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RÁDIO NOSSA JOVEM GUARDA: 2020

dezembro 21, 2020

Um nome fundamental na Jovem Guarda, mas completamente esquecido, é o do compositor Rossini Pinto

O movimento, como se sabe, sobrevivia basicamente de versões e a pessoa que mais fazia versões, batia o recorde, era Rossini; versos que, quase sempre, fugiam totalmente ao título original, mas de beleza encantadora. Quem não se lembra de Pensando Nela, gravada pelos Golden Boys, versão de Rossini Pinto, cujo título original é Bus Stop (Parada de Ônibus)?

Engana-se quem pensa que versão é o mesmo que tradução. Versão, como o próprio nome já deixa claro, é uma tradução livre, a versão que quem compõem tem daquela música. Em verdade, versão é uma nova composição, que aproveita a música original.

E nisso Rossini era “bamba”. Tanto que era requisitado por Renato e seus Blue Caps, Golden Boys, Roberto Carlos, Jerry Adriani e quase todos os da Jovem Guarda; além de, também, compor e cantar.

Pois é. Rossini também tentou a carreira de cantor e fez um relativo sucesso; mas um problema fonoaudiológico (era tato) o impediu de prosseguir carreira. Fosse hoje, quando os cantores não precisam mais cantar e o sucesso se mede pelos órgãos sexuais ou pela fumaça e luzes do palco na hora dos shows e pelos jabás que se dão a alguns programadores das emissoras, com certeza Rossini seria lembrado pelos tantos “especiais” que se fazem sobre a Jovem Guarda, mas não se fala uma linha sobre a importância dele para o movimento.

Profundamente autocrítico e forçado pela situação da época, que exigia perfeição na pronúncia das palavras, Rossini preferiu o sucesso na “contra-regra”, compondo ou fazendo versões, para o delírio das fãs de cantores famosos, entre eles o “rei” Roberto Carlos, numa época em que ainda, ao fim da execução da música, o locutor anunciava, por exemplo: “Roberto Carlos, Só Vou Gostar de Quem Gosta de Mim, de Rossini Pinto”.

Rossini Pinto foi a alma da Jovem Guarda. Merecia pelos menos uma imagem congelada, na telinha da Rede Globo (ou de qualquer outra emissora) nos “especiais” sobre o movimento.




Fonte:portalcorreio.com.br 

dezembro 20, 2020

Cinco doenças que marcaram a história da humanidade

 A história da humanidade é marcada por doenças que atingiram sociedades em diferentes períodos e deixaram marcas profundas nelas por conta da quantidade de mortos. A disseminação de muitas doenças foi catalisadora de transformações significativas e incentivou o desenvolvimento científico com o objetivo de combatê-las e garantir a sobrevivência humana.

Exemplos não faltam, e doenças como varíola, sarampo, tifo, febre tifoide, febre amarela, cólera, aids, ebola, peste bubônica e diferentes tipos de gripe são algumas das que marcaram o desenvolvimento humano em sociedade. Neste texto abordaremos cinco exemplos de doenças que nos atingiram (e ainda atingem) brutalmente.


Varíola

A varíola foi uma das doenças que mais matou seres humanos ao longo da história, causando epidemias e pandemias em diferentes locais.

A varíola é uma doença infectocontagiosa causada por um vírus e conhecida por provocar pequenas lesões na pele do paciente. A doença é transmitida pelas secreções da pessoa infectada. Compartilhamento de objetos e contato com as crostas que a doença causa na pele do paciente também permitem a sua transmissão.

A varíola é uma das doenças que mais causaram epidemias e foi responsável, inclusive, por uma pandemia que se espalhou pelo Império Romano no século II d.C. Acredita-se que a doença tenha surgido na Índia, durante a Antiguidade, alastrando-se pelo mundo e causando estragos por onde passou.

Um primeiro exemplo que podemos fornecer é a já citada pandemia no Império Romano a partir de 165. Esse surto iniciou-se em tropas romanas que estavam instaladas na Pártia, um território romano localizado na Mesopotâmia. Por essas tropas, a doença ganhou o território romano e chegou em Roma em 166.

Ficou conhecida como peste antonina e chegou a causar a morte de cerca de duas mil pessoas por dia em Roma, conforme relato realizado em 189|1|. Acredita-se que tenha sido um surto de varíola porque um médico grego deixou relatos nos quais os sintomas batem com os dessa doença. Acredita-se que cinco milhões de pessoas morreram como consequência da peste antonina.

Um segundo exemplo da ação da varíola deu-se no Japão, entre 735 e 737. A epidemia de varíola no Japão do século VIII iniciou-se em Kyushu, a terceira maior ilha do país, localizada ao sul de Honshu, a ilha principal. Acredita-se que a doença foi levada de Kyushu para Honshu por uma expedição japonesa que retornava da China. Considera-se que 1/3 da população japonesa morreu vítima da doença|2|.

A Islândia, ilha localizada no Atlântico Norte, também sofreu com uma epidemia de varíola. Essa epidemia aconteceu entre 1707 e 1709 e foi responsável pela morte de 25% da população islandesa|3|. Acredita-se que a doença tenha chegado à Islândia por meio dos objetos de um islandês que morreu da doença no retorno de uma viagem à Dinamarca.

Aqui no Brasil, o primeiro registro dessa doença remonta a 1563, quando um surto epidêmico surgiu na ilha de Itaparica, alcançando Salvador. A varíola tinha mortalidade muito alta entre os indígenas, afetando-os tanto aqui no Brasil quanto em outros locais do continente americano.


Peste bubônica

A peste bubônica é uma doença causada pela bactéria Yersinia pestis, que é encontrada em ratos e é transmitida ao ser humano quando sua pele é picada pelas pulgas que estavam nesses animais contaminados. Depois que um ser humano contrai a doença, ele pode transmiti-la pelas suas secreções.

A peste bubônica teve como maior exemplo a pandemia que atingiu a Europa, o norte da África e parte da Ásia, durante o século XIV. Entre os europeus, a doença foi chamada de peste negra, sendo responsável pela morte de cerca de 50 milhões de pessoas entre 1347 e 1353. A dimensão da peste negra fez dela um catalisador de transformações profundas na Europa medieval.

Acredita-se que essa doença tenha surgido em algum lugar da Ásia Central, e a pandemia do século XIV não foi o primeiro exemplo de um surto dela. Na Bíblia, por exemplo, no “Livro de Samuel', fala-se de uma doença causada por ratos que assolou os filisteus. Os especialistas acreditam que se tratou de peste bubônica.

Além disso, houve um surto de peste bubônica entre os bizantinos entre 541 e 544. Acredita-se que a peste justiniana, como ficou conhecida, tenha surgido na região do delta do Nilo, espalhando-se pelo território bizantino a partir de 541. Estudiosos do assunto falam que em Constantinopla, capital do Império Bizantino, o pico da doença possa ter causado 10 mil mortes por dia|4|.

No século XIV, a doença retornou ao continente europeu, sendo trazida por genoveses que fugiam de Caffa, uma colônia de Gênova na Crimeia. A cidade havia sido cercada por tropas tártaras que estavam sucumbindo a um surto da peste. Caffa foi contaminada, e os genoveses levaram a doença para locais como Sicília, Marselha e Gênova. Daí ela se disseminou, por terra, pelo continente europeu.

A peste negra causou transformações significativas nos aspectos sociais, políticos e econômicos na Europa. Os laços da servidão enfraqueceram-se, os salários aumentaram, e o comércio modificou-se. Cidades foram abaixo perante o caos pela falta de governantes. No imaginário popular, consolidou-se ideias acerca da fragilidade humana e do triunfo da morte. Esse imaginário deu origem a uma série de representações conhecidas como Dança da Morte.

Outros surtos de peste bubônica aconteceram na Europa nos séculos seguintes. A capital inglesa, Londres, sofreu um deles entre 1665 e 1666, e estima-se que até 100 mil pessoas (de um total de 420 mil habitantes) possam ter morrido da doença|5|. Outro exemplo deu-se em Marselha, onde um navio vindo da Síria trouxe a peste para a França, em 1720, e o resultado foi que a doença causou a morte de 40 mil pessoas (de um total de 90 mil habitantes)|6|.


Gripe espanhola

Acredita-se que a gripe espanhola tenha surgido nos Estados Unidos, em 1918, sendo responsável pela morte de, pelo menos, 50 milhões de pessoas.

A gripe espanhola foi como ficou conhecida uma mutação do vírus influenza que surgiu em 1918 e causou estragos até meados de 1919. A doença tinha sintomas idênticos aos de uma gripe comum, como tosse, coriza, febre e dores de cabeça. Nos casos mais graves, resultava em complicações como diferentes tipos de pneumonia.

Os historiadores não sabem traçar o local preciso de onde a doença tenha surgido, mas acredita-se que tenha sido nos Estados Unidos, então espalhado-se pelo mundo pelas tropas desse país que eram enviadas para os campos de batalha durante a Primeira Guerra Mundial. A doença atuou em três ondas, sendo a segunda a mais contagiosa e a com maior taxa de mortalidade.

A doença teve um impacto significativo na guerra, mas sua repercussão entre as tropas era abafada pelas nações beligerantes para evitar que o moral dos combatentes caísse. Acredita-se que no exército alemão, por exemplo, tenham adoecido 500 mil soldados em junho de 1918|7|. A doença também prejudicou tropas inimigas dos alemães, como os franceses.

A doença ficou conhecida por esse nome pela repercussão realizada pela imprensa espanhola a seu respeito, pois, como o país não lutava na guerra, as notícias da doença foram informadas ao mundo pelos jornalistas espanhóis.

A medicina da época não sabia o que causava a doença porque não havia tecnologia suficiente para observar o vírus. O tratamento era feito apenas como forma de amenizar os sintomas, e as infecções causadas não eram combatidas propriamente porque não existiam antibióticos no começo do século XX.

Aqui no Brasil, a doença chegou em setembro de 1918, durante sua segunda onda, e afetou todas as regiões do país. Os dois locais mais afetados foram São Paulo e Rio de Janeiro, as duas maiores cidades do país no começo do século. Ao todo, a gripe espanhola causou a morte oficial de 35 mil brasileiros, estando entre eles Rodrigues Alves, vencedor da eleição presidencial de 1918. Ao todo, a gripe foi responsável pela morte de, pelo menos, 50 milhões de pessoas no mundo.


Aids

A partir de 1981, o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) começou a registrar um aumento nos casos de doenças raras e identificou que muitos homens previamente saudáveis desenvolveram pneumonia e câncer. Os estudos médicos logo identificaram que nesses pacientes o sistema imunológico estava severamente enfraquecido.

As pesquisas desenvolvidas para desvendar o que estava por trás desses casos caracterizaram-nos, em 1982, como Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (Acquired Immune Deficiency Syndrome ou Aids, no inglês). No ano seguinte, soube-se que o causador da doença era o vírus da imunodeficiência humana (Human Immunodeficiency Virus ou HIV, no inglês).

A década de 1980 ficou marcada pelo início do que hoje é considerado uma pandemia. Os casos de aids multiplicaram-se pelos Estados Unidos e pelo mundo, fazendo com que 75 milhões de pessoas tenham sido infectadas com essa doença até 2018. Desse total, cerca de 32 milhões faleceram|8|. Aqui no Brasil, estima-se que 900 mil pessoas tenham contraído aids.

A aids é uma doença transmitida por meio dos fluídos do corpo, tais como sangue e sêmen. Assim, ela pode ser transmitida por meio do compartilhamento de seringas, da transfusão de sangue, da relação sexual sem proteção e de mães grávidas portadoras do HIV, que podem passar a doença para os seus filhos.


Ebola

Outra doença descoberta recentemente e que causou grande impacto nos locais onde se manifestou foi a ebola. A doença causada pelo vírus ebola foi identificada, pela primeira vez, no Sudão e na República Democrática do Congo, dois países localizados no continente africano. Os cientistas falam que o portador do vírus ebola pode ser um morcego que o transmite para outros animais.

O ser humano contrai a doença quando manipula cadáveres de animais infectados. A partir daí, a transmissão de um humano para outro pode ocorrer por meio dos fluídos do corpo, como saliva, suor, leite materno e sangue. Por isso, trata-se de uma doença altamente contagiosa e que já causou surtos epidêmicos significativos no continente africano.

Placa no Congo informando que aquela área está contaminada com o vírus causador de ebola.

O caso mais grave aconteceu entre 2013 e 2016, na região da África Ocidental, atuando, principalmente, na Libéria, em Serra Leoa e no Guiné. Nesse surto epidêmico, estima-se que quase 29 mil pessoas foram infectadas, das quais mais de 11 mil faleceram. Atualmente, existe um surto epidêmico acontecendo na República Democrática do Congo que já conta com mais de 2200 mortos.

A ebola é considerada uma doença grave e causa sintomas como febre alta, dores no corpo, vômito e sangramento. Não existe tratamento e cura para ela, e é uma doença com alto índice de mortalidade. Os médicos também falam de graves sequelas que ela deixa naqueles que se recuperam. Entre essas sequelas estão: dores nas articulações e até problemas de visão e audição.


Fonte historiadomundo.com.br

novembro 20, 2020

O rádio nos anos 60

 


O censo de 1960 nos fornece ainda dados quando às principais características dos domicílios particulares, nos quais detalha itens tais como o abastecimento de energia elétrica e a posse de aparelhos eletrodomésticos como rádio, geladeira e televisão, entre outros.


A Jovem Guarda da década de 60Pode-se observar a proximidade entre os índices de fornecimento de energia elétrica e o da existência de aparelhos de rádios nos domicílios visitados – 38,54% do total com energia elétrica e 35,38% do total com aparelhos de rádio. Do mesmo modo se pode perceber que somente uma pequena parcela da população tinha acesso aos aparelhos de televisão – 4,6% do total -, sendo que se passarmos para o quadro rural, o número domicílios que possuíam de aparelhos de televisão é inexpressivo.


A proximidade entre os índices de energia elétrica e de aparelhos de rádio nos permite afirmar que ocorreu um processo de popularização do rádio, fazendo dele quase que uma presença obrigatória nos lares brasileiros, uma espécie de utensílio indispensável. Os aparelhos de rádio dos anos 40 e 50 ainda eram relativamente grandes, principalmente se comparados ao tamanho dos atuais, e necessitam de energia elétrica ou de geradores para funcionarem – os aparelhos transistorizados somente invadiram efetivamente o mercado nacional no final dos anos 60. As próprias características físicas do aparelho de rádio faziam com que ele ainda se mantivesse como um aparelho de escuta coletiva, o que permitia uma possível troca de impressões entre aqueles que se reuniam em torno dele. É importante chamar a atenção para o fato de que no período citado as famílias brasileiras mantinham o hábito de se reunirem para jantar, ouvir o rádio e conversarem sobre as notícias do dia.


Um outro indicador da popularização, ou até mesmo da banalização da presença do rádio nos grandes centros urbanos, é o de que em uma pesquisa do IBOPE (Instituto Brasileiro de Opinião Pública) de 196010), sobre o potencial efetivo dos mercados carioca e paulista para as utilidades domésticas o rádio simplesmente foi excluído, foram apuradas a existência de aparelhos de TV, colchões de mola, máquinas de lavar roupa, refrigeradores, liquidificadores e enceradeiras, ou seja, como o rádio já era presença constante nos lares brasileiros não servia como indicador de renda. Da mesma forma que, ainda em 1960, o IBOPE realizou uma pesquisa sobre a forma através da qual os habitantes de Belo Horizonte conheceram a loja Ducal e no resultado 73% dos entrevistados responderam que tal conhecimento ocorreu através dos anúncios de rádio, seguidos de 18% que o fizeram através dos jornais e 12% pela televisão.


O rádio chegava ao final dos anos 50 e início dos 60, consolidado em sua posição de meio de comunicação de massa, como um elemento fundamental na formação de hábitos na sociedade brasileira. Dos anos 30 aos 60, o rádio foi o meio através do qual as novidades tecnológicas, os modismos culturais, as mudanças políticas, as informações e o entretenimento chegavam ao mesmo tempo aos mais distantes lugares do país, permitindo uma intensa troca entre a modernidade e a tradição. O rádio ajudou a criar novas práticas culturais e de consumo por toda a sociedade brasileira.



Fonte:colaweb.com

novembro 16, 2020

Vanusa, um raio de sol numa manhã chuvosa

 Vanusa, com Antônio Marcos e os filhos

Era uma manhã chuvosa, de céu enfarruscado do final de setembro de 1968. Eu acabara de abrir o programa Cidade em Dose Dupla, que apresentava de segunda a sexta-feira na Difusora de Jundiai. Meu parceiro era nada menos que José Paulo de Andrade, o lendário comandante de O Pulo do Gato, que manteve no ar por mais de 50 anos na Rádio Bandeirantes. Como sempre fazia, ele chegava por volta das 8h, estacionava seu Gordini em frente ao prédio da emissora na Barão de Jundiaí, e pouco depois já estava no estúdio para juntar-se a mim no comando do programa.


Nesse dia me contou que convidara um astro da música jovem e que faria supresa até sua chegada. Lá pelas 9h foram aparecendo alguns nomes menos cotados, entre eles uma loirinha simpaticíssima, nascida em Cruzeiro, no Vale do Paraíba, mas que acabara de chegar de Uberaba, no triângulo mineiro, onde passou a infância e parte de sua juventude. Seu nome? Vanusa Santos Flores, ou simplesmente Vanusa.

Ela despontou para o Brasil tão logo chegou ao meio artístico. Passou, então, a fazer parte daquela que foi a maior revolução da música jovem, iniciada com a liberação dos costumes na metade final dos anos 60 do século passado, movimento que acabaria tomando conta do mundo todo. Com sua voz belíssima conquistou espaço entre a turma da Jovem Guarda, que nessa época tinha como estrelas, por exemplo, as divas Wanderleia e Cely Campelo.

Tímida diante de um dos maiores nomes do rádio brasileiro, Zé Paulo percebeu, deixou-a à vontade e apresentou seu primeiro disco, um LP de 33 rotações cujo título era Mensagem. Antes de rodar uma das faixas, lhe pediu que cantasse, à capela, um pedacinho de uma das músicas. Ela surpreendeu a todos nós com sua voz afinadíssima em um trecho de Eu sonhei o meu sonho mais lindo. Depois, enquanto ia para o ar a faixa toda de Para nunca mais chorar, todos nós, eu “babando” mais que todos, cercamos aquela menina linda como se fôssemos seu fã-clube. Não estávamos errados: com o tempo ela se tornaria um dos maiores sucessos do iê-iê-iê e depois uma cantora romântica cuja voz só os males do corpo acabariam por tirar de nós o prazer de ouvi-la.

Vanusa foi naquela manhã de setembro um sopro da primavera que acabara de chegar. Tão surpreendente e tão extraordinariamente agradável que sequer conseguimos dar a mesma importância ao grande astro que, logo depois, estaria nos visitando nesse mesmo dia, naquele mesmo programa: Mário Marcos. Diziam os experts que aquele menino com cara de anjo e pose de galã seria tão famoso no futuro como já eram Roberto e Erasmo Carlos. Não foi. O Marcos que faria sucesso mesmo seria seu irmão Antônio, mais tarde o grande amor de Vanusa e com quem ela se casaria.

O resto da história todos conhecem. Uns, os mais novos, pelo que foi escrito e outros, os mais antigos, como eu, trazem na memória a Vanusa que conhecemos desde a Jovem Guarda. Até este domingo, 8 de novembro de 2020, quando a morte levou aquela loirinha linda, de voz maravilhosa, que surgiu diante dos meus olhos como um raio de sol numa fria e chuvosa manhã de primavera no final de setembro de 1968.


Por Plínio Vicente da Silva







Fonte:portaldosjornalistas.com.br


novembro 11, 2020

Morta no esquecimento, fãs de Vanusa cobram ausência da Jovem Guarda: ‘Esquecida por grandes amigos cantores’


 Vanusa é reconhecida nacionalmente como um dos grandes nomes da Jovem Guarda. O movimento, que se iniciou na década de 1960 e ganhou força no restante do século XX, foi inspirado na cena musical dos Estados Unidos, criando uma legião de fãs, nostálgicos até os dias de hoje.

Ao lado de Vanusa, nomes como Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Jerry Adriani, Ronnie Von, Wanderley Cardoso, Rosemary e Wanderléa

ocuparam as paradas de sucesso por vários anos, com músicas que estão na boca do povo até os dias de hoje. Com o decorrer dos anos, porém, a parceria acabou ficando no esquecimento dos registros históricos.

No velório de Vanusa, ocorrido ao longo desta segunda-feira (9), fãs notaram a ausência de grandes amigos da música, sobretudo da Jovem Guarda. “Foi esquecida pelos seus grandes amigos cantores. Que triste para uma cantora do seu gabarito”, opinou uma fã. “Cadê os amigos da Jovem Guarda???”, questionou um segundo.






tvprime.com.br

outubro 18, 2020

Prestes a viver Celly Campelo no cinema e lançando single, Marianna Alexandre arquiteta montagem de Nelson Rodrigues para 2021

 Marianna Alexandre - Foto: Pino Gomes

Nome consolidado no mundo da dublagem com trabalhos reconhecidos no cinema e na TV, a jovem atriz e diretora Marianna Alexandre se preparava para dar novos passos no teatro musical e no cinema quando a pandemia do novo Coronavírus congelou  mercado cultural ao redor do mundo.

Respeitando o isolamento social aconselhado pela Organização Mundial da Saúde, a artista encontrou no exílio forçado a inspiração para criar obra musical que marca sua estreia no mercado fonográfico. Disponível nas plataformas de streaming desde o dia 09 de outubro, o single Cor de Mel é canção pop reflexiva sobre a fugacidade e a necessidade de conexão com o agora.


“Percebi que não podemos deixar de fazer o que queremos quando queremos, porque nunca saberemos o que nos espera no dia de amanhã! O melhor é aproveitar o presente com aqueles que amamos e nos fazem bem, tentando não nos preocupar com pensamentos negativos que, muitas vezes, estão evidentes em nosso cotidiano”, explica a artista que viu na paralisação do mercado uma chance de pôr em prática projetos deixados em segundo plano.

“Depois de um tempo em casa, percebi que todos esses acontecimentos poderiam ser uma boa oportunidade para investir em projetos próprios, nos que nunca pude focar pela falta de tempo ocasionado pela minha profissão. Foi daí que veio a inspiração para a canção: sempre tive uma vontade de ‘musicalizar’ os meus sentimentos, principalmente, por eu ter contato com a música desde novinha, e todo esse período de incertezas contribuiu para isso”.

Composta e gravada em parceria com Davi Pithon, a canção ganhou clipe bucólico dirigido por Beatriz Passeti e é o primeiro passo musical da atriz, que pretende ainda montar um EP, mas sem a previsão de se dedicar a um disco, uma vez que, havendo controle da pandemia, pretende retomar os trabalhos tanto no teatro quanto no cinema.

Nas telas, Alexandre se prepara para um dos maiores desafios de sua carreira: viver a roqueira Celly Campello (1942-2003) na cinebiografia musical Um Broto Legal, de Luiz Alberto Pereira, que pretende contar a história da precursora do rock and roll no Brasil pré-Jovem Guarda nos cinemas.

“Foi um grande desafio interpretar alguém que existiu, pois exige outro tipo de dedicação e entrega, já que é preciso fazer com que o espectador enxergue a Celly Campello bem na frente dele. É uma responsabilidade imensa. Tivemos algumas semanas de oficinas com várias leituras do roteiro, além de várias conversas com pessoas que estavam presentes na vida da Celly, como Dimas Oliveira e o próprio Tony Campello. Assisti a diversas entrevistas, busquei fotos que mostrassem um pouco do seu dia a dia e vi materiais que a retratassem nos palcos, para aprender os trejeitos, a forma de cantar”, conta.

Marianna Alexandre como Celly Campelo

Inquieta, Alexandre ainda comporá o elenco da nova comédia musical Até o Fim do Mundo, e tem como foco a montagem de um espetáculo fora da curva para os fãs dos grandes musicais: o drama Valsa nº 6, de Nelson Rodrigues (1912-1980). “Esse é um projeto que sempre esteve nos meus planos, e a pandemia deu um start nele, despertando  meu lado produtora, e, junto ao Luís Antônio Fortes na direção, decidi colocá-lo em evidência. A ideia é estrear a Valsa nº 6 em 2021, ano em que o texto completa 70 anos”.

Com apenas 19 anos, a artista ainda guarda outros projetos para a TV e para os palcos, sem jamais abandonar a música e os musicais. “Nesse meio, a versatilidade é tudo”, encerra marota.





Fonte:observatoriodoteatro.uol.com.br


outubro 10, 2020

Reginaldo Rossi ganhará estátua no Recife, dentro do Circuito da Poesia

O cantor pernambucano Reginaldo Rossi, o Rei do Brega, ganhará uma estátua dentro do Circuito da Poesia, coleção de esculturas feitas em tamanho real e espalhadas pelo Centro da capital para homenagear grandes artistas da literatura e da música. A estátua de Rossi ficará no Largo de Santa Cruz, na Boa Vista, ambiente com tradição de boêmia, e será feita pelo artista plástico Demétrio Silva. A peça está orçada em R$ 35 mil.


Falecido em 20 de dezembro de 2013 após descobrir um tumor no pulmão, Reginaldo Rossi deixou um sólido legado para o brega pernambucano, ritmo que segue embalando o cotidiano da cidade. Após a inauguração da estátua, ele se reunirá a Capiba (Rua do Sol), Chico Science (Rua da Moeda), Luiz Gonzaga (Estação Central do Recife), entre outros músicos que compõem o Circuito da Poesia.


Em agosto desse ano, o Colegiado da Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco (Alepe) deu o parecer favorável para novas homenagens a personalidades de diversas áreas no estado. Dentre eles, está o título de Patrono do Brega para Reginaldo Rossi. Com mais de 50 anos de carreira, o artista começou a carreira musical com o rock da Jovem Guarda no grupo Silver Jets e depois enveredou para as músicas românticas, dominando o Norte e o Nordeste do país. Com a canção Garçom, de 1986, alcançou o restante do Brasil e se tornou um cantor nacional.


Reginaldo contemporâneo a uma geração de cantores românticos tachada de brega por falar diretamente com o povo. Em Pernambuco, reformulou o conceito de brega com músicas que abordavam o sentimento humano, fossem dores, amores ou ilusões.








Fonte:diariodepernambuco.com.br

 

outubro 09, 2020

09/10/1940: há 80 anos, nascia John Lennon



Músico deu voz a uma geração contestadora, com suas letras que criticavam religião, costumes, individualismo burguês, consumismo e intervenções imperialistas mundo afora.
 







Artista se tornou um dos porta-vozes da juventude de sua geração | Foto: Reprodução / Biography

Nesta sexta-feira (9/10), o cantor, compositor e ativista britânico John Lennon, se vivo estivesse, completaria 80 anos. Conforme é do conhecimento de todos, Lennon foi assassinado por Mark Chapman, em 8 de dezembro de 1980, quando entrava em sua residência após retornar de um estúdio.

Nascido em uma família pobre de Liverpool (uma das cidades mais industrializadas do Reino Unido), abandonado pelo pai ainda criança e órfão de mãe com apenas 17 anos, John Lennon, desde os primeiros anos de sua juventude, influenciado pela realidade adversa em que vivia, queria ser um “Working Class Hero” (herói da classe trabalhadora).

Lennon entraria para a história da música quando, em 1960, se juntaria a Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr para formar aquela que é por muitos considerada como a maior e mais influente banda de rock ‘n’ roll de todos os tempos: os Beatles.

Mais do que um mero estilo musical, o rock é também um fenômeno político/cultural. Foi um dos principais meios utilizadas pela juventude dos anos 60 para canalizar todo seu descontentamento e repulsa ao estilo de vida consumista impulsionado pelo capitalismo.

Não por acaso, dentro da profícua obra dos Beatles (treze álbuns de estúdio em apenas oito anos de carreira), as chamadas “músicas de protesto” têm bastante destaque.

Em “Revolution”, por exemplo, a banda soube traduzir com grande pertinência o período histórico bastante conturbado em que viviam, marcado pela intervenção do imperialismo norte-americano no Vietnã, pela revolta estudantil em Paris e pelas lutas pelos direitos civis nos Estados Unidos.

“Eu queria desabafar sobre o que eu pensava das revoluções. Já era hora de falarmos sobre isso e parar de não responder perguntas sobre o que achávamos da guerra vietnamita quando estávamos em turnê”, declarou John Lennon, na época, à revista Rolling Stone.

Após a separação dos Beatles, Lennon inicia carreira solo, nos anos 70, aumentando ainda mais seu ativismo social. Nessa época, o músico também começa a ser perseguido por FBI e CIA (prática comum dessas instituições contra “suspeitos de praticar atividades subversivas”), fazendo com que ele permanecesse durante anos confinado em seu apartamento em Nova Iorque.

No clássico “Imagine”, Lennon sintetiza todas as aspirações de uma geração contestadora. Desmascara as mentiras da religião (“Imagine não haver o paraíso/É fácil se você tentar/Nenhum Inferno abaixo de nós/Acima de nós, só o céu”); critica explicitamente o capitalismo (“Imagine que não há posses/Eu me pergunto se você pode/Sem a necessidade de ganância ou fome”) e se aproxima aos ideais de uma sociedade igualitária (“Uma irmandade dos homens/Imagine todas as pessoas/Partilhando o mundo”).

Numa época em que muitos conhecidos nomes do rock – como Lobão, Morrissey, Phil Anselmo e Johnny Rotten – têm se aproximado da extrema direita, é sempre bom relembrar obras como a de John Lennon; que, quarenta anos após sua morte, ainda continua incentivando as pessoas a adotarem posições críticas frente à realidade e a se rebelarem contra as mazelas impostas pelo sistema capitalista.




causaoperaria.org.br


setembro 29, 2020

Perda de Roberto Carlos choca os fãs em todo o Brasil, não pode ser


 O cantor Roberto Carlos marcou gerações e faz muito sucesso até os dias de hoje, com milhares de fãs espalhados por todo o Brasil uma notícia envolvendo o cantor tem entristecido a muitos que lamentam terrível perda por parte de Roberto. Segundo o portal de notícias do UOL a justiça negou os direitos autorais de 72 músicas que ficaram conhecidas no mundo todo através de Roberto Carlos e Erasmo Carlos.

Dentre essas músicas estão vários clássicos que marcaram história da música brasileira, como Namoradinha de um amigo meu e É preciso saber viver além de Se você pensa. Todas essas músicas fizeram história no repertório da Jovem Guarda e com certeza ficaram marcadas na voz do cantor.

O caso é que os cantores fizeram um acordo assinado com uma gravadora em 1964 e 1987 que cediam o direito dessas músicas a essa editora, os músicos alegam que na oportunidade eles haviam apenas cedido o direito de exploração das canções em relação a gestão comercial dessas obras. Porém a justiça negou o pedido de Roberto e Erasmo e alegou que o acordo feito realmente foi outro, com isso essas músicas passam a ser da editora e não dos próprios compositores dessas brilhantes obras.

Dentre essas famosas músicas sitadas de Roberto também está grandes clássicos compostos por Erasmo Carlos que com certeza também lamenta e muito essa grande perda na justiça. O juiz que pegou o caso disse que o contrato está claro e de fato os direitos autorais foram sim transferidos a gravadora que hoje é retentora dessas obras, os músicos possuem uma porcentagem dos rendimentos dessas obras até os dias atuais porém elas pertencem hoje à gravadora.

Infelizmente esses contratos precisam ser muito bem estudados antes de assinados, isso acontecia muito antigamente onde as bandas e cantores iam pra essas reuniões sem a assessoria de um advogado e acabavam sendo passados para trás.





Fonte:minutodenoticia.com

The Fevers realiza live no dia 3 de outubro


THE FEVERS marca novo encontro com os fãs em live no dia 3 de outubro, sábado, às 18h30, pelo canal do grupo no YouTube – www.youtube.com/thefevers , com a participação especial do cantor Cid Chaves, a voz dos sucessos do grupo Renato e Seus Blue Caps.

Com a participação e homenagem ao cantor e guitarrista, Renato Barros (1943-28Julho2020), criador do grupo Renato e Seus Blue Caps, além dos hits que marcaram a Jovem Guarda, a festa pelos 55 anos de carreira dos FEVERS continua com muita animação, por seus integrantes – Liebert (baixo), Luiz Claudio (vocal), Rama (guitarra e violão), Otávio Henrique (bateria) e Claudio Mendes (teclados e vocal).

“É a nossa terceira live e estamos nos divertindo muito com as apresentações,

Que tem as participação dos fãs nos comentários. Vamos, mais uma vez, fazer uma grande festa, com muitos sucessos para cantar, dançar e festejar a vida.”, declara Liebert

Sucessos garantidos: Já cansei, Mar de rosas, Agora eu sei, Sou feliz, Vem me ajudar, Deus, Cândida, Se você me quiser, Era um garoto, Feche os olhos, Menina linda e muitos outros hits para cantar e dançar.

THE FEVERS ganhou prêmios e reconhecimento,  nacional e internacional, com mais de 50 produtos lançados, entre vinil, cassete, CD, DVD e compilações diversas, tem mais de 13 milhões de cópias vendidas, em um tempo (não tão distante) que contabilizava as vendas de produtos físicos. Nesta lista de sucessos, podemos destacar as trilhas para novelas da Globo e o sucesso estrondoso em Portugal, com execução das músicas do grupo nas rádios do país até os dias de hoje.


E a festa continua nos 55 anos do The Fevers!!

Redes The Fevers:

www.youtube.com/thefevers | https://www.thefevers.com.br/

Instagram: @thefeversoficial – FB: @thefevers

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Fonte: sopacultural.com

 

setembro 26, 2020

Para maiores de 60 anos em tempos de pandemia

Para todo ser humano, em qualquer cultura que seja, envelhecer é sempre um processo difícil e exigente

A partir dos 30 anos, entramos em uma etapa da vida para a qual a seleção natural não nos preparou (Unsplash/Vlad Sargu)


Marcelo Barros

No Brasil, o presidente e os que o apoiam afirmam que a pandemia não é grave porque só mata velhinhos. Apesar disso, infelizmente, entre as 135 mil vítimas dos vírus do descuido e do desamor, há enorme proporção de jovens e de pessoas abaixo de 60 anos. A política do governo em relação a índios, negros e populações de periferias lembra a eugenia praticada pelos nazistas na Alemanha da década de 1940.

No entanto, a população brasileira continua a envelhecer. Por isso, é importante recordar que, nesta quinta-feira, 1º de outubro, a ONU celebra o Dia Internacional das Pessoas Idosas. O objetivo é ajudar os mais velhos a se integrarem na sociedade e garantir que a sociedade possa assegurar os direitos das pessoas com idade igual ou superior a 60 anos.

No Brasil, desde 2003, a lei nº 10.741, chamada o Estatuto do idoso, dispõe os direitos assegurados às pessoas da chamada terceira idade. Nesse mesmo ano, a CNBB começou a Pastoral das Pessoas Idosas, com o objetivo de assegurar a dignidade e a valorização das pessoas idosas no seu ambiente social. 

Apesar do envelhecimento da população, a sociedade é pensada para a juventude. Como, em geral, os mais velhos não produzem, perdem sua importância social. Parece que só a juventude importa. Envelhecer se torna mais doloroso e difícil.

No Brasil, se calculam em mais de 25 milhões de pessoas que passam dos 65 anos. Isso exige aumento de assistência, médicos especializados, mas supõe principalmente uma sociedade menos desigual e mais humanizada.  Em muitas cidades, existem associações da terceira idade que promovem encontros, lazer, danças e passeios. As universidades mantêm programas de extensão universitária e atividades como cursos de computação, ginástica, natação, música, dança e outras artes.

Essas organizações propõem às pessoas idosas e a toda a sociedade que as coisas possam ser realizadas com calma no lugar da agitação. Sugerem a disponibilidade no lugar do estresse. Valorizam mais a qualidade e não só a quantidade. Trata-se, finalmente, de viver a graça do dia de hoje mais do que o afã da permanente projeção para o amanhã.

Para todo ser humano, em qualquer cultura que seja, envelhecer é sempre um processo difícil e exigente. Não é fácil manter o espírito jovial quando se vê o corpo decair progressivamente. No entanto, podemos fazer escolhas que nos permitam envelhecer de forma mais humanizada.

Até hoje, ninguém sabe exatamente a causa biológica do envelhecimento. Por isso, não se pode, até agora, deter ou evitar esse fenômeno. Clineu de Melo, médico especialista em Geriatria da USP, afirmou: "O envelhecimento é a perda gradativa das reservas que todos os organismos têm para usar em momentos de estresse".

Todos os organismos foram pensados pela natureza para nascer, viver, reproduzir-se e depois morrer. Assim, durante milênios, a média da vida humana era de 30 anos. Cientistas descobriram que, a partir dos 30 anos, entramos em uma etapa da vida para a qual a seleção natural não nos preparou. Leonard Stayflick, professor na Universidade de Califórnia, afirma: "A velhice é um produto da civilização. Só ocorre propriamente nos seres humanos, nos animais domésticos e nos mantidos em zoológicos e em laboratórios".

Comumente ligamos o envelhecimento à idade. De fato, há uma relação, mas não é direta e linear. Há pessoas de 90 anos que parecem ter 70 e há pessoas de 60 com jeito de 90. Não se pode generalizar, mas uma pesquisa mostra que a longevidade humana é maior em comunidades nas quais não existe aposentadoria. É mais frequente encontrar pessoas de mais de cem anos nos mosteiros budistas, em conventos cristãos, em comunidades afrodescendentes e indígenas do que em sociedades nas quais as pessoas mais velhas são postas em asilos, esperando a morte.

O processo do envelhecimento depende da saúde, do clima e mesmo da raça a qual pertencemos. No entanto, o temperamento e o estilo de vida da pessoa em questão também influi muito. Do mesmo modo, também a espiritualidade, como energia do espírito em ação na pessoa, pode ser elemento fundamental de vitalidade.

A primeira coisa que as tradições espirituais propõem é manter sempre no coração e no concreto do dia a dia um projeto de vida e a disposição de fazer tudo em função disso, na relação com o mundo e com a comunidade a qual pertencemos.

Em meio a um momento de forte perseguição política e de marginalização na sua própria Igreja, Dom Helder Camara escrevia um livro de meditações com o título: Mil razões para viver.




Fonte:domtotal.com


setembro 24, 2020

Câncer em pessoas amadas testa a fé de Roberto Carlos


 Cantor perdeu uma mulher e uma ex-esposa para a doença e agora acompanha a batalha do filho contra tumores recorrentes


A força da espiritualidade de Roberto Carlos é constantemente testada. E, apesar do frequente martírio, continua inabalável. O cantor dos sucessos ‘Jesus Cristo’ e ‘Nossa Senhora’ enfrenta desde o final da década de 1990 uma batalha indireta contra o câncer. Nunca teve a doença, mas viu entes amados padecerem da enfermidade.


foto


Roberto Carlos com Nice, o filho Dudu e Maria Rita: uma vida de muitas alegrias e também momentos de extrema tristeza


Em dezembro de 1999, o rei do romantismo sofreu outro baque. Sua terceira mulher, Maria Rita  - antes, ele havia sido casado de 1979 a 1989 com a atriz Myrian Rios  -   morreu em consequência de metástase de um câncer pélvico. Os dois se conheceram quando ela tinha 16 anos, em 1977. Na ocasião, os pais não permitiram que a jovem se relacionasse com um homem 20 anos mais velho.


No reencontro, em 1991, puderam finalmente se entregar à paixão. Roberto Carlos dizia que Maria Rita era sua “alma gêmea”. Nas últimas semanas de vida da companheira, o cantor fez vigília ao seu lado. Não saia do hospital: dormia em um quarto em frente ao dela. Depois de sua morte, aos 38 anos, RC demorou muitos anos para voltar a sorrir e namorar.


Agora, em plena pandemia de covid-19, o maior ícone da música brasileira sofre ao testemunhar a recidiva de câncer em seu filho, Dudu, de 51 anos. O comunicador e produtor musical tratou duas vezes tumores no pâncreas. Dias atrás, exames de rotina detectaram câncer no peritônio, membrana que recobre as paredes do abdômen e a superfície dos órgãos digestivos.


Em uma live, ele comentou a reação de Roberto Carlos ao ser informado do ressurgimento da doença. “Meu pai ficou arrasado”, disse. “Eu também, na verdade". Recolhido em seu apartamento no bairro da Urca, no Rio, o cantor tem feito preces pelo filho. O distanciamento social impede o contato presencial. Aos 79 anos, o ídolo que inspira esperança em milhões de fãs recorre novamente à fé para suportar mais uma provação imposta por um câncer em família.




Fonte:terra

setembro 19, 2020

A música do Brasil se reflete na tela da TV há 70 anos


 MEMÓRIA – Inaugurada no Brasil em 18 de setembro de 1950, data da transmissão que pôs no ar a pioneira TV Tupi, a televisão tem história indissociável da música do Brasil. Ao longo da década de 1950, o rádio ainda manteve a hegemonia na preferência popular e projetou rainhas e reis numa era em que a imagem ainda chegava a poucos lares do Brasil.

A partir dos anos 1960, tudo mudou e a TV adquiriu na vida do brasileiro a importância que conserva nesta sexta-feira, 18 de setembro de 2020, data do 70º aniversário da TV no Brasil. Foi justamente na década de 1960 que a história da música do Brasil se afinou e se associou com a televisão.

Toda uma geração genial de cantores e compositores da MPB – Caetano Veloso, Chico Buarque, Edu Lobo, Elis Regina (1945 – 1982), Gilberto Gil e Milton Nascimento, entre outros – surgiu e se projetou instantaneamente na segunda metade dos anos 60 na plataforma midiática dos festivais da canção, produzidos e transmitidos pelas principais emissoras de TV do Brasil.

A torcida por músicas e cantores nesses festivais era tão inflamada quanto a paixão do público que, na década seguinte, vibraria com os enredos das novelas. A gênese desse gênero de música rotulado como MPB está indissociável da história da TV. Da mesma forma, é impossível, por exemplo, dissociar da TV a ascensão de Roberto Carlos ao trono de Rei do povo brasileiro a partir de 1965.

Foi no comando do programa Jovem Guarda – estreado em agosto de 1965 e transmitido até 1968 – que Roberto foi entronizado como o Rei da juventude ao mandar tudo para o inferno, ditando modas e costumes. Nos anos 1970, já consagrado no posto de cantor mais popular do Brasil, o artista assinaria contrato de exclusividade com a TV Globo e passaria a fazer, a partir de 1974, especial anual que entraria para o cardápio do Natal do povo brasileiro. 

Capa do disco com a trilha sonora nacional da novela 'Dancin' days', exibida em 1978 pela TV Globo — Foto: Reprodução

Nessa altura, as novelas da TV Globo já tinham se tornado mania nacional e vinham dando o tom da música do Brasil com trilha sonoras que, a partir de 1975, influenciaram decisivamente as paradas, projetando músicas e cantores.

A força era tamanha que, em 1976, a exibição de novela ambientada no início dos anos 1960, Estúpido cupido, provocou onda de nostalgia que trouxe à tona as vozes e os sucessos de geração de cantores que incluía Celly Campello (1942 – 2003), Demetrius (1942 – 2019) e Sérgio Murilo (1941 – 1992), ídolos do então nascente universo pop nativo na fase pré-Jovem Guarda.

Dois anos depois, em 1978, outro furacão musical jogou o Brasil nas pistas da disco music, gênero impulsionado no Brasil pela novela Dancin' Days. Atração capaz de provocar a exposição e eventual explosão nacional de uma canção ou de um cantor da noite para o disco, as novelas deram o tom das paradas com trilha sonoras que venderam milhões de discos.

Mesmo com a segmentação do mercado da música, ter música tocando bem em novela de sucesso é fator decisivo na carreira de um artista, 70 anos após a transmissão inaugural da TV Tupi. Os tempos mudaram, a TV mudou, as plataformas já se multiplicaram, mas a música continua presente na TV, acompanhando essas mudanças.

O repertório pop funk sertanejo do programa SóTocaTop pode estar distante do requinte harmônico, melódico e poético da MPB de outrora, mas é o som ouvido pelo povo. O povo de um Brasil que hoje se emociona nas jovens tardes de domingo com cada criança fofa que se apresenta no The Voice Brasil Kids.

Enfim, a TV exibe as mudanças do mundo e da música, ajudando a formar o gosto musical do povo do Brasil, mas também se curvando às preferências de cada geração desse povo que, ao se impor no mundo, dita o tom de cada era. Boa ou ruim, a música do Brasil se reflete na tela da TV há 70 anos.






Fonte:G1

setembro 18, 2020

Nos 70 anos da televisão, 70 lembranças muito pessoais

 Nesta sexta-feira (18/09/20), faz 70 anos que a televisão chegou ao Brasil.



Segue uma lista de 70 lembranças da minha relação com esse aparelho que um dia foi chamado de máquina de fazer doido.


Um episódio qualquer de Lassie. A lembrança mais remota.


O velho comercial da Varig com música de Caetano Zama.


Redenção. A primeira novela. Dois anos de sofrimento.


Elis Regina e Jair Rodrigues no Fino da Bossa.


Roberto Carlos e a Jovem Guarda.


O festival de MPB de 1967. Caetano, Gil, Chico e Edu.


Chanchadas da Atlântida exibidas à tarde. Oscarito e todos os outros.


Jeannie é um Gênio e O Túnel do Tempo e Batman e Perdidos no Espaço. As séries que o tempo consumiu.


Antônio Maria. A segunda novela.


Ser televizinho. Garotos e garotas de 2020 nem sabem o que é isso.


O Grande Segredo. Lembrança remotíssima de uma novela com Glória Menezes.


A chegada do homem à Lua, 1969. Ao vivo. Absolutamente inesquecível.


A Copa do México, 1970. Ao vivo. Ver Pelé jogando.


O resgate dos astronautas da Apollo 13. Ao vivo, no meio da tarde.


A primeira imagem a cores, 1972. Numa vitrine no centro da cidade. Passava A Volta ao Mundo em 80 Dias.


Estúpido Cupido. Do preto e branco para a cor no último capítulo.


A censura a Roque Santeiro.


O Bem Amado. Dias Gomes, Paulo Gracindo.


Pecado Capital. “Dinheiro na mão é vendaval…”


O Astro. Quem matou Salomão Hayalla?


Escrava Isaura. “Vida de negro é difícil…”


Sábado Som. Nelson Motta. Pink Floyd em Pompeia.


Os especiais de Roberto Carlos. Nossos natais.


O encerramento do Jornal Hoje. “Pombo correio, voa ligeiro…!”


As entrevistas de Leda Nagle no Hoje de sábado.


O Papa é polonês! A eleição de João Paulo II.


Crítica e Autocrítica. Na Bandeirantes.


MPB 80. A volta dos festivais.


O Jornal Nacional do assassinato de John Lennon, 1980.


João Paulo II no Brasil. João de Deus.


A morte de Elis Regina. Na Bandeirantes.


Conexão Internacional. Caetano Veloso entrevista Mick Jagger. Na Manchete.


O comício das diretas na Candelária, 1984. Nos telejornais.


A eleição de Tancredo Neves, 1985.


O primeiro Rock in Rio. “Pro dia nascer feliz…”


A agonia de Tancredo. Os plantões de Carlos Nascimento.


O plantão da morte de Tancredo.


A primeira vitória de Senna.


Chico e Caetano. Especiais na Globo.


Primeira Exibição. Noites de sábado.


Sessão Coruja. Preciosidades na madrugada.


Perdidos na Noite. Fausto Silva antes de Faustão.


Chico Maria na TV Borborema. Confidencial.


TV Cabo Branco. A televisão demora, mas chega a João Pessoa. Janeiro de 1987.


Brega e Chique. Um elenco inacreditável.


Vale Tudo. “Brasil, mostra a tua cara…”


“Quem matou Odete Roitman?”


Anos Dourados. Sonhos brasileiros.


Collor X Lula. O debate.


O dia seguinte: a edição do debate.


Ronaldo X Wilson. O primeiro grande debate da televisão paraibana.


Anos Rebeldes. Os anos de chumbo na TV.


O impeachment de Collor. A votação na Câmara, ao vivo.


A morte de Ayrton Senna. A Brasil sob comoção.


“É tetra! É tetra!”. Mas nada se compara ao tri.


O anúncio do Plano Real.


Monforte e Ricúpero, a televisão e o processo eleitoral. Uma conversa que não podia ser captada.


A posse de FHC. Um sociólogo na presidência.


Augusto dos Anjos. Um poeta é o Paraibano do Século.


O atentado às torres gêmeas. 11 de setembro de 2001. O mundo em choque diante da televisão.


A posse de Lula. Um operário na presidência.


A eleição de Obama. Lágrimas na madrugada da vitória.


A posse de Obama. Um negro na Casa Branca.


A posse de Dilma. Uma mulher na presidência.


O Papa é argentino! A eleição de Francisco.


Junho de 2013. Os protestos nas ruas do Brasil. Tardes e noites diante da televisão.


A direita enche a Paulista contra Dilma. Algumas tardes de domingo na Globonews.


“Tem que manter isso, viu?”. Temer é flagrado com a mão na massa. Ou melhor: é gravado. No Jornal Nacional.


A posse de Bolsonaro. Dizer o quê?


O Brasil na pandemia. Muitas edições do Jornal Nacional.






Fonte:jornaldaparaiba.com.br

setembro 15, 2020

Roberto Carlos não se envolve com política, mas fez música para Caetano Veloso depois de visitá-lo no exílio em Londres

 Domingo (13) à noite, vi Caetano Veloso numa longa entrevista na Globo News, a propósito do filme Narciso em Férias, documentário sobre sua prisão pela ditadura militar.

Durante a entrevista, foi mencionada por Artur Xexéo a visita que Roberto Carlos fez a Caetano em seu exílio londrino. Depois da visita, o Rei compôs uma canção para o amigo.

Já contei essa história, mas conto de novo porque ela não deve ser esquecida.


Um pouco antes do Tropicalismo, Maria Bethânia sugeriu a Caetano Veloso que prestasse atenção em Roberto Carlos e na Jovem Guarda. Ele conta, no livro de memórias Verdade Tropical, que “Bethânia, cujo não alinhamento com a Bossa Nova a deixava livre para aproximar-se de um repertório variado, me dizia explicitamente que seu interesse pelos programas de Roberto Carlos se devia à vitalidade que exalava deles, ao contrário do que se via no ambiente defensivo da MPB respeitável”. Caetano seguiu o conselho da irmã e incorporou a vitalidade que Bethânia enxergava em Roberto e na Jovem Guarda ao Tropicalismo, o movimento que, em 1968, lideraria ao lado de Gilberto Gil.

Sempre que voltamos aos tropicalistas, identificamos em Gil o interesse pela música nordestina, fruto, sobretudo, da temporada que passou no Recife pouco antes de se transformar num artista de dimensão nacional. O vínculo com Roberto Carlos e a Jovem Guarda deve ser atribuído a Caetano. É ele, afinal, que costuma mencionar a influência que o Rei exerceu no momento em que o Tropicalismo foi esboçado. Foi ele que mais assumiu uma postura de valorização do trabalho de Roberto Carlos, arriscadíssima no universo resguardado da esquerda pós Bossa Nova. A gratidão de Roberto seria traduzida numa canção.

Preso (junto com Gil) em dezembro de 1968, depois confinado em Salvador e, finalmente, exilado na Inglaterra por dois anos e meio, Caetano Veloso, um dia, recebeu a visita de Roberto Carlos na sua casa em Londres. “Roberto veio com Nice, sua primeira mulher, e nós sentimos nele a presença simbólica do Brasil”, relata em Verdade Tropical. Caetano lembra que, “como um rei de fato, ele claramente falava e agia em nome do Brasil com mais autoridade (e propriedade) do que os milicos que nos tinham expulsado, do que a embaixada brasileira em Londres e muito mais do que os intelectuais, artistas e jornalistas que a princípio não nos entenderam e nos queriam agora mitificar: ele era o Brasil profundo”.

Durante a visita, Roberto Carlos levou Caetano às lágrimas quando, ao falar do seu novo disco (o LP que começa com As Flores do Jardim da Nossa Casa, lançado no Natal de 1969), pegou o violão e cantou As Curvas da Estrada de Santos, “dizendo, sem nenhuma insegurança, que iria nos agradar”. Caetano recorda que “essa canção extraordinária, cantada daquele jeito por Roberto, sozinho ao violão, na situação em que todos nós nos encontrávamos, foi algo avassalador para mim”. E diz que usou a barra do vestido preto de Nice para assoar o nariz e enxugar as lágrimas, enquanto, com ternura, o Rei o chamava de bobo. Roberto Carlos voltou para o Brasil pensando em Caetano e o homenageou com uma canção.

A música é Debaixo dos Caracóis dos Seus Cabelos, lançada no final de 1971 no disco que tem Detalhes. Na época, pouca gente sabia que a canção havia sido composta para Caetano Veloso e falava do dia em que ele retornaria ao Brasil. A maioria achava que a letra era sobre uma mulher. A tristeza de um exilado que desejava voltar não fazia parte das conversas dos fãs do Rei. Do mesmo modo que a esquerda não atribuiria a Roberto Carlos a disposição de dedicar uma música a um artista que havia sido preso e mandado para fora do país. O seu distanciamento da MPB engajada parecia assegurar que ele não agiria assim.

“Uma história pra contar de um mundo tão distante” ou “você olha tudo e nada lhe faz ficar contente/você só deseja agora voltar pra sua gente”. Ou ainda: “você anda pela tarde e o seu olhar tristonho/deixa sangrar no peito uma saudade, um sonho”. Os versos soaram claros quando Caetano, aos 50 anos, na turnê do show Circuladô, revelou, afinal, a origem da canção.

No período mais duro do regime militar, Roberto fez música para um exilado e foi seu porta-voz ao gravar Como Dois e Dois. De um lado, o gesto solidário que vale por muitas canções engajadas. Do outro, o intérprete trazendo para o Brasil profundo o que Caetano sentia no exílio: “tudo vai mal, tudo/tudo é igual quando eu canto e sou mudo”.



Fonte: blogs.jornaldaparaiba.com.br


agosto 27, 2020

Vereadores aprovaram homenagem a Roberto Carlos

 Roberto Carlos. Rei e Cidadão Aquapedrense


O cantor e compositor Roberto Carlos receberá o título de Cidadão Aguapedrense, em reconhecimento e gratidão ao Rei por ajudar a divulgar o nome de Águas de São Pedro (SP), inclusive tendo composto uma de suas principais músicas na cidade. O projeto de decreto legislativo, de autoria do autoria do vereador Nelinho Noronha (PT), de concessão do título a Roberto Carlos, foi aprovado na segunda-feira (24), pela Câmara Municipal de Águas de São Pedro, durante sessão ordinária. Nelinho destacou que, na década de 1970, o Rei Roberto Carlos costumava se hospedar no hoje em dia 'Grande Hotel Escola Senac', no município de Águas de São Pedro (SP).


"As frequentes visitas do Rei atraíam turistas de todos os cantos do Brasil para a cidade, fomentando o Comércio, o Turismo e contribuindo imensamente para o crescimento turístico da Estância. Em uma dessas estadias, Roberto Carlos e Erasmo Carlos visitaram um sítio próximo ao 'Grande Hotel' e, juntos, compuseram a música 'Além do Horizonte", que retrata a paisagem desse pequeno município. O fato fora contado no livro ‘Minha Fama de Mau’, que é uma biografia do Erasmo Carlos", contou.

Para o vereador Nelinho, "é uma grande honra o município de Águas de São Pedro receber esse prestígio e servir de palco para inspirar um grande sucesso cantado até hoje pelo Rei da Música Romântica Brasileira, conhecido internacionalmente". "A contribuição do cantor Roberto Carlos Braga à nossa cidade marca até os dias atuais, tornando-se, assim, importante peça da história e progresso de Águas de São Pedro (SP), razão pela qual reúne motivos para ser agraciado com o título de Cidadão Aguapedrense", defende.


Na justificativa da propositura, Nelinho ressaltou que Roberto Carlos é um cantor e compositor brasileiro, que, inclusive, carrega o título de O Rei da Música Romântica Brasileira, tendo sido o líder do movimento musical chamado Jovem Guarda, que surgiu nos anos 1960 e em parceria com Erasmo Carlos, compôs inúmeros sucessos.

Roberto Carlos Braga nasceu em Cachoeiro do Itapemirim (ES), no dia 19 de abril de 1941. Filho do relojoeiro Robertino Braga e da costureira Laura Moreira Braga, iniciou sua carreira de cantor solo no final da década de 1950, tornando-se, mais tarde, o rei da Música Romântica no Brasil.

Com Erasmo Carlos, iniciou sua maior parceria musical. Em 1961, lançou seu primeiro LP, 'Louco por Você'. Em 1963, com o disco 'Parei Na Contramão', com as músicas 'Splish Splash', 'O Calhambeque' e 'É Proibido Fumar', iniciou sua carreira de grande sucesso e não parou por aí. “Dentre os vários sucessos de Roberto Carlos, um se destacou em nossa Estância, a música 'Além do Horizonte', criada em parceria com o cantor e compositor Erasmo Carlos”








Fonte:gazetapiracicaba.com.br

agosto 25, 2020

Deputada Teresa Leitão dá parecer favorável a título de “Patrono do Brega” a Reginaldo Rossi

 Reginaldo Rossi

A deputada estadual Teresa Leitão (PT) concedeu hoje (24), durante a reunião da Comissão de Constituição, Legislativa e Justiça (CCJ), parecer favorável ao título de “Patrono do Brega” para o cantor Reginaldo Rossi, falecido em 2013.

Teresa declarou sua aprovação e reiterou a importância de uma homenagem ao cantor, tão influente em Pernambuco durante sua carreira. “O título é muito bem concedido no sentido da identidade que Reginaldo tinha com o brega, que traz poesia e uma real leitura do cotidiano”, pontuou.

Durante a discussão, os deputados Aloísio Lessa e Waldemar Borges declararam apoio ao título concedido. Waldemar Borges lembrou da participação de Rossi em Comícios pela Democracia e que ele também prestou relevante serviço com suas mensagens anti-machista e anti-drogas.

Rei do Brega

Reginaldo Rossi
O artista ganhou o título de “Rei do Brega” graças a músicas como “Garçom”, que falam de amor e traições. Compositor de linguagem popular, ele também é autor de sucessos como “A raposa e as uvas”, “Leviana” e “Recife minha cidade”. Ele dizia que foi o primeiro na cidade a usar calça sem pregas. “Passava na rua e os caras gritavam: ‘Wanderléa! Olha a Wanderléa!’ E depois todo mundo usava”, contou certa vez.

Apesar do jeito extrovertido nas entrevistas e apresentações, se dizia avesso à fama. “Eu sou muito tímido. Essa coisa que eu faço, que requebro no palco, canto ‘Garçom’, o corno e tudo mais, é para enganar minha timidez”, afirmou recentemente em entrevista ao programa Bom Dia Pernambuco.

Nascido no Recife, em 1944, Reginaldo Rodrigues dos Santos começou a carreira na esteira da Jovem Guarda, na década de 1960, imitando Roberto Carlos. Antes, estudou engenharia civil e chegou a dar aulas de matemática. Ele faria 70 anos em fevereiro.

Quando trocou a sala de aula pelos palcos, optou por cantar rock no Nordeste e comandou o grupo The Silver Jets. Em 1966, lançou seu primeiro LP, “O pão”. Somente em 1970, pela gravadora CBS, estreou em disco, com o LP “À procura de você”, afastando-se do rock e passando a apresentar um repertório brega-romântico, do qual se tornou ícone.

Entre seus maiores sucessos estão, além de “Garçom” (1967), “A raposa e as uvas”, “Em plena lua de mel” e “Leviana”. Ele continuava fazendo shows pelo Brasil, apresentando o mais recente álbum, “Cabaret do Rossi”. Nos dias 21 e 22 de novembro, tocou no Manhattan Café Teatro, na capital pernambucana.

Diversos músicos lançaram no ano 2000 um tributo ao artista, intitulado “ReiGinaldo Rossi”. O disco tinha releituras de canções de Rossi cantadas por artistas como Lenine, Zé Ramalho, Geraldo Azevedo, Eddie, Dolores, Paulo Francis, Querosene Jacaré, Comadre Fulozinha, Stela Campos, Via Sat, Devotos, Otto e Mundo Livre S/A. O cantor pernambucano Silvério Pessoa, por exemplo, criou uma banda, a Sir Rossi, que dá novas roupagens às canções do artista.

Rossi dizia que só no Brasil é que existe essa história de brega e chique. “Os cantores no mundo todo querem fazer sucesso. As letras são as mais simples possíveis, as harmonias [também]”, comparou. “Claro, existem eruditos para uma pequena classe. No Brasil, em que o povo em geral não teve acesso à educação musical mais refinada, isso é válido: tem que ter Chico [Buarque], Gal [Costa], Caetano [Veloso], e tem que ter Amado Batista, Zezo dos Teclados, Faringes da Paixão e Reginaldo Rossi”.







Fonte:jornaldecaruaru.com.br



agosto 16, 2020

Origem do rock

 Os primeiros sinais do nascimento do rock apareceram já na década de 40. Estilos como jazz, folk, country e R&B se mesclavam e produziam o que daria lugar ao rock. Artistas como Sister Rosetta Tharpe, por exemplo, já davam as primeiras notas do ritmo.

Foi com o início do sucesso de Elvis Presley, considerado ainda o hoje o Rei do Rock, que o gênero ganhou notoriedade. Branco nascido em Memphis, no Tennessee, Elvis cantava na igreja e foi influenciado pelas raízes do blues na música religioso. Além disso, era fã assumido de Sister Rosetta.

Um dos motivos que ajudou na popularização de Elvis e do ritmo foi o cinema. Filmes como O Selvagem e Juventude Transviada investiam na atitude rebelde proposta pelo ritmo.

Foi também durante esse período que a guitarra elétrica foi criada. Desde sua invenção, o instrumento esteve associado diretamente ao gênero.




Fonte: segredosdomundo.r7.com

agosto 13, 2020

‘The Beatles’: O legado eterno da banda, quase 60 anos depois

 

A 12 de agosto de 1962, a formação dos Beatles transformou-se. Pete Best, o antigo baterista da banda, viria a ser substituído por Ringo Starr, que veio assim fechar o alinhamento mais conhecido do mundo, juntamente com John Lennon, Paul McCartney e George Harrison. Desde então, o sucesso da banda descolou e, ainda hoje, não aterrou. A banda continua a ser uma das mais ouvidas do mundo, o seu merchandise, o mais comprado, e os seus discos continuam a ser vendidos em massa. Como é possível que uma banda continue a influenciar-nos mais de 50 anos depois da sua formação?


É inevitável falar dos progressos que os Beatles vieram trazer para o mundo da música. Com a ajuda de George Martin, produtor musical que acompanhou a banda até à separação (carinhosamente apelidado de “O Quinto Beatle”), os Fab Four voaram mais alto – as suas orientações, os arranjos que criou de raiz especialmente para a banda, e a sua contribuição em instrumentos de teclas (em músicas como ‘Lovely Rita’, ‘Because’ e ‘Fixing a Hole’) acabavam por aperfeiçoar as talentosas composições. No entanto, o alcance dos Beatles não se cinge à produção musical, e os quatro artistas revolucionaram várias áreas da sociedade, revelando-se verdadeiros trendsetters dos anos 60 e mantendo esse estatuto até hoje.


Uma das grandes revoluções que os Beatles trouxeram para o comércio dos discos de vinil é encontrada em Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band. Editado em 1967, foi o primeiro disco a trazer as letras das canções impressas no verso, e, para além disso, veio dar uma maior importância à capa, tornando-a num artigo de coleção. O mesmo disco trazia, ainda, pins decorativos e recortes, adicionando mais um estímulo sensorial à experiência do ouvinte.


No que toca a moda, o início dos Beatles não teve nada de surpreendente. Os cabelos à tigela e os fatos a condizer procuravam consensualidade e passava uma imagem de bons rapazes que conquistou as fãs adolescentes. Ao longo do tempo, no entanto, cada membro dos Beatles foi formando a sua própria personalidade e, consquentemente, estilo. As barbas e bigodes por fazer já eram um marco na época de Rubber Soul, mas as roupas coloridas acetinadas, o psicadelismo e as experiências com drogas alucinogénicas de Sgt Pepper’s e Magical Mystery Tour também foram um marco na moda masculina, que já contava com as influências hippie da contracultura.


As calças à boca de sino e camisas de seda multicolor podem já não estar em voga hoje, mas as referências dos Beatles ainda sobressaem. A banda ajudou a pôr Liverpool na rota do turismo britânico, tornando a Cavern Club (bar onde os Beatles deram os seus primeiros concertos), Penny Lane,  Strawberry Field, e a própria casa onde John Lennon passou a sua infância em pontos turísticos imperdíveis. Em Londres, a passadeira de Abbey Road, em frente à Apple Corps (capa do álbum Abbey Road) é visitada diariamente por fãs da banda.



Fonte: espalhafactos.com

agosto 12, 2020

Cantor de ‘La Bamba’, Trini Lopez morre vítima de Covid-19

 


Cantor e guitarrista norte-americano, Trini Lopez, autor do sucesso If I had a Hammer, morreu nesta terça-feira, 11, vítima de complicações da covid-19, aos 83 anos. As primeiras informações vieram da revista Palm Springs Life.

O álbum de estreia, Trini Lopez at PJ’s, trouxe seu clássico maior If I Had a Hammer, que estourou nas paradas em vários países e chegou ao número 3 nos Estados Unidos. No próximo, uma versão explosiva de La Bamba, de Ritchie Valens, e mais as canções Lemon Tree, I’m comin ‘home, Cindy, Sally was a good old girl, Michael, Gonna get along without ya’ now e The bramble bush o colocaram definitivamente no mapa do rock.

Trini é do Texas e deixava isso bem claro em seu visual. Era filho de pais mexicanos e recebeu o nome de Trinidad Lopez III. Suas primeiras bandas vieram aos 15 anos e, em 1958, seu grupo The Big Beats assinou com a Columbia Records após gravar com o produtor de Buddy Holly, Norman Petty. No cinema, Lopez fez uma passagem pelo filme Os Doze Condenados, de 1967, contracenando com Lee Marvin, Charles Bronson e Donald Sutherland.





Fonte:istoe





agosto 04, 2020

Filha de Vanusa revela que a mãe está internada com Alzheimer

Aretha Marcos é fruto do relacionamento que a artista da jovem guarda teve com o cantor Antônio Marcos

A cantora Vanusa foi um dos grandes sucessos da Jovem Guarda, movimento musical que explodiu na década de 60. Porém, atualmente ela enfrenta uma luta contra o Alzheimer. Em entrevista ao programa "Domingo Espetacular", da Record, Aretha Marcos, filha da artista, contou que a mãe está internada em uma clínica para receber os cuidados médicos necessários .


Há alguns anos Vanusa lida com internações e altas, a última vez que ela tinha ido para uma clínica foi em 2019. Na época, ela deu entrada para tratar a depressão e a dependência química, mas já havia a suspeita de Alzheimer. Foi na entrevista com Aretha que a veio a confirmação pública de que a cantora está com a doença degenerativa.

Aretha, que também é cantora, comentou uma entrevista polêmica que a mãe deu anos atrás, falando que a filha sempre fazia algo de errado com a carreira. "Não é que magoou, mas nunca mais recebi uma proposta de show. A visão que passou a meu respeito... As pessoas começaram a acreditar que os problemas dela eu que causava", ela relembrou.

Recentemente, a filha de Vanusa causou uma polêmica nas redes sociais. Aretha publicou um vídeo pedindo doações para realizar o sonho de ter uma casa própria. Longe dos palcos, a cantora vive em uma casa simples dentro de uma fazenda em Piracaia, município do interior de São Paulo.

Fonte: undefined - iG @ https://gente.ig.com.br/celebridades/2020-08-03/filha-de-vanusa-revela-que-a-mae-esta-internada-com-alzheimer.html

agosto 01, 2020

Ídolo da Jovem Guarda, cantor Eduardo Araújo vive romance após morte da esposa Sylvinha

Cantor Eduardo Araújo foi casado com Sylvinha até 2008 (Foto: Reprodução/Internet)

Aos 78 anos, o cantor Eduardo Araújo abriu as portas do seu coração novamente e vive uma nova história de amor. Agora, ele é casado com a designer Tânia Meireles, que também é sua empresária. Há oito anos, os dois estão juntos, administrando um haras em São Paulo. Eles não possuem filhos.

Conhecido como o “galã da Jovem Guarda”, Eduardo Araújo viveu um romance longo ao lado de Sylvinha. Os ex-casal ficou junto por quase quarenta anos, até ela morrer vítima de um câncer de mama. Foi em 2008 que Eduardo Araújo deixou de ser um homem apaixonado e se tornou um viúvo. os anos 60, os dois cantores ficaram conhecidos como o ‘Casal 20’.

A cantora Sylvinha faleceu em 2008 vítima de um câncer de mama (Foto: Reprodução/Internet)

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