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RÁDIO NOSSA JOVEM GUARDA: janeiro 2013

janeiro 31, 2013

Benefícios da musicoterapia na terceira idade


"A música é capaz de ativar no cérebro os mesmos centros de recompensa que uma comida saborosa, droga ou sexo e reduz as concentrações dos hormônios do estresse"

A musicoterapia é uma especialização científica que se ocupa do trabalho clínico e do estudo dos elementos do som e da música para fins educacionais e terapêuticos. A musicoterapia auxilia a abrir canais de comunicação para produzir efeitos terápicos com estímulos sonoros com o objetivo de treinar e recuperar o paciente.

Do ponto de vista histórico, sabemos que a música tem a capacidade de transcender o tempo, a música vai além dos séculos e décadas, existe em diferentes culturas e gerações dando sentido aos movimentos, fatos vivências e épocas. A música também marca um tempo histórico, sóciocultural, permanece numa memória coletivae étnica. E as músicas das nossas vidas também fazem parte dessa construção.

Os efeitos benéficos da música e seus elementos na saúde física e mental foram descobertos há mais de dois mil anos atrás. O reconhecimento de que a música poderia estimular o corpo humano, influenciar no batimento cardíaco, no sistema imunológico, no sistema endócrino, nos órgãos dos sentidos, na resposta motora, comportamentos e emoções, levou seu uso para a prevenção e o tratamento de doenças físicas e mentais.

Mas a musicoterapia não se utiliza somente de música no processo de aplicação terapêutica, utiliza também o som num aspecto mais amplo em relação à sua concepção e movimento. Podem-se obter respostas motoras, sensitivas, orgânicas de comunicação através da música, da voz, do canto, de sons de instrumentos, dos gestos e dos sons do próprio corpo.

A musicoterapia na terceira idade se apresenta como uma terapia autoexpressiva de grande atuação em diferentes contextos e diversas enfermidades, tanto no aspecto preventivo social, como na reabilitação. A música atua como intermediadora na relação terapeuta-cliente, visando à melhoria da qualidade de vida, estimulando as ações físicas, sensório/perceptivas, psicológicas e sociais do indivíduo.

Tendo o corpo como primeiro instrumento musical. A utilização da música e seus elementos (som, ritmo, melodia e harmonia) pelo musicoterapeuta em um processo estruturado, ajuda promover a comunicação, o relacionamento, a aprendizagem, a mobilização, a expressão e a organização (física, emocional, mental, social e cognitiva) do índivíduo. Isso ajuda a desenvolver potenciais e/ou recuperar funções do indivíduo de forma que a pessoa possa alcançar melhor integração intra e interpessoal, bem-estar e melhor qualidade de vida.

As investigações sobre os efeitos biológicos do som e da música no ser humano mostram que:

a) Conforme o ritmo, aumenta ou diminui a energia muscular;
b) Acelera a respiração ou altera sua regularidade;
c) Produz efeito marcado, porém variável na pulsação, na pressão sanguínea;
d) Diminui o impacto dos estímulos sensoriais de diferentes modos;
e) Reduz ou retarda a fadiga;
f) Aumenta a atividade voluntária (atividades que temos controle: psicomotoras);
g) Provoca mudanças nos traçados elétricos do organismo;
h) Provoca mudanças no metabolismo e na biossíntese de vários processos enzimáticos.

A respeito dos efeitos na música na estimulação cerebral, a musicoterapia é bastante útil para desenvolver a inteligência e para estimular funções cognitivas e na manutenção das capacidades de memória, percepção, atenção, concentração e linguagem.

Existem regiões no cérebro do ser humano compostas por células especializadas destinadas a memorizar somente sons com determinados ritmos, outras, são destinadas a memorizar diferentes timbres de som, ou então células que têm a função de armazenar somente a linha melódica de uma música e o conjunto desses grupos celulares, compõe a memória sonora.

O reconhecimento da música, portanto sua identificação, ou seja, sua percepção, constitui uma função cognitiva. O aprendizado da música ou de um instrumento musical ajuda no desenvolvimento cognitivo, sobretudo nos aspectos semânticos e nos sistemas de memória. A música se configura numa forma de linguagem e pensamento, na atividade musicoterapêutica a música auxilia a manutenção da memória, da concentração, facilita a percepção auditiva, a atenção, a repetição, estimula a memória imediata, a *memória implícita, o raciocínio abstrato, a imaginação e a criatividade.

Existem regiões no cérebro do ser humano compostas por células especializadas, destinadas a memorizar somente sons com determinados ritmos, outras, são destinadas a memorizar diferentes timbres de som, ou então, células que têm a função de armazenar somente a linha melódica de uma música e o conjunto desses grupos de células compõe a memória sonora.

A área cerebral responsável pelo reconhecimento da música que ouvimos é a região ou córtex temporal do hemisfério direito do cérebro, assim como a execução das melodias e da prosódica musical.
Melodia é a sucessão rítmica, ascendente (indo para o agudo) ou descendente de sons (indo para o grave), a intervalos diferentes (duas notas diferentes) que encerram o sentido musical, processada na região do lobo temporal e frontal. A prosódia é o compasso das palavras que se ajusta aos acordes musicais numa composição ou no canto.

Também é função do córtex temporal direito executar a música cantando-a.
No hemisfério esquerdo estão os centros da linguagem, que nos possibilitam a compreender a música. O córtex temporal do hemisfério esquerdo é indispensável para a composição e escrita da música. A música e a linguagem atuam em conjunto, ambas transmitem mensagens por meio de um sistema de signos que possui suas regras gramaticais.
Música interfere no comportamento humano e nas emoções
A música seja ela de qual gênero for, é uma inseparável companheira dos sentimentos, e sendo a emoção uma das características mais marcantes da pessoa, sempre onde existir pessoas, haverá lugar para a música.
Outros estudos mostram que a música exerce grande influência sobre o comportamento e as emoções e têm grande influência em regiões do cérebro importantes para as emoções.

Com relação aos estudos sobre os efeitos da música nas emoções e no comportamento ela é utilizada para:

- melhorar o humor, o sono, a motivação, a autoconfiança;
- diminuir a ansiedade;
- combate a tensão e a fadiga e eliminar o estresse.
Isso porque a música é capaz de ativar no cérebro os mesmos centros de recompensa que uma comida saborosa, droga ou sexo e reduz as concentrações dos hormônios do estresse.

É importante lembrar que os estímulos musicais interferem de forma única em cada ser humano, embora a música seja uma linguagem universal.

* Memória ímplicita divide-se em duas: semântica: para vocabulários; declarativa para narrativas, relatos de experiências, episódios.

Morre aos 65 anos Nenê, da banda Os Incríveis


Morreu na manhã desta quarta-feira em São Paulo, aos 65 anos, o músico e produtor Lívio Benvenutti Jr., o Nenê, baixista do grupo Os Incríveis, um grande sucesso da Jovem Guarda nos anos 1960.

Nenê foi diagnosticado com câncer de pulmão em outubro do ano passado. Ele estava internado no Hospital Sancta Maggiore. O corpo foi velado no Hospital Beneficência Portuguesa e enterro seria realizado ainda nesta quarta.

Os Incríveis foi formado em 1962, mesmo ano dos Beatles, com o nome The Clevers. Tinha Mingo, Risonho, Manito, Netinho e Neno no baixo (Nenê, que já tocava desde os 12 anos, entrou no lugar de Neno em 1966). Morreram Mingo, Manito e Nenê. Netinho teve um câncer nas cordas vocais em 1995, mas se recuperou. A banda fez um sucesso absurdo no final dos anos 1960 e no começo dos anos 1970 com versões como a de Era Um Garoto Que Como Eu Amava os Beatles e os Rolling Stones (sucesso do italiano Gianni Morandi).

Nenê tocou também com Raul Seixas, Elis Regina e Roberto Carlos. Com o Renato e Seus Blue Caps, o grupo Os Incríveis foi pioneiro da primeira geração do rock nacional no quesito entretenimento, assim como os Mutantes no âmbito da invenção.


Foi o primeiro grupo brasileiro a ter um programa de TV próprio, o primeiro a ter um filme de longa-metragem, o primeiro a fazer turnê internacional, o primeiro a lançar um disco exclusivo para o mercado latino-americano, Los Increíbles (CBS da Argentina). Eles também foram responsáveis por gravar um hino nacionalista, Eu Te Amo, Meu Brasil, de Dom e Ravel, que foi adotado pela ditadura militar. Ele foram muito criticados pelas esquerdas por causa dessa gravação.

"Na imprensa escrita saiu matéria criticando a gente, enquanto no rádio foi primeiro lugar no Brasil inteiro. O pessoal da imprensa interpretou como se a gente estivesse puxando o saco dos milicos", contou Nenê. Segundo ele, a banda achava que a música era uma bonita homenagem ao Brasil, mas seu tom ufanista foi aproveitado pela ditadura. O grupo ficou entre dois fogos. "E aí nós soubemos mais tarde, muito mais tarde, que os nossos nomes estavam lá no SNI (Serviço Nacional de Informações), porque eles estavam querendo fazer com a gente o que a rainha havia feito com os Beatles. Porque, na subida do Médici ao Palácio, rolava metade do Hino Nacional e depois a banda engrenava em Eu Te Amo, Meu Brasil. Eles se aproveitaram pra cacete disso."

O grupo se separou em 1972, para depois reunir-se novamente em 1982 e continuar tocando. "Eu tô profundamente chateado. É um pouco da nossa história que morre", disse nesta quarta o cantor Jerry Adriani. "Perdi um amigo, um cara ótimo, engraçado, fantástico contrabaixista. Fisicamente, é como se morresse um pouco da gente."









Fonte: Agência Estado

janeiro 30, 2013

Cantora Elizângela: 'A atriz global que hoje é Esma em 'Salve Jorge' foi campeã de vendas na era do vinil'


A atriz Global Elizângela se tornou a cantora da música de maior sucesso em vendagens de discos no Brasil, na era do vinil. A música "Pertinho de Você" ficou um ano inteiro em 1º lugar nas Paradas de Sucessos, além de ser a música mais vendida segundo a Associação Brasileira de Produtores de Discos, que reune as grandes gravadoras. Foi também a campeã em execuções pelo ECAD.

Esma, personagem de Elizângela na atual novela da Globo 'Salve Jorge'

No "Fantástico" de 23 de julho de 78, Elizângela lançou-se como cantora com a música Pertinho de Você, de Hugo Bellard.

O compacto simples de "Pertinho de Você" permaneceu 52 semanas em primeiro lugar nas paradas de sucesso e veio a ser a gravação feminina mais vendida no Brasil naquele ano.) O disco lançado pela então RCA (hoje BMG), se transformou no compacto simples mais vendido da história da musica brasileira, com mais de 1 milhão de discos vendidos no Brasil e exterior, numa época em que vender 100.000 discos já era dificil, disco de ouro então, uma façanha.
Este record provavelmente nunca será batido, já que o vinil e o compacto simples acabaram. E tudo começou de brincadeira. Elizangela e seu então marido estavam na casa do produtor de discos Hugo Bellard, na Lagoa, Rio de Janeiro, quando brincou sobre gravar um disco cantando.
Passadas algumas semanas, Hugo ligou seu Sintetizador e compôs 2 musicas para Elizangela: "Ele ou Você" e "Pertinho de Você". Tudo na brincadeira, na verdade ninguém ali pensava em comercializar a gravação. A voz, foi colocada no mini studio que havia no local. Todos os instrumentos foram gravados por Hugo num sintetizador Arp Soloist, um dos primeiros sintetizadores existentes.
O que nem Hugo e nem Elizangela sabiam, era que ali estava sendo criado o disco mais vendido no Brasil, que viria a ficar 54 semanas em 1º lugar nas paradas de sucesso oficiais das gravadoras: o NOPEM e a parada da ABPD (Associação Brasileira de Produtores de Discos).
Quando Hugo se deu conta de que aquilo que tinha em suas mãos tinha tudo para ser sucesso, levou a fita nas principais gravadoras. Curiosamente ninguem acreditou no produto. Polygram, EMI, Som Livre, RCA e CBS (hoje Sony), uma a uma recusaram o disco.
Quando Elizangela e Hugo já haviam esquecido da gravação, o diretor da RCA Durval Ferreira ligou para Hugo perguntando pela fita ( ele acabara de lançar o ator Francisco Cuoco com relativo sucesso ! ) O disco foi lançado, mas a RCA não se interessou em trabalhar o produto nas radios, preferindo investir toda sua máquina na cantora Lilian, produzida por Robert Livi, e que veio a ser sucesso com a musica "Sou Rebelde" com 250.000 discos vendidos.
Mas a música "Ele ou Você" fez parte da trilha sonora da novela "Pecado Rasgado" da TV Globo. Porém o melhor ainda estaria por vir.
Uma apresentação de Elizangela produzida por Aluizio Legey para o Fantástico, fez com que o outro lado do disco começasse a fazer sucesso estrondoso. Primeiro no norte / nordeste, depois no Rio de Janeiro e São Paulo.
Em poucos dias Elizangela vendia cerca de 20.000 discos por semana em todo Brasil. Em 5 meses já passava de 500.000. Em um ano ultrapassava 1 milhão de discos, sendo 200.000 em espanhol na America Latina.
Para muitos historiadores, a batida de "Pertinho de Você" aliado ao balanço que Elizangela fazia com as pernas, que era muito imitado pelo público no nordeste, seria o inicio do que viria a ser a futura lambada, o ritmo que sacudiria a Europa.
Na verdade, segundo Hugo, ele misturou o ritmo de um disco do Jesse Green, que fazia sucesso nas discotecas no momento, com o estilo da Tina Charles, da Ivone Elyman (flautas) e da Marilyn McCoo. E compôs uma música inédita usando esta mistura ritmica, que acabou dando certo aqui.
A musica "Pertinho de Você" teve mais de 30 regravações até 1999. Mel com Terra, Limão com Mel, Conrado, Mariane, os Motokas, Forrozão Baby Som, Calcinha Preta e dezenas de outros artistas gravaram e tocam o sucesso de Elizangela, de autoria e arranjo de Hugo Bellard, em seus shows.

Roberto Carlos reúne fãs em navio e anuncia novos discos para 2013

Em seu nono cruzeiro, Rei prometeu três lançamentos para 2013

Descalça e de pé sobre a poltrona estofada, Luíza grita sem parar, tentando atrair a atenção de seu ídolo, de quem está a menos de 10 metros. Ao seu lado, porém, centenas de outras fãs também protagonizam ataques histéricos - Luíza, cabelos despenteados e lágrimas no rosto, é só mais uma na multidão. Não não se trata de um show de rock nem Luíza é adolescente. A professora aposentada tem 63 anos e está pela primeira vez diante de seu maior ídolo, Roberto Carlos, que neste momento distribui rosas vermelhas à plateia, no encerramento de um show no navio Costa Favolosa. Não fosse pelo fato de o navio estar ancorado no porto do Rio, e não navegando, o nome do evento resumiria a cena com perfeição: 'Projeto emoções em alto-mar'.

Em sua nona edição, o passeio de navio com Roberto Carlos se estende por quatro dias, de sábado, 26, até quarta-feira, 30, e reúne 3.780 fãs do rei que pagaram até R$ 10 mil pelas mordomias, dependendo do luxo da cabine. A embarcação saiu de Santos e passa por Ilhabela, Rio e Angra dos Reis. "Mas, se não saísse do lugar, eu viria do mesmo jeito", garante o advogado Antonio Pereira, de 67 anos.

Se o show não difere daqueles realizados em terra firme, o cruzeiro permite outra experiência rara: o público pode acompanhar a entrevista coletiva que Roberto concede aos jornalistas convidados. Embora um assessor peça à plateia que não se manifeste, são as fãs que proporcionam os momentos mais inusitados. Questionado por uma jornalista sobre as características da mulher ideal, o rei é interrompido pelo grito de uma senhora: "Eu, eu". Quando conta que não está namorando, Roberto desperta burburinho, que aumenta quando lhe perguntam se está beijando muito. "Não dá pra viver sem isso, nem sem sorvete."

Até jornalista se deixa levar pela tietagem. Ao conseguir o microfone e saber que faria a última pergunta da entrevista coletiva, um repórter dispara: "Roberto, tira uma foto com minha mãe?". Sempre atencioso, o cantor concorda. Quem não tem a possibilidade de usar o microfone recorre a cartazes. "Meu Rei, há 50 anos espero tirar uma foto com esse cara. Realize meu sonho", pede uma senhora que se identifica como Jeny. Ao lado dela, uma jovem segura outro cartaz: "Roberto, tira uma foto com minha mãe! Assinado: Filha da Jeny".

Entre elogios e suspiros, a coletiva também trata de projetos musicais. Em 2013, Roberto Carlos pretende lançar três discos. Um deles é de canções antigas remixadas. "Estou muito entusiasmado com o trabalho dos DJs", diz. Outro deve ser de músicas cantadas em espanhol. "Faz tempo que não lanço um disco em espanhol", justifica. E o terceiro é um disco com dez músicas das quais quatro serão as mesmas já lançadas no compacto que inclui 'Esse cara sou eu'. "Acho que o ideal é que o CD tenha 10 12 músicas, mas não deu tempo de compor as outras 6, então eu lancei esse com 4", brinca. "Mas vou fazer as outras e juntar com essas."

Graças ao sucesso de 'Esse cara sou eu', o compacto já vendeu 2 milhões de cópias, número que impressiona em meio à crise do mercado fonográfico. Outras 700 mil cópias foram comercializadas em formato digital, pela internet. O rei anunciou ainda que fará show em Porto Alegre, no novo estádio do Grêmio, em abril, como parte da comemoração de seu aniversário (ele completa 72 anos em 19 de abril), e sua turnê vai passar por outras capitais.

No show de domingo, promovido enquanto o navio estava ancorado no Rio, não faltou mulher bonita e gente famosa, Luma de Oliveira, Luana Piovani, Fernanda Paes Leme, Eri Johnson e o ex-jogador Junior, entre outros, atraíram muitos flashes. A maioria dos famosos foi ao navio exclusivamente para jantar e ver o show, que teve como um dos pontos altos um brinde com espumante servido ao público em taças de plástico enquanto o rei cantava 'Champagne', sucesso de Peppino di Capri.







Fonte: Portal UAI

janeiro 29, 2013

'Nunca vi tanta dor em minha vida', diz psicólogo sobre John Lennon



O homem que fez John Lennon e Steve Jobs gritarem a plenos pulmões fala baixinho e devagar, com uma voz suave. Seu nome é Arthur Janov, criador da terapia primal e autor do best-seller de 1970 "The Primal Scream" (lançado no Brasil como "O Grito Primal" e fora de catálogo), cujas influências reverberam mais na cultura pop do que na psicologia tradicional.

Aos 88 anos, Janov reclama de dor na garganta, mas diz que seu estado de saúde é ótimo graças à própria terapia, segundo a qual doenças e neuroses são resultados de dores reprimidas na infância e no parto. A solução, ele diz, é reviver a dor e abraçar a choradeira (e gritos, urros etc.).

"Toda a dor de não ter sido amado quando criança fica gravada no cérebro, nos músculos, nos ossos. Ela nunca vai embora", contou Janov para Serafina, em sua casa, com pé na areia, na praia de Malibu, repleta de livros e flores, além de dois gatinhos.

Retrato do psicólogo californiano Arthur Janov, criador da terapia primal que influenciou o ex-beatle John Lennon

Com Ph.D em psicologia pela Universidade da Califórnia, Janov tem 11 livros publicados. O mais recente é de 2006 e se chama "Primal Healing" (cura primal). "Quarenta anos depois, o princípio da terapia segue o mesmo, mas hoje sabemos mais detalhes de como o cérebro funciona e aprimoramos as técnicas."


Apesar de pesquisas com resultados positivos feitas por universidades ao longo das décadas, a terapia primal nunca virou "mainstream", talvez pelas poucas provas de eficácia.

Mas, se não fosse por ela, o mundo não teria visto um dos álbuns mais pessoais e intensos do rock, "John Lennon/Plastic Ono Band", a estreia solo do ex-Beatle, de 1970, escrito durante os cinco meses em que ele se tratou com o psicólogo californiano.

BEATLE

"Nunca vi tanta dor em toda minha vida", conta Janov sobre Lennon, abandonado pelos pais e criado por uma tia. "Ele me mandou o disco assim que ficou pronto e eu toquei para um grupo de pacientes. Todos foram à loucura, começaram a gritar, porque o álbum falou para suas almas. Foi incrível."

Lennon (1940-1980) e Yoko Ono, 79, receberam uma cópia do livro "O Grito Primal" por correio quando moravam em Londres e ficaram intrigados. Janov viajou para tratá-los e depois eles vieram para a clínica de Los Angeles.

"A partir das nossas discussões, ele escreveu o álbum. Uma vez, perguntou sobre religião e eu disse: 'Quanto mais dor você sente, mais precisa acreditar na religião. Virou a canção 'God''."







Fonte: Folha SP

janeiro 28, 2013

60 curiosidades dos anos 60


A formação da primeira equipe da Rede Globo ocorreu em 1963. Cerca de dois anos depois, em 26 de abril de 1965 era finalmente inaugurada a emissora Rede Globo de Televisão. O primeiro programa a ir ao ar foi um infantil chamado Uni Duni Tê.

Paixão de outono, a primeira novela da recém-nascida emissora, foi ao ar em 14 de setembro de 1965. De autoria de Glória Magadan, ela teve apenas 50 capítulos. Uma observação: na época, Magadan era diretora do núcleo de dramaturgia da Globo.

O gênero telenovela surgiu no Brasil em 1951. A primeira telenovela foi Sua Vida Me Pertence, exibida pela extinta TV Tupi. No entanto, a primeira exibida diariamente no Brasil foi 2-5499 Ocupado, na antiga TV Excelsior, em 1963. Foi em 2-5499 Ocupado que os atores Glória Menezes e Tarcísio Meira começaram a formar aquele que foi um dos pares românticos mais conhecidos da dramaturgia.

A primeira telenovela com um hora de duração foi Os Miseráveis, produção da Bandeirantes de 1967. Antes disso, as novelas tinham, no máximo, meia hora.

A primeira novela de grande repercurssão (diga-se, uma verdadeira mania nacional) foi O Direito de Nascer, baseada em uma rádionovela de origem cubana. O Direito de Nascer foi exibida pela Tupi entre 1964 e 1965.

Um dos seriados de maior sucesso da grade da Tupi foi o brasileiro O Vigilante Rodoviário. Levado ao ar em 1962 e protagonizado pelo ator Carlos Miranda, a série conquistou o público adolescente e infantil. O sucesso foi tamanho que virou até história em quadrinhos. Anos mais tarde, O Vigilante Rodoviário seria retransmitido pela Rede Globo.

Criada pelo norte-americano Gene Roddenberry, a série Star Trek (“Jornada nas Estrelas” no Brasil e “O Caminho das Estrelas” em Portugal) estreou nos Estados Unidos em 8 de setembro de 1966.

Em 1964, Gene Roddenberry tentou vender a idéia da série para os estúdios MGM, que a rejeitou por achá-la ousada demais.

Star Trek - The Original Series teve somente três temporadas, mas fez tanto sucesso e angariou tamanha quantidade de fãs ao longo dos anos que motivou a criação de mais cinco franquias. São elas: Star Trek - The Animated Series; Star Trek - The Next Generation; Star Trek - Deep Space Nine; Star Trek - Voyager e Star Trek - Enterprise.

Você sabia que Michele Nichols e William Shatner protagonizaram em 1968 o primeiro beijo inter-racial num programa de televisão norte-americano?

Quem inicialmente foi convidado para o papel de Spock foi o ator Martin Landau, mas este recusou e foi substituído por Leonard Nimoy. Anos depois, Nimoy substituiu Landau na série Missão Impossível.

A saudação do povo vulcano foi criada pelo próprio Leonard Nimoy, inspirado numa saudação judaica.

O único ator a aparecer em todos os episódios da série original foi Leonard Nimoy.

Outras séries de TV de grande sucesso no Brasil dos anos 60 foram: James West, A Feiticeira, Bonanza, Jeannie é um Gênio, Doutor Kildare, A Família Adams, Perdidos no Espaço, Rin Tin Tin, Batman, National Kid, Os Monstros e Agente 86.

O primeiro registro fonográfico de Raul Seixas foi um disco de 78 RPM gravado em 1964. Continha as faixas Nanny e Coração Partido – versão brasileira de uma canção de Elvis Presley. O compacto nunca chegou a ser lançado.

Entre dezembro de 1960 e agosto de 1963, os Beatles fizeram 294 apresentações no Cavern Club.

A primeira aparição dos Beatles na TV americana foi no programa de Jack Paar, em março de 1964, onde o grupo exibiu uma versão ao vivo de "She Loves You".

Durante os cinco primeiros minutos da primeira apresentação dos Beatles no programa de TV norte-americano “Ed Sullivan Show”, em 1964, não foi registrado nenhum assalto ou homicídio cometido por jovens nos Estados Unidos.

O disco With The Beatles (Entre os Beatles), de 1963, foi lançado nos Estados Unidos como Meet The Beatles (Conheça os Beatles).

A Hard Day’s Night, disco dos Beatles de 1964, foi lançado no Brasil como o título em português Os Reis do Iê, iê, iê.

Correção: Verificando a informação que um leitor nos passou e que está correta, 'Yesterday and Today' não é o nome de uma música e sim de um album !

O Álbum Revolver, de 1966, foi lançado nos Estados Unidos com três músicas a menos. São elas: I’m Only Sleeping, And Your Bird Can Sing e Yesterday and Today. A explicação está no fato de que as gravadoras responsáveis pelos lançamentos faziam suas próprias seleções, dependendo do país em que o disco era lançado.

O LP Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band foi o primeiro disco no mundo com capa dupla, encarte com fotos e letras das músicas.

Sgt. Pepper’s foi a mais longa gravação do grupo de Paul, John, Ringo e George. Para concluí-lo eles levaram 700 horas ou 29 dias da vida dos quatro rapazes de Liverpool.

Era para Let it Be (1969), o último álbum da banda, ser lançado com o nome de Get Back. A faixa I Me Mine, de Let it Be, foi a última gravação do Beatles. Detalhe: foi gravada sem a participação de John Lennon.

O psicopata Charles Manson, responsável pelo brutal assassinato da atriz Sharon Tate e outras quatro pessoas em 1969, era fanático pelos Beatles. Além de dizer quer era um enviado por Deus, Manson se considerava o quinto Beatle.

O sucesso do grupo de Paul e John inspirou dois produtores de TV a criar uma série de TV com um grupo parecido chamado The Monkees. O sucesso do grupo foi imediato. Em 1967, o The Monkees era o grupo mais popular dos Estados Unidos.

A Jovem Guarda foi um movimento comportamental e musical dos anos 60 surgido a partír do programa Jovem Guarda, exibido nas tardes de domingo pela TV Record de São Paulo.

Aliás, a expressão Jovem Guarda começou a ser usada em 1965 com a estréia do programa na TV Record. A origem do termo ainda é nebuloso, mas acredita-se que tenha sido tirado de um discurso de Lênin, onde ele afirmou "O futuro pertence à jovem guarda porque a velha está ultrapassada".

As maiores influências dos músicos da Jovem Guarda foram o rock norte-americano dos anos 50 e 60, o rock brasileiro do início dos anos 60 (Celly e Tony Campello, principalmente) e a febre musical dos Beatles.

O termo “iê-iê-iê” foi usado como denominação do rock brasileiro dos anos 1960 (entenda-se Jovem Guarda). Dizia-se que Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Wanderléa e toda a turma da Jovem Guarda fazia “iê-iê-iê”. Esse termo surgiu de músicas como She Loves You, em que os Beatles repetiam “yeah-yeah-yeah”.

O programa Jovem Guarda era comandado por ninguém menos que Roberto Carlos e seus amigos Erasmo Carlos e Wanderléa. A idéia de convocar Erasmo e Wanderléa para dividir a apresentação do programa partiu de Roberto Carlos.

A lista de músicos que se apresentavam no programa era extensa: Golden Boys, The Fevers, Renato e seus Blue Caps, Jerry Adriani, Wanderley Cardoso, Martinha, Vanusa, Ronnie Von, Eduardo Araújo, Os Incríveis, Rosemary, Sérgio Reis, Silvinha, Ronnie Cord, Waldirene, Leno e Lilian, Os Vips, Nilton César e Trio Esperança, entre outros.

Roberto Carlos foi o primeio não-italiano a vencer o Festival de São Remo, em 1968.

O título de “Rei” foi dado a Roberto Carlos pelo apresentador de TV Chacrinha. A coroação ocorreu em 1966, durante um programa de Chacrinha.

Woodstock, o mais lendário festival de rock da história aconteceu nos anos 60. Entre as atrações do festiva estavam Jimi Hendrix, Grateful Dead, Joan Baez, Santana, Joe Cocker, Creedence Clearwater Revival, The Who, Janis Joplin e Jefferson Airplane, só para citar alguns.

Você sabia que grupos como Jethro Tull, Led Zeppelin, The Doors e ninguém menos que o The Beatles receberam convite mas se recusaram a participar de Woodstock?

Os Rolling Stones alcançam o status de superastros da música com a canção Satisfaction – 1º lugar nas paradas do Estados Unidos em 1965.

Os anos 1960 representaram uma época dourada para o rock britânico. Foi quando dezenas de bandas surgidas no Reino Unido invadiram as rádios, os palcos e os programas de TV dos Estados Unidos. A invasão britânica foi encabeçada pelos grupos The Beatles, Rolling Stones, The Animalas, The Who, Jethro Tull, The Kinks, Yardbirds, The Pretty Things e Led Zeppelin.

A Era de Ouro do Rock – é assim que os anos 1960 são definidos por muitos especialistas em rock. Não sem motivos! A década de 60 foi dos Beatles, da invasão britânica, do surf rock, da música de protesto e do surgimento do heavy metal. Foi na segunda metade da década que surgiram os precursores do metal: Black Sabath, Led Zeppelin, Deep Purple e Judas Priest.

O movimento de contracultura característico da época foi o hippie. Surgido como consequência da Geração Beat e da indignação dos jovens com a Guerra do Vietnã, o movimento hippie nasceu nos Estados Unidos e sobreviveu no Brasil até o início dos anos 80. Os hippies eram conhecidos por suas cabeleiras longas, pelas roupas velhas, pelo lema “Paz e Amor”, pelo misticismo, pela simpatia pela anarquia e pelo uso acentuado de drogas como a maconha e o LSD.

Também foi nos anos 60 que ocorreu a revolta do Stonewall Inn. Iniciada em 28 de junho de 1969, a revolta foi uma série de reações da comunidade gay de Nova York contra as batidas policiais no bar Stonnewall Inn, frequentados por gays, transexuais, travestis e lésbicas. Foi a partír de Stonewalll que surgiram todos os movimentos, entidades e paradas gays modernas.

Ocorreram diversos festivais da canção no Brasil, o primeiro em 1965 e o último em 1985. Os festivais mais lendários foram os da TV Record, quando o Brasil conheceu músicas como Alegria, Alegria (de Caetano Veloso), A Banda (Chico Buarque), Domingo no Parque (Gilberto Gil), Ponteio (Edu Lobo), Disparada (Geraldo Vandré) e Roda Viva (Chico Buarque).

Por falar em música brasileira, os dois maiores programas de TV sobre música nos anos 60 foram O Fino da Bossa, apresentado por Elis Regina e Jair Rodrigues; e Brasil 60, com apresentação de Bibi Ferreira.

O primeiro automóvel inteiramente fabricado no Brasil foi a Perua DKW, que começou a circular em 15 de novembro de 1957.

A Vemag (Veículos e Máquinas Agrícolas S.A.) foi um fabricante brasileiro que produziu sob licença os veículos da alemã DKW. Entre os modelos produzidos pela Vemag estão o cupê Fissore, o Caiçara, o Belcar e o Vemaguete.

Por falar em DKW, ela foi uma fabricante alemã de automóveis. Fazia parte do grupo Union, que integrava marcas como Horch, Wanderer e Audi. Comprada pela Volkswagen, a única marca que sobreviveu foi a Audi.

O DKW-Vemag Belcar era inicialmente chamado de Grande DKW-Vemag, mas acabou ganhando a denominação de Belcar – uma abreviação da expressão inglesa “beautiful car”.

Subsidiária da marca francesa Simca, a Simca do Brasil produziu modelos como o Simca Chambord, Simca Jangada, Présidence, Alvorada e Esplanada.

O primeiro Simca produzido no país foi o Chambord, em 1959. O Chambord serviu de base para todos os modelos Simca brasileiros, inclusive o Esplanada – seu sucessor definitivo.

Comprada pela norte-americana Chrysler, a Simca durou até a segunda metade dos anos 1960. Os últimos Alvoradas e Esplanadas saíram de fábrica como marcas da Chrysler do Brasil.

A Karmann-Ghia surgiu a partír da união da marca italiana Ghia com a alemão Karmann. Detalhe importante; os automóveis da Karman-Ghia foram produzidos pela alemã Volkswagen.

A fábrica da Karmann-Ghia brasileira foi inaugurada em 1960 na cidade de São Bernardo do Campo. Os primeiros automóveis saíram da linha de produção em 1962, sendo fabricados até a primeira metade dos anos 1970.

A pecinha responsável por esguichar água no para-brisa do Fusca era continuamente roubada nos anos 60 para… acredite se quiser, servir de anel! A moda do anel Brucutu (era assim que ele era chamado) foi inspirada por Roberto Carlos e pela turma da Jovem Guarda.

Os filmes mais vistos nos anos 60: West Side Story, A Primeira Noite de um Homem, Barbarella, 2001 – Uma Odisséia no Espaço, Sem Destino (Easy Rider), My Fair Lady, Doutor Jivago, Os Pássaros, Lawrence da Arábia, Quem Tem Medo de Virginia Woolf? e Mary Poppins.

Uma das personalidades mais comentadas dos anos 60 foi a baiana Marta Vasconcellos, vencedora do concurso de Miss Universo de 1968.

Na moda, surgiram os vestidos do tipo “tubinho” e a mini-saia (que, na verdade, nunca saiu de moda).

Chamado de Iguatemi, o primeiro shoppin center do Brasil foi inaugurado em São Paulo em 1966.

Abaixo, uma curiosa relação dos produtos que já existiam ou foram lançados durante os anos 60 (com nome do produto e ano de lançamento).

Aji-no-moto, tempero (glutamato monossódico) – 1949
Antarctica, guaraná - 1921
Aspirina, comprimidos – 1912
Avon, cosméticos – 1959
Band-aid, curativo – 1947
Bic, canetas – 1956
Biotônico Fontoura, xarope “fortificante” - 1910
Bis, chocolate - 1942
Catupiry, queijo - 1911
Chevrolet, automóveis -1924
Chicabon, sorvete - 1942
Cinzano, vermoute – 1878
Coca-Cola, refrigerante – 1942
Colgate, creme dental – 1927
Copag, baralhos - 1908
Coppertone, protetor solar – 1960
Corn Flakes, cereal - 1965
Diamante Negro, chocolate - 1939
Eno, antiácido - 1928
Eskibon, sorvete - 1942
Esso, postos de combustíveis – 1912
Fanta, refrigerante – 1964
Farinha Láctea Nestlté – 1876
Ferla, aveia - 1948
Ford, automóveis – 1919
Fujifilm, filmes fotográficos – 1958
Gessy, sabonete – 1913
Glasurit, tintas - 1967
Goodyear, pneus – 1919
Granado, polvilho antisséptico - 1903
Hellmans, maionese - 1942
Hollywood, cigarros – 1931
Jimmi, molho inglês - 1945
Juquinha, balas - 1945
Karo, xarope de glucose de milho – 1933
Knorr, caldos de carne e galinha – 1961
Kolynos, creme dental – 1917
L’oréal, cosméticos - 1939
Lux, sabonete – 1932
Maggi, caldos de carne e galinha - 1961
Maizena, amido de milho – 1874
Martini, vermoute – 1950
Matte Leão, chá - 1938
Mazola, óleo de soja – 1954
Melitta, filtro de papel – 1968
Minâncora, pomada - 1913
Moça, leite condensado – 1890
Nadir Figueiredo, copos - 1912
Nescafé, café solúvel - 1953
Nescau, achocolatado – 1932
Neston, farinha de cereais – 1958
Ninho, leite em pó - 1928
Omo, sabão em pó – 1957
Ovomaltine, achocolatado – 1930
Phebo, sabonete - 1936
Phillips, leite de magnésia - 1930
Prestígio, chocolate - 1962
Quaker, aveia – 1953
Rexona, desodorante – 1967
Royal, fermento em pó – 1945
Salada, óleo de soja - 1929
Seda, produtos para o cabelo – 1968
Seleções, revista – 1942
Seven Boys, pães e bolos - 1950
Shell, postos - 1914
Singer, máquinas de costura - 1858
Toddy, achocolatado – 1933
União, açucar - 1910
Yakult, leite fermentado - 1966
Ypióca, aguardente – 1846

Gírias dos anos 60 (o seu “significado” está entre parênteses):

Bacana (bom, bonito)
Boa pinta (de boa aparência)
Boazuda (mulher bonita)
Bolinha (estimulante)
Cafona (brega e de mal gosto)
Calhambeque (carro velho)
Cara (indivíduo)
Carango (carro)
Certinha (mulher bonita)
Chapa (amigo)
Duca (ótimo)
Duvi-de-o-dó - Duvidar de algo.
É de lascar - Situação complicada.
É fogo! (é difícil)
É uma brasa, mora! (é espevitada, danada)
Esticada (passar por vários restaurantes e bares noturnos)
Fossa (depressão, crise existencial)
Gamar (namorar)
Gata (mulher bonita)
Grana (dinheiro)
Legal! (ótimo!)
Mancar (desrespeitar compromisso)
Minissaia (saia curta)
Paca (muito)
Pão (homem bonito)
Papo firme (conversa séria)
Papo furado (conversa boba)
Patota (turma de amigos)
Pé de chinelo (pessoa sem expressão)
Pelego (líder sindical “puxa-saco”)
Pode vir quente que estou fervendo (excitada)
Pra frente (moderno)
Quadrado (conservador)
Sebo nas canelas (apresse-se, vamos rápido)
Sifu (deu-se mal)
Tremendão (rapaz bonito)
Ziriguidum (samba no pé, molejo de mulata)







Fonte: Informações http://maisquecuriosidade.blogspot.com.br

Jovem Guarda, sucesso antes da ‘beatlemania’


Enquanto perdia terreno a primeira geração do rock, no final dos anos cinqüenta, outro movimento ainda mais rico e radical estava sendo construído, para explodir alguns poucos anos após, inicialmente na Europa, e depois no mundo.

Na Inglaterra, mais exatamente na cidade portuário de Liverpool, o merseybeat e, de forma especial, os Beatles, preparavam um novo assalto planetário, no que ficou conhecido como "beatlemania".

 Dessa nova explosão, novamente ninguém escapou, e o que se convencionou chamar de rock afirmou-se, então, definitivamente como a mais universal das manifestações culturais produzidas pela Humanidade.

Na mesma época, no Brasil, mais exatamente no bairro da Tijuca, na esquina das ruas Hadock Lobo e Matoso, no Rio de Janeiro, um grupo de músicos, entre eles Erasmo Carlos, Roberto Carlos, Tim Maia e Jorge Ben, também trilhava os mesmos caminhos de Lennon & McCartney. Enquanto Lennon & McCartney montavam, em Liverpool, o primal Quarrymen, Roberto e Erasmo, e também Tim Maia, faziam o mesmo com os grupos Sputniks, Terríveis e The Snakes, inicialmente influenciados pelo nascente rock and rock, especialmente por Elvis Presley.

Mas, diferente dos primórdios do nosso rock, o que estava sendo gestado não era mais apenas uma cópia, ou adaptação, e sim uma nova linguagem musical, com características nacionais, que ficou conhecida como Jovem Guarda.

Quando os Beatles entraram em cena, em 1963, Roberto Carlos chegou junto, correndo em faixa própria, com as músicas "Splish Splash" e, depois, "Párei na Contra-Mão", no mesmo ano. Em 1964, já com o primeiro LP lançado (novembro de 1963) - excluindo ?Louco Por Você?, Roberto Carlos já contabilizava mais dois hits, cantados de Norte a Sul do país - "É Proibido Fumar" (dele e Erasmo) e "O Calhambeque", versão para "Road Hog", do americano John D. Loudermilk, o mesmo autor de "Tobacco Road".

Em 1965, com o lançamento de "Quero Que Vá Tudo Pro Inferno" (dele e Erasmo, novamente) e a estréia, em 22 de agosto, do programa Jovem Guarda, na TV Record, o movimento ganhou o seu contorno definitivo, que o tornou conhecido na história da música brasileira.

Até o final da década, especialmente, milhares de compactos, LPs e novos artistas foram se sucedendo, produzindo uma cena musical jamais vista na história do país, que foi arrefecendo após o fim do programa Jovem Guarda, no início de 1968. É importante destacar que a presença mais marcante dos Beatles no cenário musical brasileiro ocorreu somente após 1964, também por conta das versões produzidas por grupos e intérpretes nacionais, quando a Jovem Guarda já tinha afirmado sua identidade sonora.

O primeiro grande hit do grupo Renato e Seus Blue Caps foi "Menina Linda", lançada em em 1965 - uma versão para "I Should Have Know Better", do disco "A Hard Days Night", que não foi single, e nem sequer fez parte dos eps (com quatro músicas) do grupo. Talvez o segundo hit "beatlemaníaco" do Brasil tenha sido "Meu Bem", com Ronnie Von, lançada em 1966, outra música que também passou longe de ser um dos sucessos mais expressivos dos Beatles, da mesma forma não fazendo parte de qualquer single ou ep.

De certa forma, ainda hoje desprezada por boa parte dos teóricos e historiadores, a Jovem Guarda teve e tem para a cultura musical jovem do Brasil, a mesma importância que os Beatles tiveram para o mundo, em todos os aspectos. Observando-se a obra de Erasmo & Roberto Carlos, especialmente, tanto em quantidade e qualidade, quanto na influência que ela produziu em toda a música brasileira, é evidente que sua dimensão e importância extrapola o valor que a ela se credita.

A Jovem Guarda foi o movimento musical dos anos sessenta com mais consistência e, especialmente, identidade própria de todos os países do mundo, excetuando-se, claro, a própria Inglaterra, os Estados Unidos, e, talvez, a Itália, a França e a Austrália.







Fonte: Informações Senhorf

janeiro 27, 2013

Lilian Knapp 'Sou Rebelde' e outros sucessos inesqueciveis


Semana passada fiquei feliz e surpreso, a querida cantora Lilian acessou no Facebook a nossa 'Página de Fãs' do 'Nossa Jovem Guarda' e mandou uma mensagem para mim, confesso que fui as nuvens. Não podia imaginar que um dia aquela moça linda e dona de uma voz cativante de quem eu era fã desde os tempos da jovem guarda iria aparecer assim como num sonho e perguntar: Quem é você ?, e minha resposta para ela foi: sou seu fã.

Mas vamos conhecer um pouco mais sobre Lilian Knapp


A cantora Silvia Lilian Barrie Knapp, mais conhecida como Lílian (ou ainda Lílian Knapp) nasceu no Rio de Janeiro/RJ, em no dia 30 de março de 1948.


Interpretação inesquecivel de Lilian: Sou rebelde




Ao lado de Leno, era a metade da dupla Leno e Lilian, um dos diversos grupos atuantes durante a Jovem Guarda.

Em 1964 apresenta-se em programas de TV, como “Brotos no 13” e Hoje é Dia de Rock”, na TV Rio, cantando com Leno. É contrata então pela TV Record e passa a cantar no programa Jovem Guarda, apresentado por Roberto Carlos.
Os dois conquistaram as rádios, em 1966, com "Pobre Menina” (Hang on Sloopy / Bert Russell - Wes Farrell - versão de Leno), "Devolva-me" (Lílian e Renato Barros) e "Eu Não Sabia que Você Existia" (Renato Barros - Tony). Em 1967 estouraram mais uma vez com "Coisinha Estúpida” (Something stupid / Carson Parks - versão de Leno).


A dupla se desfez em 1968, mas Lilian continuou a fazer sucesso, ganhando três discos de ouro com seus trabalhos solos. Vendeu 500 mil cópias de "Como se Fosse Meu Irmão" (1975), música que foi incluída na trilha sonora do longa metragem “Pixote”. Em 1979 atingiu cerca de um milhão de discos vendidos do disco "Lílian", ancorada pelo sucesso de "Eu Sou Rebelde” (Soy Rebelde / M. Alejandro - versão de Paulo Coelho). O sucesso seguinte foi "Uma Música Lenta" (Ed Wilson e Robert Livi), que ficou na casa das 850 mil cópias, em 1980.

Entre o final da década de 70 e início da década de 80 era presença marcante em programas de TV, como Discotecado Chacrinha, Programa Sílvio Santos, Viva a Noite, Programa do Bolinha, Mulheres em Desfile e outros.

Ancorada nesses sucessos, a cantora percorreu todo o Brasil e chegou a cantar na Argentina, Chile e Colômbia. Em seguida se especializou em ser cantora de estúdio, fazendo backing vocals para gravações de vários cantores, como Gal Costa, além de ter músicas gravadas por Sandra de Sá, José Augusto, Sandy e Júnior e Zezé di Camargo e Luciano.

Lançou mais dois discos solo, "Lilian" (1992) e "Lilian Knapp" (2001). No ano de 2000, sua canção "Devolva-me" foi reagravada com imenso sucesso pela cantora Adriana Calcanhotto.

No ano de 2001 lançou ainda o livro “Como Um Conto de Fadas”, pequeno volume que é uma espécie de “autobiografia informal”.

Em 2002 Lilian relançou o Cd de 2001 com outro nome ("Lilian Barrie") e com uma música inédita, "Enrosca", de Gastão Lamounier.

No decorrer de sua carreira, Lílian trocou algumas vezes seu nome artístico, tendo o nome grafado nas capas de seus discos como Lílian, Lílian Knapp e Lílian Barrie.

Desde 1996 até os dias de hoje Lílian continua se apresentando regularmente em shows, por todas as capitais e cidades do interior do país, em casas de espetáculo, como o Tom Brazil, Canecão, entre outras, feiras agropecuárias, ginásios, estádios, realizando uma turnê internacional pela América do Sul (Equador, Colômbia, Paraguai, Argentina, Uruguai e Chile), sempre com enorme sucesso de público e crítica.

Em 1980, Lílian obteve grande sucesso com a canção "Sou Rebelde". Nesta época, Lílian posa nua para uma edição especial da revista Homem, da Idéia Editorial.
Nos anos 90, Leno e Lílian participaram de shows comemorativos aos 30 anos de Jovem Guarda e se apresentaram juntos ou separadamente. Alguns discos da dupla e individuais de Leno foram relançados em CD.

Em 1966, a dupla lançou o primeiro disco, com as canções "Pobre Menina" e "Devolva-me". O primeiro LP, gravado logo em seguida, incluía essas duas primeiras músicas e ainda "Eu Não Sabia Que Você Existia", outro sucesso.
Já em 1968, com uma separação da dupla, Leno seguiu carreira solo e gravou alguns discos com relativo êxito. Em 1972 eles voltam a se apresentar juntos. Nesse período, lançam canções produzidas e compostas por Raulzito (Raul Seixas), Renato Barros e outros autores, além de composições próprias.

Ao longo das décadas de 1970 e 1980, Lílian e Leno desenvolveram carreiras solo, com alguns breves reencontros.

Link da página da cantora no Facebook:
https://www.facebook.com/lilian.knapp

janeiro 25, 2013

A Jovem Guarda não vai ficar de fora do aniversário da cidade de São Paulo

Às 14h de sábado (25) a banda pernambucana Del Rey vai relembrar clássicos com a participação da “Ternurinha” Wanderléa. Você não paga nada para assistir a esse show  que será realizado no Parque Ecológico do Tietê.


O grupo Del Rey é composto por integrantes da banda Mombojó e pelo músico China, o grupo vai resgatar clássicos que consagraram nomes como Erasmo e Roberto Carlos.

Sucessos que marcaram gerações como “Além do horizonte”, “Quero Que Vá Tudo Pro Inferno”, “Emoções”, “Eu Te Amo, Te Amo, Te Amo” e “Estrada de Santos” não devem ficar de fora da apresentação.

O Parque Ecológico do Tietê Rua Guirá Acangatara, 70, no bairro Engenheiro Goulart.






Fonte:Informações Globo.com

janeiro 24, 2013

Vietnã, Mao Tsé-Tung e os Beatles


Em 1966, no Brasil fazíamos festivais, lá fora os Beatles faziam seu último show, no estádio Candlestick Park, em São Francisco -EUA. Depois disso, eles mergulharam na vida de estúdios e produziram obras antológicas, como o Sgt. Peppers. Só voltaram a tocar ao vivo em 1969, no terraço da gravadora Apple. Mas o mundo fervia naqueles anos, nas artes, ns ciências e na política.

No inicío de fevereiro de 1966, a sonda soviética Luna 9, sem tripulantes, faz a primeira descida suave na lua. Aqui na Terra os conflitos eram muitos: Mao Tsé-Tung iniciava a Revolução Cultural na China, utilizando de expurgos e perseguições para impor a política nacionalista. No campo ocidental, os Estados Unidos enviavam tropas para o Vietnã, tornando a guerra iniciada em 1959 mais e mais dramática a cada dia. Na América do Sul, greves gerais de trabalhadores paravam o Chile e o Uruguai, mostrando a força da resistência contra os regimes autoritários.

No Brasil, os estudantes assumem a luta contra a ditadura. No dia 22 de setembro, a polícia militar invade a Faculdade de Medicina no Rio de Janeiro e prende 600 estudantes que realizavam o Dia Nacional da Luta contra a Ditadura, organizado pela UNE. O episódio fica conhecido como "massacre da Praia Vermelha". A situação só iria piorar: Costa e Silva era eleito presidente em outubro, mandatos de vários deputados federais eram cassados e o congresso posto em recesso por um mês.







Fonte: Informações portal2014.org.br

Porque a Jovem Guarda ainda tem tantos fãs fiéis




A juventude brasileira dos anos 60 se dividia, a grosso modo, em duas: a mais intelectualizada, que assistia a programas como O Fino da Bossa (de Elis Regina e Jair Rodrigues, na TV Record) e não perdia um festival da canção.

Mas havia uma outra platéia – bem mais numerosa, das camadas populares – que consumia os discos e programas daqueles jovens que tocavam à sua maneira um roquinho básico ao modo de Beatles, Rolling Stones, Beach Boys e outros. Era a jovem guarda, que passou a ser uma marca e não apenas o nome de um programa apresentado entre 1965 e 68 por Wanderléa, Roberto e Erasmo Carlos. Apesar de um som que em muitos casos era precário e com os anos ficou datado, a jovem guarda angariou fãs tão fiéis que sustentam até hoje seus artistas, independentemente de eles terem discos novos lançados ou de contarem com a grande mídia a seu lado.


Qualidade
A qualidade dos artistas da jovem guarda varia muito de acordo com a qualidade dos estúdios que gravaram, dos instrumentos a que tinham acesso e dos produtores que cada um teve para registrar seus discos. "Muitos discos eram subproduzidos, gravados em estúdios ruins, com instrumentos pobres, já que a maioria dos músicos não tinha acesso aos importados. Por último os produtores eram velhos homens de estúdio, que apitavam sobre o que estava sendo feito, sem a menor intimidade com o gênero que estavam gravando",

Não raro, era possível ver uma orquestra tradicional como a do maestro Astor gravando com um grupo de garotos, como aconteceu no disco do The Snakes – a banda pioneira integrada por Erasmo Carlos. "Era uma mistura difícil de dar certo".



Foi um movimento de mercado que revolucionou a indústria do disco no Brasil. Ali se desenvolveram os LPs de alta fidelidade e os compactos. Além disso, o jovem ganhou uma música específica para o seu consumo. Foi o primeiro boom de vendas nacional, como a beatlemania e a invasão do rock britânico nos Estados Unidos. Vale dizer que os artistas da jovem guarda aqui venderam mais que os próprios Beatles",

Outra surpresa é constatar que vários artistas que hoje tomaram novos rumos na MPB começaram em grupinhos da jovem guarda. É o caso do produtor Liminha, dos cantores Zé Ramalho, Vinícius Cantuária e Dudu França (do hit Grilo na Cuca) e dos executivos Miguel Plopschi, Max Pierre, Marcos Maynard (presidente da Abril Music) e outros – muitos dos quais estarão reunidos no evento Rock’n’roll Celebration 2000 que ocorre no Esporte Clube Pinheiros (SP). Nele, acontece a reunião das formações originais dos grupos Watt 69, Kompha, Sunday (que tem nos teclados o diretor da Som Livre, Hélio Costa Manso), Lee Jackson (que tem Maynard nos teclados) e Memphis (cujo vocalista é Dudu). O show será gravado em CD, VHS e DVD. "Muitos grupos foram engolidos pelo sistema", conta Marcelo. "Tanto que os Fevers e o Renato e Seus Blue Caps foram os únicos que continuaram após o final da jovem guarda.

Finalmente, a pergunta que fica no ar é por que a jovem guarda ainda tem tantos fãs fiéis? "Ela sempre foi forte, sempre vendeu muito mais disco que a bossa nova e a MPB em geral. Se você for visitar seus artistas, vai ver que está todo mundo bem. Todos têm carro bonito, boas casas, mesmo sem ter disco na praça. Eles souberam cultivar seu público e não dependem de crítica, de matérias em jornais, enfim, não dependem da mídia da Zona Sul carioca. A imprensa pode não dar valor mas o público dá. Eles vivem de fazer shows. O Renato Barros, do Renato e Seus Blue Caps, por exemplo, não tem disco novo na praça e recebe royalties baixos dos relançamentos em CD dos velhos vinis, mas faz shows de quarta-feira a domingo no Brasil inteiro".







janeiro 23, 2013

O palco da Jovem Guarda

Antigo teatro na Rua da Consolação sediava os shows

Erasmo Carlos: shows no Teatro Record, na Rua da Consolação (Foto: J. Tavares Medeiros)

Localizado na Rua da Consolação, 1992, o Teatro Record abriu as portas em 1959 para receber os programas com plateia da TV homônima. Seu forte eram as atrações musicais. No início, a emissora chegou à liderança da audiência com shows internacionais do naipe de Ella Fitzgerald e Charles Aznavour. Tempos depois, virou o palco dos grandes festivais de MPB dos anos 60. Na mesma época, a rua também ficava lotada de fãs afoitas nas apresentações da jovem guarda, estreladas por Roberto e Erasmo Carlos (foto ao lado). O teatro sofreu um incêndio em 1969, e suas atividades foram transferidas para a Rua Augusta. Hoje, o brilho do seu endereço original vem dos lustres das lojas especializadas em iluminação que ocuparam a área.

Atualmente: teatro deu lugar a loja especializada em artigos de iluminação (Foto: Fernando Moraes)



por Daniel Bergamasco, Mariana Barros, Rachel Verano, e Maurício Xavier [colaboraram Ricky Hiraoka, Carolina Giovanelli e Arnaldo Lorençato]

Fonte:http://vejasp.abril.com.br

janeiro 22, 2013

Parabéns: Banda Nostalgia completou 17 anos de sucesso


Nossos parabéns a Banda Nostalgia que completou 17 anos de atividades com uma brilhante apresentação com o cantor da jovem guarda Deny Coruja.

Deny Coruja acompanhado pela Banda Nostagia

Os metais da Banda Nostalgia


O evento realizado no último dia 20/01, como todos em que a Banda Nostalgia se apresenta foi coroado com o sucesso de sempre, e contou com a imensa galera que está sempre presente nas apresentações da banda.

A vocalista  Ládia Ribeiro embala os corações com sua voz diferenciada


Ivanildo Nostalgia na batera

A festa foi no TENDAS BAR (Av.João Pessoa com a  Rua Major Weyne) no bairro:DAMAS


E nós do Nossa Jovem Guarda mandamos os parabéns e nosso abraço a esses músicos talentosos e a galera de Fortaleza-CE.

janeiro 21, 2013

Propagandas antigas que hoje seriam incorretas

Vamos voltar no tempo pra valer, bem antes da nossa jovem guarda as propagandas exibidas na época seriam impublicáveis nos dias de hoje, algumas chegam mesmo a ser engraçadas.


Tortura na TV



Anúncio politicamente incorreto da Philips: em uma época em que o regime militar usava a tortura para reprimir os movimentos da esquerda, a empresa apresentava um modelo de TV capaz de resistir ‘a qualquer prova’. O texto dizia: “Na câmara de torturas, o TV Philips 550 resistiu a tudo. Antes de lançar no mercado, a Philips submeteu seus aparelhos a inúmeros testes eletrônicos e mecânicos, para certificar-se da capacidade de resistir a qualquer maltrato”.

Publicado na edição do dia 5 de outubro de 1969.

Rifle Remington



“É um prazer usar este rifle Remington. É supremo para os animais daninhos e para a caça regular – desde a dos coelhos até a dos veados. É a marca ideal para os atiradores, fazendeiros, pastores, vaqueiros, etc.”.

Publicado dia 3 de agosto de 1930.

O importante é o chocolate


O avião que se exploda. ‘O importante é o meio-amargo’, diz o paraquedista enquanto a aeronave cai incendiada. O anúncio do chocolate Nestlé é de  25 de maio de 1963.

A verdadeira Chupetinha



Bonecas Chupetinha e Risadinha. Em oferta na Eletroradiobraz na edição do ‘Estado’ do dia 1 de fevereiro de 1976.

Hoje o nome da boneca Chupetinha seria considerado incorreto.



Para mamães fumantes


Novo Philip Morris para mães fumantes lançado em fevereiro de 1956. Hoje o anúncio seria incorreto.




A enfermeira incorreta


“Todos precisam de um check-up”, dizia o anúncio da General Motors produzido pela agência McCann-Erikson em 2003. As enfermeiras não gostaram. O Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo reclamou ao Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária (Conar). Alegou que o anúncio ‘externa imagem não condizente com a realidade, traduzindo uma falsa ideia acerca da profissão, além de desrespeitar a moral e os bons costumes”. O anúncio saiu do ar.

janeiro 18, 2013

Nos anos 60 os discos mais vendidos na semana batiam ponto no "Astros do Disco" da TV Record


No inicio dos anos 1960, a TV Record criou um programa muito parecido com o "Noite de Gala", que fazia sucesso na TV Rio.

Ele se chamava "Astros do Disco", inicialmente apresentado só por Randal Juliano (1925-2006) e depois, com o sucesso do programa, também pela ex garota-propaganda Idalina de Oliveira.

Nas noites de sábado, "Astros do Disco" se transformou em um dos maiores sucessos da emissora paulista e todos queriam saber quais eram os discos mais vendidos na semana e aplaudir de casa ou do auditório da emissora os cantores e cantoras que vinham, ao vivo, defender os seus grandes sucessos.

Idalina de Oliveira apresentadora

O programa era em alto estilo e todos os cantores precisavam se apresentar de smoking, bem como as cantoras de vestido longo, tendo uma grande orquestra ao fundo.

Randal Juliano comandava o programa com muito talento e personalidade e se transformou em uma espécie de voz oficial da TV Record quando se falava em música e programas musicais. Com o sucesso do programa ele foi guindado à fama e, nos bastidores da emissora, só perdia o poder para Blota Junior (1920-1999), que era o grande nome em apresentação de programas de TV na época.

Roteirizado por Hélio Ansaldo (1924-1997) e produzido pela famosa Equipe A da TV Record, o programa apresentava as músicas e os discos mais vendidos nas lojas especializadas na semana, e foi o responsável também pela criação do Troféu Chico Viola, prêmio máximo para os cantores e compositores das músicas mais executadas no rádio e na TV a cada ano.

Artistas como Roberto Carlos, Wilson Simonal, Elis Regina, Agnaldo Rayol, Ângela Maria, Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Nara Leão, Wanderléa, Erasmo Carlos e até Teixeirinha eram presenças constantes na parada semanal. Eles eram considerados os grandes astros do disco, fosse ele um LP, um compacto duplo ou um compacto simples, em 33 ou em 78 rotações.

Para o escritor e biógrafo Paulo César Araujo, que ficou conhecido por ter sido o autor da biografia censurada do cantor Roberto Carlos, "aparecer no programa da TV Record nos anos 1960 era o desejo de todo artista da música popular brasileira e ele alavancou a carreira de muito cantor naquela época".

Antes mesmo de se tornar o comandante do programa "Jovem Guarda", Roberto Carlos conquistou o público paulista participando muitas vezes do "Astros do Disco" graças ao sucesso do seu 78 rotações que trazia as músicas "Splish Splash" e "Parei na Contramão".






Fonte: Informações tele história

janeiro 16, 2013

Ex-Beatle Paul McCartney divulga vídeo de animação com sua ex-esposa



O ex-Beatle Paul McCartney divulgou nesta terça-feira em seu canal no Twitter, um vídeo de animação que traz Linda McCartney, sua ex-esposa, com a câmera fotográfica em punho e rodeada por animais.

Acompanhado pela canção "Heart of the Country", o clipe parece integrar uma campanha publicitária para a rede de alimentos vegetarianos que leva o nome dela.

A fotógrada Linda McCartney morreu em 1998, vítima de câncer. "Heart of the Country" foi escrita pelo casal e foi gravada no álbum "Ram", de 1971.


Alguém conhece a Banda Provisória ?

O vídeo chegou por E-mail mas não conheço quem enviou, não tinha informações sobre a garotada da banda apenas o nome "Banda Provisória'.

Apenas dizia pout-pourri jovem guarda, como tudo sobre a jovem guarda sempre me interessa resolvi assistir, e gostei dessa garotada interpretando sucessos dos anos 60.

Os músicos são ótimos, o baterista um show a parte esbanja simpatia, a cantora excelente. Mesmo não sabendo quem são e de onde é a banda, a turma da jovem guarda com certeza vai gostar, parabéns Banda Provisória.

janeiro 15, 2013

Primeiro single dos Beatles, "Love Me Do", chega ao domínio público na Europa

Capa do single "Love Me Do" que entrou em domínio público na Europa

A nova legislação que rege os direitos autorais na Europa é polêmica. De acordo com a regra, os direitos autorais sobre as músicas expiram 50 anos após sua gravação. Ou seja, músicas gravadas em até 1962 estão desprotegidas desde 31 de dezembro do ano passado. "Love me do", primeiro single dos Beatles, é uma dessas canções.

Segundo informações da Complete Music Update, embora exista um movimento para uma nova lei a caminho, estendendo os direitos de proteção para 70 anos, essas mudanças não acontecerão antes de novembro. Tanto é, a gravadora Sony lançou recentemente uma coleção de sobras de estúdio de Bob Dylan em edição limitada para manter os direitos sobre o material. A permissão de uso do disco de estreia de Dylan expirou junto com "Love me Do".

Essa nova legislação europeia inclue uma cláusula de "use ou perca", o que significa que as gravadoras que possuem os direitos de gravações lançadas antes de 1963 devem usá-las em seus produtos, ou ainda o artista pode requerer o controle pelos direitos.

'Love Me Do" poderá ser usada livremente sem custos por empresas, campanhas publicitárias, jingles, trilhas sonoras, etc. Você concorda com esse processo?



Fonte: O Tempo

janeiro 14, 2013

O erotismo sutil da jovem guarda nas músicas de Roberto Carlos nos anos 60


Roberto Carlos no Programa Jovem Guarda na década de 1960


Sempre que se fala no erotismo do repertório de Roberto Carlos, são mencionadas geralmente canções como Proposta, Seu corpo, Cavalgada e Café da manhã, todas da fase eminentemente romântica e mais madura do Rei. No período da Jovem Guarda, no entanto, algumas músicas guardam um erotismo sutil e, às vezes, satírico.
O exemplo mais óbvio está na canção É proibido fumar, de Roberto e Erasmo, com o sexo associado ao fogo, por extensão, o ato de fumar:

Eu pego uma garota
E canto uma canção
E nela dou um beijo
Com empolgação
Do beijo sai faísca
A turma toda grita
Que o fogo pode pegar (...)

Eu sigo incendiando bem contente e feliz
Nunca respeitando o aviso que diz
Que é proibido fumar

Do mesmo disco, de 1964, tem Um leão está solto nas ruas, de Rossini Pinto, entre didática e galhofeira, com o sujeito anunciando:

Um leão está solto nas ruas
Foi descuido do seu domador
Sei que ele está faminto
Não come desde ontem
Preciso encontrar o meu amor

Após os aconselhamentos de praxe - "feche as janelas/ tranque bem o portão" - a estrofe final revela porque ele precisa achar a namorada:

Um leão está solto nas ruas
Calamidade igual nunca vi
Jamais terá problemas de alimentação
Se ele encontra o meu broto por aí. 

Está claro que o "broto" solucionará os problemas alimentares do leão porque é bem fornido, gostoso, um prato cheio, enfim, para toda espécie de fera, inclusive, as da espécie humana.

Em É meu, é meu, é meu, de Roberto e Erasmo, do LP O inimitável, de 1968, que corresponde a uma transição entre a Jovem Guarda e a fase soul/ romântica, toda a canção, desde o título, é uma declaração assumida de possessividade, mas com uma graça tal nos versos e no canto em staccato, à maneira de Mário Reis, que tudo soa com leveza, intimidade própria de namorados:

Tudo que é seu, meu bem
Também pertence a mim
Vou dizer agora tudo
Do princípio ao fim
Da sua cabeça até
A ponta do dedão do pé
Tudo que é seu, meu bem
É meu, é meu, é meu

A canção vai num crescendo enumerativo, sempre elogioso - cabelos, boca, sorriso, olhos - e aí, vem um dos versos mais bonitos da música, no qual os olhos do ser amado facultam a visão ao que ama:

Seus olhinhos, que beleza
Fazem ver com mais certeza
Que tudo que é seu, meu bem
É meu, é meu, é meu.

A seguir, a voltagem erótica sobe com:

Bem baixinho em seu ouvido
Gosto de falar(...)
Quando seus braços me apertam
Mil idéias me despertam

A temperatura desce um pouco, amainada por versos quase infantis:

São suas mãozinhas feitas
Pra fazer carinho
Nada tem mais charme
Do que o seu joelhinho
Seus pezinhos a pisar
Meu coração que a cantar
Diz que tudo que é seu
É meu, é meu, é meu

O verso dos pés a pisar o coração é o único que demonstra alguma submissão daquele que fala, mas está embalado ainda por tanta leveza e humor que os sinais de paixão passam despercebidos. No entanto, não resta dúvida:

Não adianta discutir
Que tudo isso é meu
Por isso eu vivo a repetir
Que é meu, é meu, é meu

No final, a sutileza, dita pelo que não se diz, revelada pelo que está oculto, mas presente na palavra "tudo". No início, ele afirma que vai dizer "tudo". Agora, arremata:

Tudo que falei meu bem
E o que eu não falei, também
Tudo que você pensar
É meu, é meu, é meu

Finalmente, a mais satírica desta lista, O feio, de Getúlio Côrtes e Renato Barros, do Lp Jovem Guarda, de 1965. A música fala de "um cara feio, mas que está cheio de garotas", como Roberto mesmo diz, antes de começar a cantar. A seguir, é feita a descrição do sujeito:

Vejam só que tipo esquisito eu vi
Rapaz tão feio assim
Nesse mundo eu não conheci
Quando sorrindo está
Parece que um temporal vai desabar
Seu vasto narigão
Me lembra um grande pimentão

Mas as garotas vivem
Por ele a suspirar
Todas elas querem
Com o feio namorar
E é 54
O número do seu sapato
Ele é comprido e até
Parece um toco quando está de pé
Careca e bem sisudo
Caramba! 
Fala baixo e também é bicudo.

Ora, por que este feio é tão querido pelas mulheres? Tenho que, neste momento, dar crédito à minha mulher, Anna, que matou a charada. Todas as características do feio são relativas a tamanho e intensidade. Ele é esquisito, o sorriso prenuncia um temporal, tem o nariz grande como um pimentão, o pé calça um número enorme, é comprido, parece um toco...e é careca e bicudo tal e qual um falo. O feio é querido porque ele parece um falo ou é o próprio, alegria das mulheres.

Esta metonímica canção remete a um poema de Gregório de Matos, extenso e mais explícito, que também descreve o priapo, do qual destaco apenas os verso iniciais:

Ei-lo vai desenfreado, 
que quebrou na briga o freio, 
todo vai de sangue cheio, 
todo vai ensangüentado: 
mete-se na briga armado, 
como quem nada receia, 
foi dar um golpe na veia, 
deu outro também em si, 
bem merece estar assi, 
quem se mete em casa alheia.

No final da canção, Roberto ainda diz, maliciosamente: "Elas dizem que ele é feio, mas tem molho.







Fonte: Informações Terra Magazine

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