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RÁDIO NOSSA JOVEM GUARDA: setembro 2016

setembro 03, 2016

Estrela da Jovem Guarda, Evinha lança álbum 'Um Piano, Uma Voz'

Estrela da Jovem Guarda com o Trio Ternura, moradora de Paris há mais de três décadas, a cantora Evinha lança o álbum 'Um Piano, Uma Voz' com o marido, o pianista Gérard Gambus (Foto: Divulgação)

Uma intimidade tão grande que abriu as portas de casa e levou o casal para o palco. Foi assim que a cantora Evinha  concebeu o álbum Um Piano Uma Voz (selo Des Arts) ao lado do marido, o pianista francês Gérard Gambus.

“O Gérard e eu somos parceiros na música e na vida. Sempre houve um respeito mútuo na maneira de trabalharmos. Quando as opiniões divergem, procuramos analisar o porquê da divergência.  É um momento de grande concentração e de comunhão perfeita entre nós”, explica ela.

O casal, que mora em Paris há mais de quatro décadas, vem ao Brasil duas vezes por ano visitar a família de Evinha. Mas, além de matar as saudades, sempre aproveitam a oportunidade para fazer shows para o público brasileiro. Foi justamente numa dessas turnês em São Paulo de voz e piano que nasceu esse disco, a partir da observação da reação do público ao som vindo do palco.

Ideia lançada e aprovada, Evinha e Gambus começaram a pensar bem no repertório, afinal é o primeiro disco dela em 17 anos. Juntos, acharam que era melhor reunir músicas inéditas a antigos sucessos de Evinha, da época que era estrela da Jovem Guarda. Assim, do final dos anos 1960 e início dos 1970, surgem Teletema, Casaco Marrom e  Cantiga por Luciana, com a qual Evinha ficou em primeiro lugar no IV Festival Internacional da Canção, em 1969.

Memória
“Sempre gravo músicas que me tocam profundamente de uma maneira ou de outra. Essas ficarão pra sempre em meu coração por terem sido as primeiras gravações em minha carreira solo”, explica Evinha.

Faltava selecionar as inéditas. O casal, então, fez o que devia: apelou aos amigos compositores. Assim, Um Piano, Uma Voz traz composições dos experientes Ivan Lins, Antônio Adolfo, Tibério Gaspar, Renato Corrêa, Guarabyra e Carlos Colla.

Além deles, Gambus compõe um instrumental (Em Cima da Hora) e com Evinha ele fez uma versão para uma obra do mestre alemão  Johann Sebastian Bach (Caminho da Razão). “Quando entrei em contato com os compositores solicitando músicas inéditas, para minha agradável surpresa, todos me presentearam com músicas lindas”, diz a cantora.

Nascida numa família de artistas, que rendeu não só o Trio Esperança como os Golden Boys, Evinha começou a cantar ainda criança, aos 8 anos. “Para nós, cantar era muito divertido, tudo era uma brincadeira, apesar de levarmos muito a sério nos programas da Jovem Guarda. Percorrer o Brasil fazendo shows era apenas o máximo! Recebíamos, a cada vez, um enorme carinho dos fãs. Essa era a melhor recompensa! Hoje em dia, me dou conta da importância de ter participado desse grande movimento”.

Hoje, apesar de viver na Europa, Evinha reúne o Trio Esperança para turnês pelo Velho  Continente. Em sua terceira formação, o grupo é composto por Regina, Mariza e Evinha. “Nosso repertório é totalmente diferente do que fazíamos quando éramos jovens. Na formação atual, percorremos  o mundo divulgando a música brasileira por onde passamos, acompanhadas ao piano por Gérard”, diz.






Fonte:correio24horas.com.br

setembro 01, 2016

Mulheres mostram por que a faixa etária dos 50 pode ser, sim, surpreendente


Isabel mudou de cidade e de vida e se sente mais tranquila aos 50
Foto: Arquivo pessoal

Cada vez mais as mulheres provam que não há limite de idade para decisões e novas escolhas de vida. O que antes era feito aos 30 anos - mudar de carreira, de relacionamento, de cidade - agora também faz parte de outras décadas, em especial a dos 50. Nessa faixa etária, elas nada tem a ver com uma imagem de senhora, sentada em casa e de pantufas.

A psicóloga Silvia Malamud afirma que ter 50 anos no século 21 é muito diferente de ter 50 anos no século 20. “A qualidade de vida para quem tem 50 hoje é muito maior. A pessoa está no início de muitas possibilidades, mesmo com uma consciência da finitude da vida. O fato da mulher hoje estar podendo viver mais é por que ela tem mais saúde para isso. Ela tem tudo para uma velhice extensa e produtiva”, diz.

Impulso para mudar

Para a microempresária Isabel Rockenbach, 50, o tempo trouxe tranquilidade, segurança emocional e, é claro, felicidade. “Agora sou mais livre com as minhas ações e pensamentos. Com alguns limites, claro, que o corpo não permite mais, mas faço o que quero, na hora que quero, goste quem gostar. É muito bom ter 50”, conta.

Há quase um ano, Isabel decidiu sair de Lajeado, cidade do interior do Rio Grande do Sul onde nasceu e viveu, para morar em Garopaba, município no litoral sul de Santa Catarina. A primeira mudança, para ela, foi o desapego de coisas materiais e pessoais.

“Nos últimos 15 anos, tive uma loja de roupas, e nos últimos dois anos foi tudo muito difícil, especialmente por causa da economia. Corria muito para dar conta de tudo, e sofri um grave acidente de carro, o que me fez repensar a vida que eu estava levando. Depois de 10 meses, eu estava aqui em Garopaba, com 49 anos, quase 50”, lembra.

A cidade escolhida veio de uma intuição. Isabel já tinha em mente que queria morar na praia, e o litoral catarinense parecia calmo, com oportunidade de emprego e um custo de vida baixo. Além disso, conta, “era um local de curas naturais para as doenças urbanas”. Hoje, Isabel trabalha em uma loja de vestiário feminino e masculino, com confecção e estilo próprios, e assumiu a parte administrativa, financeira e de vendas na alta temporada.

“Não sei se é o lugar que estou vivendo, mas estou bem tranquila nos meus 50. Claro, o corpo muda um pouco, perder peso é mais difícil, mas a visão do mundo é diferente sim, queremos viver sem muitos questionamentos mais, somente viver. Eu particularmente não acho que tenho 50. É a cabeça que leva o corpo”.

Fôlego para novos objetivos


Aparecida se sente mais segura do que quer aos 30, e ainda com muito fôlego para tocar seus projetos
Foto: Arquivo pessoal

A jornalista Aparecida dos Santos foi realizar seu sonho de vida só depois dos 40 anos, e hoje, com 51, se vê com ainda mais fôlego para alavancar projetos pessoais. Em 2009, aos 44 anos, formou-se em Jornalismo, sua primeira graduação, e depois de alguns trabalhos na área, começou a investir no ramo da alimentação.

“No fim de 2014, abri uma confeitaria virtual, e desde então estou trabalhando nela. Ano passado, fiz o bolo do Cordão da Bola Preta, homenageando os 450 anos do Rio, e este ano fiz o bolo de aniversário do Jardim Botânico. Sinto muita energia e disposição para alavancar as vendas da confeitaria. Quero aprofundar meus estudos em Gastronomia, e me reciclar na área de Jornalismo para voltar ao mercado”, conta.

Para Aparecida, que nasceu em Volta Redonda e se mudou para o Rio de Janeiro com 12 anos, onde trabalhou como empregada doméstica até ingressar na faculdade, a frase “os 50 são os novos 30” nunca fez tanto sentido.

“Aos 30, eu estava insegura com a situação financeira. Achava que ser uma boa mãe era meu projeto para o resto da vida. Hoje, me sinto mais segura do que quero para mim, tenho ótima autoestima. Sinto-me com o vigor de uma mulher jovem, mas com bagagem e experiência. Não que me arrependa de algo, só não era o tempo certo. Este tempo chegou agora”, conta.



Fonte:Terra



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