Erasmo aposta no rock and roll em novo disco
Foto: Divulgação
Mesmo sendo um dos principais expoentes da Jovem Guarda, Erasmo prefere falar sobre o agora, e manter sempre o olhar no futuro. “Não pretendo parar tão cedo. Quem vai pagar minhas contas? (risos). Tem tanta coisa ainda pra fazer”, afirma, em entrevista à Folha de Pernambuco.
No Recife, Erasmo apresenta a turnê “Gigante Gentil”, inspirado no disco de mesmo nome, por sua vez inspirado em um apelido dado por uma amiga, que acabou colando. “Era uma brincadeira, aí eu passei a usar. Virou música, virou disco e me rendeu um Grammy Latino”, conta. O cantor se refere ao prêmio que recebeu com o disco em 2014, na categoria Melhor Álbum de Rock.
Além das turnês próprias, Erasmo segue ativo como colaborador de outros letristas. Só neste ano, ele está colaborando com Paulo Miklos, Samuel Rosa, Roberta Campos, Wanderléa e Frejat. À Folha, ele revela ainda que está preparando um livro de poesias, que deve ser lançado ainda neste ano. “Sempre gostei de poesia, procurava colocar nas minhas músicas. Desta vez dediquei um tempo maior a isso”, conta.
Em 2018, um filme sobre sua vida, inspirado na biografia “Minha Fama de Mau”, chega aos cinemas, protagonizado por Chay Suede.
Com 11 faixas e produção do badalado Kassin, que já trabalhou com Nação Zumbi e Los Hermanos, “Gigante Gentil” segue a linha rock and roll dos últimos trabalhos de Erasmo, como “Sexo”, de 2011.
O lançamento foi seguido pela turnê “Meus Lados B”, em 2015, na qual Erasmo revisitou canções menos conhecidas de seu repertório, dando novo significado às músicas.
Entrevista > Erasmo Carlos
Sua última turnê rendeu o DVD “Meus Lados B”, com canções menos conhecidas da sua carreira, como foi revisitar esse material?
Como compositor, a gente sempre gosta das nossas músicas e tem um carinho especial. Quando lançamos um disco, nem sempre o público assimila bem todas as canções, então sempre tem aquelas que você gosta, mas tem pouca oportunidade de tocar. Desta vez, eu me permiti esse luxo e prazer.
Mesmo depois da Jovem Guarda, já nos anos 1970, você passeou por uma área mais experimental em discos como “Carlos, Erasmo”, com influências de samba. Esses trabalhos hoje são considerados por muitos como inovadores. Como foi esse período?
Foi uma época particular da minha vida. A Jovem Guarda acabou. Eu havia mudado de gravadora, mudado de cidade e, consequentemente, conheci gente nova, que já estava em outra praia, e aí eu resolvi embarcar nessa. Eu fiz o que queria, sempre tive essa liberdade e renovei meu som.
Com tantos anos de carreira, você continua com turnês quase ininterruptas, como vê seu show ao vivo agora?
É sempre um prazer porque o show pode ser o mesmo, mas o local, o público, isso sempre muda, e é isso que vai ditar a atmosfera. Cada noite é uma noite. Até hoje dá aquele friozinho na barriga gostoso.
O que pode antecipar dos próximos projetos?
Acabei de assinar com a Som Livre e quero gravar um projeto acústico. Nunca fiz isso, acho que é um momento interessante. Meu pensamento é estar sempre fazendo alguma coisa.
SERVIÇO
Erasmo Carlos apresenta Gigante Gentil
Onde: Teatro Guararapes (Centro de Convenções, Olinda)
Quando: sexta-feira (18), às 21h
Ingressos: R$ 120 (plateia), R$ 100 (balcão), com meia
Informações: 3182-8000
Fonte:www.folhape.com.br