traz nenhuma grande novidade, também não traz nenhuma revelação bombástica. É um trabalho de fã mesmo e só faltou o autor cravar no final: ‘Roberto, eu te adoro’”, conta Sergio Vilas Boas, especialista em biografias, professor e fundador da Academia Brasileira de Jornalismo Literário (ABJL), e editor do portal Texto Vivo. Parece que o tiro saiu pela culatra.A Justiça entendeu que a história que preenche as 500 páginas de Roberto Carlos em detalhes pertence mesmo somente ao Rei.

agosto 25, 2012

A gente lia, aprendia, e se divertia muito

Durante muitos anos, principalmente na década de sessenta, a leitura das revistas em quadrinhos com os personagens de Walt Disney foi muito comum.

Eram quatro títulos que muito ajudaram a criançada a aprender a ler; O Pato Donald, Mickey, Zé Carioca e o Almanaque Tio Patinhas.

Chamados de gibis, as revistas em quadrinhos eram não só um instrumento de leitura, mas também serviam para coleção.
Muitos, após lerem, faziam a troca com outros leitores. Era comum nos cinemas antes das matinés, a troca de gibis.


O almanaque Tio Patinhas era maior e portanto com mais estórias.

Tio Patinhas é um pato quaquilionário conhecido como pão duro. Sua relíquia maior era a moedinha número um que foi o que lhe deu sorte e fortuna.

Sua Caixa forte mais parece uma piscina de dinheiro, na qual ele toma "banho" para se sentir melhor.






Pato Donald é seu sobrinho, e por sua vez tem também seus três sobrinhos: Huguinho, Zézinho e Luisinho. Sua namorada é a Margarida, uma pata charmosa e elegante, que também tem suas sobrinhas: Lalá, Lelé e Lili. Eles moram em Patópolis.


Dessa turma tem também o primo Peninha, meio desastrado, o Gastão, um pato galã.

O camundongo Mickey é muito inteligente, e foi o primeiro personagem de Walt Disney. Sua namorada é a Minnie e seu amigo é o Pateta, que é um cachorro tipo pessoa, seu cachorro tipo cachorro é o Pluto.

Os irmãos Metralhas com suas roupas de presidiários sempre planejando algum roubo. O Mancha-Negra ajuda a compor a lista dos vilões.

Tem também a Clarabela (uma vaca que usa salto alto), o Horácio (um cavalo). As bruxas Maga Patalógica e a madame Mim, que estão sempre de olho na moedinha nº 1 do tio Patinhas.
São muitos os personagens, que seria preciso uma página inteira para lista-los.

Pois é bicho, cabe aqui mais uma vez o Slogan do nosso Blog...'Velhos tempos, Belos dias....


O 'Refúgio do Rei'




Estas são imagens do novo barco do Rei Roberto Carlos, o Lady Laura IV. Ele foi batizado com o nome da mãe do cantor, a exemplo de seus outros iates. O interior do iate de R$ 45 milhões reflete a preferência de Roberto pelo azul e o branco.

Sempre que a agenda permite Roberto embarca no seu luxuoso refúgio. Com seu imenso talento, suas lembranças, e sua privacidade protegida pelo mar azul.

Aqui entre nós, ele merece não é mesmo ?

Evaldo Braga - Um cantor que partiu cedo


Evaldo Braga - 1948/1973 

Evaldo Braga não teve pais conhecidos, tendo sido criado em um orfanato fluminense, juntamente com o ex-jogador Dadá Maravilha. Sua mãe, uma prostituta da cidade de Campos, o abandonou numa lata de lixo. Foi nela que se inspirou para compor seu maior sucesso, "Eu Não Sou Lixo". Boêmio, alcoólatra, morreu em um acidente automobilístico na BR-3 (Rio-Juiz de Fora), ocupando um Volkswagen TL, após tentativa de ultrapassagem forçada segundo populares. Importante ressaltar que no momento do acidente, Evaldo Braga não dirigia o carro, mas seu motorista. Seu túmulo é um dos mais visitados no feriado de Finados no Cemitério do Caju, Rio de Janeiro.


Trabalhou por muito tempo como engraxate, nas portas de rádios e gravadoras. Com esta ocupação conheceu diversos artistas; entre os quais Nilton César, que ofereceu-lhe a primeira chance de emprego no meio artístico, como seu divulgador.

Com isso, conheceu Edson Wander e apareceu pela primeira vez no ramo musical, compondo "Areia no meu Caminho" juntamente com Reginaldo José Ulisses. A música foi gravada pelo cantor Edson Wander em seu primeiro disco, "Canto ao Canto de Edson Wander", em 1968, e estourou nas paradas brasileiras, chegando a superar artistas do porte de Roberto Carlos.


Com isso conheceu o produtor e compositor Osmar Navarro, que o convidou para gravar um disco na gravadora Polydor. Posteriormente teve músicas gravadas por Paulo Sérgio, um dos artistas que muito o ajudou no mercado musical.

Na música, celebrizou-se em 1969, no estilo "dor-de-cotovelo", tendo firmado parceria com compositores como Carmem Lúcia, Pantera, Isaías Souza e outros. Apresentava-se frequentemente no programa a Discoteca do Chacrinha. Seus maiores sucessos foram "Eu Não Sou Lixo", "Nunca Mais", "A Cruz que Carrego", "Mentira", "Sorria, Sorria", entre outros.

agosto 24, 2012

Erasmo Carlos - 'O inÍcio do Tremendão'

Na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro, o garoto Erasmo Esteves cresceu cercado por elementos que tornariam sua identidade musical singular.


Já adolescente, fez destacar sua personalidade no meio de um bando de fãs de rock´n´roll e bossa nova que se reunia no hoje famoso Bar Divino, na Rua do Matoso.



Tim Maia e Jorge Ben, ambos maníacos por música, faziam parte dessa turma.


Logo depois, conheceu o capixaba aspirante a cantor Roberto Carlos, quando concerto de Bill Haley no ginásio do Maracanãzinho. Aquela visão do herói do rock americano em solo brasileiro abriu a mente de Erasmo: de volta ao bairro, formou os Snakes com os dissidentes de outro grupo local, os Sputniks - que encerraram atividades após lendária briga entre dois de seus integrantes, Roberto Carlos e Tim Maia.

O grupo vocal de Erasmo estrelou algumas aventuras no underground do mercado musical, até ser contratado pela gravadora pernambucana Mocambo como "concorrentes" dos Golden Boys. Na Mocambo, os Snakes gravaram um bolachão de 78 RPM e também um compacto duplo em 1960, antes de chegarem, por fim, a um único LP, “Só Twist”, pela CBS em 1961.


Como nem nesta oportunidade o grupo alcançou o sucesso, seu final foi decretado.

Sem seu conjunto e sem a perspectiva de gravação como artista solo, Erasmo foi arranjar trabalho como assistente do apresentador e produtor Carlos Imperial - por intermédio de quem viria a tornar-se crooner do grupo Renato & Seus Blue Caps, em 1962. Com Erasmo dividindo os vocais com o baixista Paulo César, Renato & Seus Blue Caps publicaram seu primeiro LP para a Copacabana. Curiosamente, não muito depois, os Blue Caps acompanhariam o próprio Roberto Carlos na gravação de "Splish Splash", numa versão para o português feita por Erasmo.


O sucesso do disco garantiu não só a contratação de Renato & Seus Blue Caps pela CBS, como também o nascimento da lendária parceria entre Roberto e Erasmo.

Ao mesmo tempo, Erasmo - já com o nome artístico Erasmo Carlos - tornou-se versionista para diversos artistas. Isso, somado ao sucesso de suas parcerias com Roberto, o levou no final de 1964 até a gravadora RGE (mais direcionada à MPB e ao samba), para ser o nome do selo no já disputado mercado do iê-iê-iê. O pop-rock brasileiro, que começara com o rock´n´roll dos anos 50 e havia passado pelo twist do início dos anos 60, chegava ao iê-iê-iê naquele 1964 como um reflexo comportamental local à beatlemania.


A Jovem Guarda agrupou as influências do pop britânico e ganhou popularidade definitiva a partir de setembro de 1965 - quando a TV Record estreou o programa Jovem Guarda. Apresentado por Roberto, Erasmo e Wanderléa em São Paulo por três anos seguidos, o programa deu visibilidade para que Erasmo e Roberto se tornassem os principais nomes e também compositores da Jovem Guarda, com talento de sobra para garantir material de qualidade até para os colegas.




Em pouco mais de cinco anos na RGE, que se estenderam até o final dos anos 60, Erasmo gravou discos com acompanhamento dos amigos Renato e seus Blue Caps, os Fevers, The Jet Black´s e The Jordans, além do Som Três de César Camargo Mariano. Com o fim do programa (e do movimento) Jovem Guarda, Erasmo mergulhou ainda mais na bossa e na MPB que vinha tangenciando ao longo dos anos. Ele, que havia composto para festivais e até gravado "Aquarela do Brasil" em 1969 -, voltou a morar no Rio de Janeiro e foi contratado pela PolyGram.

Naquele início dos anos 70, a gravadora formou um elenco invejável de MPBistas e lá Erasmo deixaria gravados discos que bem mesclaram suas raízes roqueiras com as tendências da MPB. Influenciado pelo movimento tropicalista e pela música negra americana, cravou seqüência antológica de discos durante toda a década de 70, como “Carlos, Erasmo...” (1971), “Sonhos & Memórias 1941-1972” (1972) ou “Pelas Esquinas de Ipanema” (1978). Tal fase desembocaria, já no início dos anos 80, em período de grande sucesso comercial, com os discos “Erasmo Carlos Convida...” (1980), “Mulher (Sexo Frágil)” (1981) e “Amar Pra Viver ou Morrer de Amor” (1982).


Após trabalhar mais esporadicamente durante a década de 90 (quando regravou antigos sucessos, participou de homenagens à Jovem Guarda e de discos-tributos vários), Em 2001, completou 60 anos e lançou seu 22º disco, “Pra Falar de Amor”.. O show desse álbum foi lançado depois em CD e DVD:


“Erasmo Ao Vivo”, que, além de registrar um momento histórico de um mito da música brasileira . No final de 2002, os 40 anos de carreira de Erasmo foram comemorados com o lançamento da caixa “Mesmo Que Seja Eu” – contendo toda a sua discografia no período 1971-1988, recheada de material bônus raro e inédito.

No ano seguinte, ao final do 10º Prêmio Multishow de Música, Erasmo foi o grande homenageado da noite – com um prêmio especial pelo conjunto da obra. Sua discografia teve continuidade em 2004 com “ Santa Música “ só com material inédito e nos coroando em 2007 com Erasmo Carlos Convida II reunindo feras da MPB em torno de sua obra .

A escalação dessa autêntica “ seleção brasileira “ passa por nomes como Chico Buarque , Lulu Santos , Zeca Pagodinho , Skank , Los Hermanos , Os Cariocas , Djavan , Adriana Calcanhoto , Simone , Marisa Monte , Kis Abelha e Milton Nascimento .

Nesse período , começou a escrever o seu petardo literário “ Minha Fama de Mau “ reunindo suas memórias e que veio a ser lançado em 2009 . Neste mesmo ano , lançou seu mais recente CD intitulado tão somente “ Rock n Roll “ com produção de Liminha e lançado por sua gravadora Coqueiro Verde Records , Erasmo retoma o seu lado mais roqueiro e conquista o prêmio de melhor CD do ano além de ser indicado ao Grammy .

 No mesmo ano, foi premiado como melhor compositor pela APCA, indicado como melhor show pelo jornal O Globo, melhor capa nos últimos 25 anos pela Folha de SP, considerado como um dos melhores álbuns de 2011 e “Roupa Suja” entre as melhores músicas pela tradicional revista de música Rolling Stone.

Além da inesquecível participação ano passado no Rock In Rio ao lado de Arnaldo Antunes, e esse ano o festival promete um encontro histórico para o rock, o pai do rock brasileiro Erasmo Carlos junto com o pai do rock português Ruy Veloso nos palcos do Rock in Rio Lisboa.

Motivos para comemorar são muitos. Gentil como poucos, Erasmo Carlos quer dividir a festa conosco lançando um DVD e CD gravado no Teatro Municipal do Rio de Janeiro ao vivo, parceria da Coqueiro Verde Records com o Canal Brasil, em comemoração aos seus 50 anos de estrada. O mais bonito de tudo é ver o cara em plena forma, se entregando com a mesma sede de palco de sempre, emocionado ao receber as participações da musa Marisa (cantando com ele Mais Um na Multidão, que gravaram juntos há alguns anos) e do amigo Roberto (com quem canta Parei na Contramão e É Preciso Saber Viver).

O show faz um passeio por todas as fases da carreira de Erasmo, com sucessos como “Sentado à Beira do Caminho”, “Minha Fama de Mau”, “Mulher”, “Quero que tudo vá para o inferno”, entre outros clássicos conhecidos pelo seu grande público.


Atualmente vem desbravando o Brasil com sua turnê Sexo & Rock´n´roll. Afinal de contas, ele é o brasa, o tremendo, o gigante gentil. O poeta (“com a força do meu canto esquento seu quarto pra secar seu pranto”) e o filósofo (“estou sentado à beira de um caminho que não tem mais fim”). O romântico incurável (“detalhes tão pequenos de nós dois são coisas muito grandes pra esquecer”). O roqueiro inveterado (“pus a vida na mesa e resolvi jogar”). Uma autoridade na compreensão do amor, da mulher, da natureza. Vários Erasmos, todos coerentemente articulados no panorama desses 50 anos, comovendo e contagiando a galera. É o aniversário da estrada dele. E o presente é nosso.


"Topo Gigio" o ratinho que encantava crianças e adultos nos anos 60



Não era o Mickey nem o Jerry. Era o Topo Gigio (a grande vedete).

Esse boneco (de pano) imediatamente virou mania nacional. Era adorado pela criançada e adultos. Começou a aparecer em uma infinidade de produtos infantis (de brinquedo a higiene), revistas e, até, em disco (nesse mesmo ano gravou um compacto duplo). No início dos anos 70 chegou às matinês dos cinemas brasileiros.

De maio/69 até nov/70 a TV Globo, que ainda não era Rede (mas sim "canal 5" em S.Paulo,  "canal 4" no R. de Janeiro, ...), exibia um programa (que era para ser infantil, apesar do horário!) chamado "Mister Show".



O programa ia ao ar as quintas-feiras às 20h30 e era conduzido por Agildo Ribeiro (iniciando carreira na TV, vindo do cinema).


Quase tudo na apresentação do "astro" era feito pelos italianos que o trouxeram ao Brasil: o roteiro, o diálogo, a voz com sotaque e a hábil manipulação do fantoche (que Agildo fazia uma parte).

Tendo em vista o enorme apelo infantil do ratinho, o programa dava "pitadas" superficiais de orientação educacional às crianças.







Alguns anúncios da época do Topo Gigio:






Gibi

Quer voltar para a década de 60 ? Veja o vídeo


agosto 23, 2012

Carlos Gonzaga - Um Ídolo Inesquecivel


O mês de agosto marca o aniversário de uma constelação de importantes músicos da MPB, que neste ano completam 70 anos de idade. Cantores e compositores, que sem dúvidas deixarão suas obras para a posteridade, são eles: Milton Nascimento, Paulinho da Viola, Gilberto Gil e Caetano Veloso.

No entanto, sinto que existe preconceito estético e uma dívida histórica com muitos artistas que também atingiram a consagração artística e que não recebem o mesmo reconhecimento destes aniversariantes famosos.
Um exemplo clássico deste apagão cultural vem de um cantor que há muitos anos vive em Santo André-SP e é considerado um dos precursores do rock brasileiro e hoje é mais um artista que integra a injusta memória musical brasileira.



Carlos Gonzaga

Após o final da Segunda Guerra Mundial começa a surgir no Brasil uma geração de adolescentes que se inspiravam nos filmes, seriados e gibis de cowboys do faroeste americano, como Roy Rogers, Durango Kid e Tom Mix.

E baseado nessa tendência, surge o cantor Carlos Gonzaga, que cantava clássicos do velho oeste, como: Bat Masterson, Oh, Suzana e se vestia com chapéu, calça rancheira e botas de couro.

Eram os anos de ouro dos programas de rádio no Brasil, e em pouco tempo Carlos Gonzaga conquistaria espaço no cinema e na TV, através de sua versatilidade em cantar marchas carnavalescas, rumbas e boleros.
Entretanto, após a gravação da canção Diana de Paul Anka e Oh Carol de Neil Sedaka, a vida deste mineiro de 86 anos mudaria para sempre, e em 1958 ele atinge o topo das paradas de sucesso em todo o Brasil.

O genial Carlos Gonzaga também nos encantou com outras canções em homenagem aos cowboys como "Cavalheiros do Céu", composição de Stan Jones, um clássico da música western norte-americana e também a música "Ponderosa", que falava das aventuras da famosa série de televisão Bonanza.



Cavaleiros do Céu - de Stan Jones

Ypieaee ypiaoohhh

Vaqueiro do arizona desordeiro e beberrão
Seguia em seu cavalo pela noite do sertão
No céu porém a noite ficou rubra num clarão
E viu passar um fogaréu, um rebanho no céu

Ypieaee ypiaooohhh
Correndo pelo céu

As rubras ferraduras punham brasas pelo ar
Os touros como fogo galopavam sem cessar
Atrás vinham vaqueiros como louco a gritar
Vermelhos a queimar também, galopando para o além.

Ypieaeee ypiaooohhh
Seguindo para o além

Um dos vaqueiros ao passar gritou dizendo assim?
Cuidado companheiros tu viras para onde eu vim
Se não mudas de vida tu verás o mesmo fim
Querer pegar num fogaréu, um rebanho no céu;

Ypieaee ypiaooohhh
Correndo pelo céu

Cantora Meire Pavão - Lembrada na música “Festa de Arromba”



A cantora Meire Pavão era irmã do também cantor Albert Pavão e filha do maestro Teothônio Pavão, nascida na cidade de Taubaté, interior paulista, em 2 de junho de 1948. Iniciou sua carreira ainda bem jovem cantando no Conjunto Alvorada e gravou seu primeiro disco em 1964, pela Chantecler e chegando rapidamente ao sucesso com a música “O que eu faço do meu latim?”, versão de uma música italiana feita pelo seu pai.



Depois vieram outros sucessos, até que em 1969 largou a carreira artística e dedicar-se a outras atividades. Ainda em 1974 chegou a gravar um disco ao lado de seu irmão, do pai, com os Vikings e com o cantor e compositor Thomas Roth gravando discos infantis, e depois afastou novamente.

Meire Pavão morreu no dia 31 de dezembro de 2008, aos 60 anos de idade, de uma insuficiência respiratória, e enterrada num funeral simples, apenas com a família e amigos. Como artista nunca ganhou a devida valorização, talvez pelo fato de alcançado seus maiores sucessos numa época de transição entre o rock and roll de Celly Campello e a Jovem Guarda de Roberto, Erasmo e Wanderléa, mas sempre lembrada na música “Festa de Aromba”.



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