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RÁDIO NOSSA JOVEM GUARDA: É uma brasa, mora? As gírias mudam, mas alguns caras são sempre atuais

agosto 03, 2012

É uma brasa, mora? As gírias mudam, mas alguns caras são sempre atuais


Se o seu pai (ou seu avô?) fica de treta com você porque diz não entender o que “os jovens” andam falando, chega nele e já manda direto:

“Pô, bicho!!!  Deixa de ser quadrado! Eu sei que na tua época, tu era o tal. Saía no teu carango, com teu broto legal que jurava que era um pão. Jogava um papo firme porque a mina era pra frente. Uma uva!  Agora vai ficar de cafona pra cima de mim? Pô… eu te considerava meu chapa, é fogo que tu tenha virado coroa! Mas, tua barra tá limpa… só vamos deixar de papo furado que o tremendão aqui vai sair pra ver se encontra um broto que tá gamado nele! Morou?”

Não entendeu nada? Não se preocupe, se o seu pai foi da época da Jovem Guarda , ele vai compreender tudo.

Cada época tem sua gíria, seus ídolos. Cada época tem seus ritmos preferidos. Mas existem aqueles ídolos que são “pra sempre”… e o ritmo? Bom… sempre vai existir o bom e velho Rock’n Roll.

Erasmo Esteves é um desses ídolos “eternos”! Bom, você deve conhecê-lo pelo nome de Erasmo Carlos, mas o caso é que ele sempre foi um dos maiores compositores do Brasil… e se muita gente ia às gravações do programa Jovem Guarda para ver o “bom moço” Roberto Carlos, eu gostava mesmo de ouvir era “Gatinha Manhosa ” e “Festa de Arromba “ e estava mais interessado na rebeldia do “Tremendão” … e na ternurinha, Wanderléia.

As maiores influências dos músicos da Jovem Guarda foram o rock norte-americano dos anos 50 e 60, o rock brasileiro do início dos anos 60 (Celly e Tony Campello, principalmente) e a febre musical dos Beatles.

A lista de músicos que se apresentavam no programa era extensa: Golden Boys, The Fevers, Renato e seus Blue Caps, Jerry Adriani, Wanderley Cardoso, Martinha, Vanusa, Ronnie Von, Eduardo Araújo, Os Incríveis, Rosemary, Sérgio Reis, Silvinha, Ronnie Cord, Waldirene, Leno e Lilian, Os Vips, Nilton César e Trio Esperança, entre outros.

Nos anos 60 ele (e Roberto também) era “acusado” de ser “americanizado” por compor e cantar “rock”, no primeiro show no festival de “Rock” do Rio de Janeiro, ele acabou sendo vaiado pelos fãs do White Snake e Iron Maiden. Ironia? Ou apenas diferenças de geração mesmo? De qualquer forma,  nada que tenha tirado o brilho do seu show.

E, para quem pensava que o Tremendão está velho, ele acaba de lançar um novo CD, intitulado “Sexo “. Tem também o livro (Minha Fama de Mau ) mostrando que ele ainda está – muito – na ativa.


É uma brasa mora !

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