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RÁDIO NOSSA JOVEM GUARDA: Conversa sobre coisas do passado...

outubro 03, 2013

Conversa sobre coisas do passado...

Dia destes, encontrei com um veterano amigo, aliás, como nós mesmos. E, não sei se é costume entre os mais experientes, mas, quase sempre o assunto gira em torno das coisas de antigamente.
E, não deu outra, lá fomos nós divagarmos no passado, lembrando das coisas boas e da vida discreta e, acima de tudo inocente que se levava naqueles tempos.


Coincidentemente a gente estava dentro de uma farmácia e, o meu amigo achou numa das prateleiras uma latinha de pomada Minâncora, só isso bastou para desencadear as lembranças do passado. Lembramos do doutor de família, das pílulas de vida do Dr. Ross, das inalações domésticas feitas de água fervendo com a famosa pomada de Vikvaporube, as pílulas contra amarelão dadas na escola, coisa horrível e, não se podia jogar fora, a diretora ficava em cima, sem chance nenhuma de enganar.

Nisso meu amigo, lembrou dos carros da época, e, começou a falar sobre a peruinha Vemaguet, o Maverick, o Opala, o Simca Chambord, a Rural Willes, o Gordine e, para arrematar o assunto acrescentamos a Lambreta, a Vespa. E, como estávamos dispostos a enveredar pelos caminhos das saudades, fomos fundo no assunto e, para tanto, lembramos das revistas em quadrinhos, as quais, chamávamos de “gibi”.
A gente fazia até coleção, tal era a mágica com elas nos deliciava, principalmente o Super-Homem, o Capitão Márvel, o Capitão América, o Zorro, o Tarzan, o Mandrake, os famosos faroeste com, Tom Mix, Hopalong Cassidy, Roy Rogers e, por aí afora. De repente, um fala para outro, você se lembra das figurinhas dos times de futebol, do Palmeiras, do Corinthians, do São Paulo, e de todos os times do Brasil.

Como era gostoso, formar os álbuns, principalmente quando se achava as figurinhas carimbadas, cada time tinha dois ou três jogadores mais difíceis, que certamente eram os craques dos times. A gente jogava “bafa”, que era colocar um montinho de figurinhas umas sobre as outras, viradas de cabeça para baixo, num lugar plano e, cada menino tinha a oportunidade de bater com a mão meio côncava em cima delas para ver quantas viravam.
Era muito bom e, muitos garotos ganhavam muitas figurinhas neste tipo de brincadeira. E, quando começamos a falar de outros assuntos, a gente já era adolescente, passamos a lembrar de outras coisas próprias da época, como por exemplo: as músicas e os talentos da época, o próprio Nelson Gonçalves, acrescentados às atuações românticas, ou seja, da querida Dalva de Oliveira. E, nestes momentos nostálgicos, também vivemos na, não menos famosa turma da jovem guarda, onde o foco se chamava Roberto Carlos, acompanhado de sua troupe maravilhosa.

E, com gosto de clima bom, um de nós sempre soltava um você se lembra, num destaque específico, da gatíssima Celly Campelo, que com um jeitinho todo tímido e uma voz de veludo nos encantava a todos com a inesquecível canção Banho de Lua. Realmente estas recordações são de doer, pois representam épocas marcantes, onde o sonho era de fato uma realidade.
E, meninas tinham um brilho natural, haja vista que usavam apenas para se embelezar os recursos do Pó de Arroz e, completavam a maquiagem com um pouquinho de Rouge e no cabelo Laquê. Sendo que para cheirar gostoso usavam Lavanda Helena Rubinstein. Fechando o conteúdo, para se vestir usavam os modelitos da época, as vaporosas saias Plissadas bem coloridas ou para uma ocasião mais especial usavam os vestidos Tubinhos.

E, os homens, você se lembra como andavam? Ah! Eu me lembro bem, andavam chique no último, bem estilosos, com camisa de marca, sapato preto com cadarço, ou Passo-Doble esportivo com camisa Volta ao Mundo. Cabelos bem repartidos, na brilhantina Glostora e, a barba bem feita com Gilete, cheirando a Áqua Velva e sabonete Gessy. E, quando a gente ia começar a falar de outros assuntos, ouvimos uma voz educada e pacenciosa dizendo-nos: “Por favor, vamos fechar a farmácia, os senhores nos dão licença”. Imediatamente saímos e nos despedimos prometendo em outra ocasião continuar a nossa viagem aos bons tempos de outrora. É certo que temos ainda muito que contar, sem se esquecer dos refrigerantes Grapette e Crush.








Fonte: www.diariodevotuporanga.com.br - Texto: Arquimedes Neves – Nei


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