O início dessa explosão jovem dá-se em 1962, com o advento do grupo inglês The Beatles, que desencadeia novas formas de comportamento.
Mais tarde, já como um fenômeno mundial - John Lennon, Paul MacCartney, George Harrison e Ringo Starr, apontam para a construção de um mundo novo, expressando tendências diversas.
Atualmente, 50 anos depois, as músicas dos Beatles ainda são relançadas com sucesso, o que nos leva a concluir que algumas das tribos dos anos 60 não só permanecem, como continuam atraindo novos adeptos, através de mensagens eternas.
O sonho de um mundo melhor moveu milhares de jovens daquela geração,rumo a um movimento gregário, quase espontâneo em alguns momentos.Enquanto grupo social, eles significaram, na época, o que atualmente representa a participação política, social e profissional das mulheres.Nesse contexto, alguns dos temas mais mobilizadores dos anos 60 foram a crise da sociedade industrial-urbana e a necessidade de um retorno e maior respeito à natureza, sendo o movimento hippie a grande expressão dessa concepção de amor à natureza.
Paralelamente,estão presentes, também, as idéias de combate às guerras e à luta pela paz no mundo. As marcas dessas utopias se encontram em expressões como Paz e Amor e Faça Amor, não Faça a Guerra, disseminadas pela juventude daquela década.
Por outro lado, um traço bem forte dessa geração era a crença de que deveriam e poderiam mudar o mundo, desvelando idéias de luta e revolução, em meio a certo romantismo ingênuo. De qualquer forma, em todo o processo sócio-histórico, os principais mitos e lideranças são quase sempre masculinos,restando às mulheres um papel geralmente secundário, na construção das utopias que movimentaram os anos 60.
Aqueles pertencentes às classes médias vão à luta por seus direitos, mas, para as das classes populares, esse processo se revela mais difícil, por ainda enfrentarem duas opressões: a de gênero e a de classe, somadas à questão étnica, no caso da mulher negra.
Todos esses movimentos contribuíram para novos comportamentos, que se delineiam nos anos 60, acompanhados de uma consciência etária, uma oposição jovem/não-jovem.
Talvez, ao longo do processo histórico da humanidade, a figura da juventude nunca tenha assumido um papel social tão determinante.
E os jovens de hoje, será que também sonham com um mundo melhor ?