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RÁDIO NOSSA JOVEM GUARDA: Paulo Diniz: Ele driblou a censura em plena ditadura militar e fez sucesso

setembro 29, 2013

Paulo Diniz: Ele driblou a censura em plena ditadura militar e fez sucesso


Depois de ter tido um disco inteiro vetado pelos censores, o pernambucano Paulo Diniz só encontrou uma solução para poder gravar um disco: pegar um poema já pronto, publicado e consequentemente aprovado pela censura e  musicá-lo. Fez isto com E Agora José de Carlos Drumond de Andrade. Driblou a censura e fez um tremendo sucesso

Paulo Diniz nasceu em Pesqueira-Pernambuco-PE,em 24 de janeiro de 1940.
Foi para o Recife trabalhar como crooner e baterista em casas noturnas. Foi locutor e ator de rádio e televisão, em Pernambuco e no Ceará. Em 1964 foi para o Rio de Janeiro, onde consultou a Rádio Tupi e passou a compor com mais frequência. Sua primeira gravação saiu em 1966, com a música O Chorão.
Em 1966, no auge do movimento Jovem Guarda, lançou seu primeiro disco, e o iê-iê-iê “O Chorão” se tornou sucesso nacional.
Em 1970, compôs, em parceria com o amigo Odibar, o hino de protesto “Quero Voltar Pra Bahia”, cujos versos carregados de saudade prestavam homenagem a Caetano Veloso, que se encontrava exilado em Londres. A música alcançou os primeiros lugares das paradas em todo o país e se tornou uma espécie de hino, canção-símbolo de uma época conturbada da história política e social do Brasil.
Quatro anos depois lançou dois LPs, e em seguida dedicou-se à tarefa de musicalizar poemas de língua portuguesa de autores como Carlos Drummond de Andrade (E Agora, José?), Gregório de Matos (Definição do Amor), Augusto dos Anjos (Versos Íntimos), Jorge de Lima (Essa Nega Fulô) e Manuel Bandeira (Vou-me Embora pra Pasárgada).
Suas músicas foram gravadas por Clara Nunes, Emílio Santiago, Simone e outros cantores. Entre seus sucessos destacam-se “Pingos de Amor”, gravado por vários intérpretes, “Canoeiro”, “Um Chopp pra Distrair”, mas o sucesso que o consagrou foi a música “Quero Voltar Pra Bahia”.
Entre 1987/1996, em decorrência de graves problemas de saúde que quase o deixaram paralítico, não gravou nenhum disco.
Parcialmente recuperado, em 1997 retomou a carreira, quando novamente já tinha residência fixa no Recife.
Atualmente, residindo no Recife, faz apresentações por várias cidades e capitais do Nordeste brasileiro, com a mesma voz vibrante de antes, porém numa cadeira de rodas, já que a doença que quase o paralisou nos anos 80 retornou a partir de 2005, e dessa vez paralisou seus membros inferiores.
Fonte: Informações: Wilkepedia

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